Por Altamiro Borges
Em sua primeira viagem ao exterior como presidente da República, Jair Bolsonaro desembarcará nesta segunda-feira (22) em Davos, nos Alpes Suíços, para participar do Fórum Econômico Mundial. O convescote, que reúne a cloaca burguesa de vários países, servirá de palco para o fascistoide que promete combinar uma agenda econômica ultraliberal, de entrega das riquezas às multinacionais, com uma pauta conservadora nos costumes e uma ação política repressiva contra as forças democráticas e populares. Diante de ávidos empresários, o “capetão” acionará a sua fábrica de mentiras, que ganhou fama internacional na campanha eleitoral com o disparo criminoso de fake news nas redes sociais.
Segundo a submissa matéria da Folha, “em sua estreia no exterior como presidente da República, Jair Bolsonaro defenderá uma agenda de reformas estruturante, valores democráticos e combate à corrupção... Ele viaja à Suíça com a expectativa de vender a empresários e políticos um Brasil que se abrirá ao mercado global e oferecerá segurança jurídica aos que quiserem investir em território nacional. Após ganhar notoriedade internacional por pregar um discurso contra minorias e contra seus opositores durante a campanha, Bolsonaro tentará amenizar a imagem de extremista e falará sobre democracia e Estado de Direito para chefes de Estado e de governo do mundo todo”. O jornalão ainda tenta embelezar a patética viagem a Davos:
“Seu fiador no discurso de moralidade, segurança e defesa da democracia será o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e da Segurança Pública. Na área econômica, Bolsonaro tentará apresentar uma cartilha liberal para os CEOs das principais empresas mundiais, como Apple, Microsoft, Coca-Cola e Google. O ministro Paulo Guedes (Economia) deve endossar o discurso do presidente de criar uma agenda de reformas profundas, a começar pela Previdência, e de modernização do Estado, por meio de privatizações e cortes nos gastos públicos”.
Na mesma linha dócil, a revista Época afirma que “Bolsonaro defenderá em Davos a agenda econômica liberal e evitará temas ambientais e de comportamento” e realça que “o presidente será a principal atração da manhã de quarta-feira (23) no evento anual que reúne poderosos, ricos e famosos”. Segundo a servil matéria, “um veterano de Davos disse que, desde a primeira participação de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, um presidente brasileiro não causava tamanha curiosidade. A expectativa é que Bolsonaro tenha casa lotada, ao contrário de Dilma Rousseff, que, em 2014, só encheu um terço das cadeiras. O interesse despertado por Bolsonaro tem a ver com o Brasil e com ele próprio. O líder recém-eleito de uma das maiores economias do mundo, como o Brasil, que assume prometendo uma nova agenda econômica é sempre um chamariz”. E acrescenta excitada:
“E o que Bolsonaro tem a dizer sobre economia é tudo o que a plateia de um dos maiores templos do liberalismo quer ouvir. Não é mera coincidência que a tarefa de escrever o discurso de Bolsonaro tenha caído, principalmente, nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes, que também vai ao encontro. A decisão de Bolsonaro de ir a Davos teve a participação ativa de Guedes. Num almoço com o presidente e o ministro, João Doria, o governador de São Paulo, deu a ideia de Bolsonaro viajar para Davos. Diante da impressão entre os presentes de que o presidente não sabia do que se tratava, Guedes disse, sem vacilar, que Bolsonaro tinha de ir. Guedes será a grande atração da edição deste ano do almoço realizado pelo banco Itaú Unibanco no Hotel Belvedere, um dos mais luxuosos da cidade”.
Com base nas duas dóceis matérias dá para concluir que Jair Bolsonaro, o fascistoide que teve o apoio da cloaca empresarial para chegar ao poder, defenderá em Davos a entrega das riquezas nacionais e o desmonte dos direitos dos trabalhadores – principalmente com o golpe contra os aposentados. Por outro lado, com a ajuda do “juiz” Sergio Moro, cúmplice dos gatunos no poder, ele mentirá sobre o combate à corrupção e a defesa da democracia. Evitará falar sobre o “laranja” Fabrício Queiroz ou sobre os depósitos do seu filhote Flávio Bolsonaro. Também fugirá do assunto sobre a ostensiva presença dos militares no governo e sobre a fascistização do país. O “capetão” vai disparar um bocado de fake news no convescote dos ricaços.
Em tempo: Talvez temendo as perguntas inconvenientes da mídia mundial, que não é tão servil como a nativa, a assessoria do governo civil-militar decidiu cancelar uma entrevista que já estava agendada. Segundo relato do Estadão de sábado (19), “uma coletiva de imprensa que seria dada pelo presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, ‘sumiu’ da programação oficial do Fórum Econômico Mundial, que começa na próxima semana. A coletiva, que havia sido incluída pelos próprios organizadores do evento em seu site oficial, não aparece mais na agenda prevista para esta terça-feira (22). Segundo a coluna apurou, os organizadores ofereceram às autoridades brasileiras um horário para a coletiva de Bolsonaro. A coletiva acabou retirada do site porque não estava confirmada por parte do governo”. O “capetão”, que sempre fugiu dos debates, também morre de medo de entrevistas.
