domingo, 28 de agosto de 2022

Fake news sobre Lula e direitos trabalhistas

Charge: Thais Linhares
Por Altamiro Borges


A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na sexta-feira (26) que Facebook, Kwai e TikTok retirem do ar vídeos com frases descontextualizadas de Luiz Inácio Lula da Silva contra os direitos trabalhistas. Nas postagens, o líder petista aparece dizendo que pretende acabar com o 13º salário e as férias. A milícia bolsonarista não para de obrar fake news das mais sujas.

O pedido apresentado pelos advogados da coligação Brasil da Esperança alegou que “as publicações incluem vídeos com cortes que descontextualizam falas de Lula, dando a entender, erroneamente, que ele defenderia a extinção desses direitos – enquanto, na verdade, o ex-presidente criticava aqueles que defendem a eliminação dessas garantias... Tratam-se de publicações desinformadoras com altíssimo poder de alcance, sendo compartilhadas em uma diversidade de plataformas, o que significa que a ‘entrega’ das publicações também é ampliada por atingir diversos tipos de público”.

Já em sua decisão, a ministra afirma que “as publicações impugnadas revelam grave descontextualização da fala feita pelo candidato Luiz Inácio Lula da Silva, a ponto de alterar por completo seu significado, convertendo a mensagem ao sentido oposto do que ela revelava”. Além de apagar os vídeos, as redes deverão fornecer os dados de acesso e registro, além de endereço do IP, para identificação dos responsáveis pelas páginas que divulgaram as imagens. 

O TSE vai ter muito trabalho para conter a milícia digital bolsonarista e limpar sua sujeira nas redes sociais. Ou age com firmeza e rapidez, ou a eleição de outubro será fraudada pelas mentiras e pelo ódio fascista. A “mamadeira de piroca” e o “kit gay”, que envenenaram o pleito de 2018, serão fichinhas neste ano. A vigilância da sociedade civil também será decisiva para denunciar prontamente esses criminosos digitais.

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