domingo, 27 de junho de 2021

Endividado, Grupo Madero pode fechar

Por Altamiro Borges


O arrogante empresário bolsonarista Junior Durski, que minimizou a pandemia da Covid-19, mordeu a língua – e quem vai sofrer são novamente os trabalhadores da empresa. Com dívidas que somavam R$ 2,4 bilhões até o final de março, o Grupo Madero pode fechar suas portas. Segundo a Folha, a rede "tem dúvidas sobre a continuidade do negócio".

"O caixa insuficiente para pagar dívidas de curto prazo e a falta de garantias de que conseguirá prorrogar ou refinanciar compromissos trouxe incertezas sobre a continuidade das operações do Grupo Madero, afirmou a companhia em seu balanço de resultados divulgado nessa quinta-feira (24)", relata o jornal.

“A companhia pretende buscar prorrogar ou refinanciar a dívida e continuará discutindo com os bancos a possibilidade de obtenção de novas linhas de crédito quando necessário para dar suporte à operação”, afirma a nota. “O Madero reiterou, porém, que não há garantias de que a empresa conseguirá adiar ou refinanciar esses débitos em tempo ou em condições favoráveis”.

No total, a rede do bolsonarista bravateiro Junior Durski somava R$ 2,4 bilhões em dívidas com bancos, fornecedores, tributos, entre outros. Deste montante, mais de 30% dos compromissos (R$ 740,4 milhões) venciam em até um ano. Outros 19,2% tinham prazo de um a dois anos. 

A maior parte da dívida era constituída de empréstimos (R$ 1,2 bilhão). No primeiro trimestre deste ano o grupo registrou um prejuízo de R$ 67,5 milhões, três vezes maior do que o registrado em igual período de 2020, quando teve prejuízo de R$ 18,7 milhões.

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