Em sua primeira viagem ao exterior como presidente da República, Jair Bolsonaro desembarcará nesta segunda-feira (22) em Davos, nos Alpes Suíços, para participar do Fórum Econômico Mundial. O convescote, que reúne a cloaca burguesa de vários países, servirá de palco para o fascistoide que promete combinar uma agenda econômica ultraliberal, de entrega das riquezas às multinacionais, com uma pauta conservadora nos costumes e uma ação política repressiva contra as forças democráticas e populares. Diante de ávidos empresários, o “capetão” acionará a sua fábrica de mentiras, que ganhou fama internacional na campanha eleitoral com o disparo criminoso de fake news nas redes sociais.
Segundo a submissa matéria da Folha, “em sua estreia no exterior como presidente da República, Jair Bolsonaro defenderá uma agenda de reformas estruturante, valores democráticos e combate à corrupção... Ele viaja à Suíça com a expectativa de vender a empresários e políticos um Brasil que se abrirá ao mercado global e oferecerá segurança jurídica aos que quiserem investir em território nacional. Após ganhar notoriedade internacional por pregar um discurso contra minorias e contra seus opositores durante a campanha, Bolsonaro tentará amenizar a imagem de extremista e falará sobre democracia e Estado de Direito para chefes de Estado e de governo do mundo todo”. O jornalão ainda tenta embelezar a patética viagem a Davos:
“Seu fiador no discurso de moralidade, segurança e defesa da democracia será o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e da Segurança Pública. Na área econômica, Bolsonaro tentará apresentar uma cartilha liberal para os CEOs das principais empresas mundiais, como Apple, Microsoft, Coca-Cola e Google. O ministro Paulo Guedes (Economia) deve endossar o discurso do presidente de criar uma agenda de reformas profundas, a começar pela Previdência, e de modernização do Estado, por meio de privatizações e cortes nos gastos públicos”.
Na mesma linha dócil, a revista Época afirma que “Bolsonaro defenderá em Davos a agenda econômica liberal e evitará temas ambientais e de comportamento” e realça que “o presidente será a principal atração da manhã de quarta-feira (23) no evento anual que reúne poderosos, ricos e famosos”. Segundo a servil matéria, “um veterano de Davos disse que, desde a primeira participação de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, um presidente brasileiro não causava tamanha curiosidade. A expectativa é que Bolsonaro tenha casa lotada, ao contrário de Dilma Rousseff, que, em 2014, só encheu um terço das cadeiras. O interesse despertado por Bolsonaro tem a ver com o Brasil e com ele próprio. O líder recém-eleito de uma das maiores economias do mundo, como o Brasil, que assume prometendo uma nova agenda econômica é sempre um chamariz”. E acrescenta excitada:
“E o que Bolsonaro tem a dizer sobre economia é tudo o que a plateia de um dos maiores templos do liberalismo quer ouvir. Não é mera coincidência que a tarefa de escrever o discurso de Bolsonaro tenha caído, principalmente, nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes, que também vai ao encontro. A decisão de Bolsonaro de ir a Davos teve a participação ativa de Guedes. Num almoço com o presidente e o ministro, João Doria, o governador de São Paulo, deu a ideia de Bolsonaro viajar para Davos. Diante da impressão entre os presentes de que o presidente não sabia do que se tratava, Guedes disse, sem vacilar, que Bolsonaro tinha de ir. Guedes será a grande atração da edição deste ano do almoço realizado pelo banco Itaú Unibanco no Hotel Belvedere, um dos mais luxuosos da cidade”.
Com base nas duas dóceis matérias dá para concluir que Jair Bolsonaro, o fascistoide que teve o apoio da cloaca empresarial para chegar ao poder, defenderá em Davos a entrega das riquezas nacionais e o desmonte dos direitos dos trabalhadores – principalmente com o golpe contra os aposentados. Por outro lado, com a ajuda do “juiz” Sergio Moro, cúmplice dos gatunos no poder, ele mentirá sobre o combate à corrupção e a defesa da democracia. Evitará falar sobre o “laranja” Fabrício Queiroz ou sobre os depósitos do seu filhote Flávio Bolsonaro. Também fugirá do assunto sobre a ostensiva presença dos militares no governo e sobre a fascistização do país. O “capetão” vai disparar um bocado de fake news no convescote dos ricaços.
Em tempo: Talvez temendo as perguntas inconvenientes da mídia mundial, que não é tão servil como a nativa, a assessoria do governo civil-militar decidiu cancelar uma entrevista que já estava agendada. Segundo relato do Estadão de sábado (19), “uma coletiva de imprensa que seria dada pelo presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, ‘sumiu’ da programação oficial do Fórum Econômico Mundial, que começa na próxima semana. A coletiva, que havia sido incluída pelos próprios organizadores do evento em seu site oficial, não aparece mais na agenda prevista para esta terça-feira (22). Segundo a coluna apurou, os organizadores ofereceram às autoridades brasileiras um horário para a coletiva de Bolsonaro. A coletiva acabou retirada do site porque não estava confirmada por parte do governo”. O “capetão”, que sempre fugiu dos debates, também morre de medo de entrevistas.
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