sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O ano do grande naufrágio da Europa

Por Eric Nepomuceno, de Buenos Aires, no sítio Carta Maior:

Uma das grandes marcas do ano que termina veloz, voraz e sombrio, é a de uma Europa que naufraga aos sabores do apetite incansável do mercado financeiro. A prepotência imperial de uma Alemanha implacável somou-se aos ares napoleônicos de um francês insosso e furtivo para pôr ordem na casa, ao preço que for.

A luta contra o capital financeiro

Por João Novaes, no sítio Opera Mundi:

No fim da década de 1990, enquanto os governos e a opinião pública mundial defendiam em uníssono os princípios mais extremos do liberalismo, um jornalista espanhol radicado na França ousou desafiar esses conceitos. Diretor da tradicional revista Le Monde Diplomatique desde 1991 (cargo que ocupou até 2008) esteve na linha de frente do ativismo altermundialista. Um editorial seu de 1997 influiu na criação do grupo anticapitalista Attac (Associação pela Taxação de Transações Financeiras para Ajuda aos Cidadãos), cujo objetivo de cobrar um imposto ao mundo das finanças foi duramente atacado na época.

E se Lula processasse os difamadores?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Vale refletir sobre as únicas notícias que a mídia deu sobre o livro-bomba da política, ou seja, as versões e as ameaças de tucanos contra a obra e seu autor. Foi assim com matéria do UOL veiculada ontem que finalmente se rendeu ao fato de Privataria ter se tornado o maior Best-seller político do século, no Brasil. Notícia, aliás, que não foi para a edição impressa da Folha.

Crise capitalista e lutas dos povos

Editorial do sítio Vermelho:

O ano de 2011 termina com a situação internacional marcada por insanáveis contradições econômicas e políticas. Os aspectos mais salientes e indissociáveis são o aprofundamento da crise multidimensional do capitalismo e a intensificação da ofensiva militarista e belicista do imperialismo norte-americano e seus aliados da União Europeia. A guerra contra a Líbia foi, durante o ano que se encerra, a mais brutal manifestação dessa ofensiva.

2011: o ano das bicadas no PSDB

Por Altamiro Borges

Duas entrevistas recentes confirmam que 2011 foi um péssimo ano para o PSDB, o partido dos neoliberais tupiniquins. Apesar dos 43,7 milhões de votos obtidos por José Serra na eleição presidencial e da conquista de seis governos estaduais, a sigla atravessa uma grave crise interna, talvez a maior da sua história. As bicadas tucanas são cada vez mais sangrentas e o partido está à deriva!

Venezuela e os novos desafios

Por Beto Almeida

A semana que antecedeu o Natal em Caracas, permitiu observar aspectos importantes da cena política e social venezuelana, bem como compreender a dimensão dos desafios que a Revolução Bolivariana tem pela frente para seguir aprofundando um conjunto de medidas de sentido socialista.

Pois foi no período natalino, quando mais se pronuncia - e em grande parte em vão - a palavra solidariedade, que a Revolução Bolivariana se destaca por renovar a ajuda que, há oito anos, é destinada a comunidades pobres dos EUA, por intermédio da empresa estatal Citgo, subsidiária da PDVSA, a Petrobrás venezuelana. A cada inverno no hemisfério norte, que costuma ser rigoroso e causar mortes entre as famílias mais pobres, o governo Chávez doa um estoque de combustíveis para milhares cidadãos carentes de várias cidades dos EUA usarem em seu aquecimento doméstico.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Aécio Neves não perde por esperar

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A certa altura da entrevista dada pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. a blogueiros, na noite que antecedeu a chegada do livro Privataria Tucana ao mercado, reproduzi pergunta que havia recolhido nos comentários deste site, indagação de um internauta. Algo do gênero ‘Amaury, este livro serve ao Aécio?’.

"Daria uma perna para estar na Globo"

Por Bemvindo Sequeira, em seu blog:

Dia desses um colega veterano, que eu muito respeito, e que o público consagra por seu comprovado talento, afirmou em entrevista o seguinte: “Tem muito ator que fala mal da Globo mas dá uma perna pra entrar”.

Eu, com meu humor, pensei logo no ator perneta sendo aproveitado para o papel de Saci (risos).

A sinuca de bico do PSDB

Por Luis Nassif, em seu blog:

O livro "A Privataria Tucana" tem tucana no nome. Mas investiga especificamente o chamado "esquema Serra".

As acusações são individualizadas e se referem objetivamente a Serra. Amaury o acusa diretamente de corrupção. Se inocente, caberia a Serra buscar a reparação na Justiça. Não o fará porque um eventual processo certamente esmiuçaria sua atuação desde a Secretaria do Planejamento de Franco Montoro, passando pelo relatório Bierrenbach, pelo caso Banespa e pelas privatizações, além de enveredar pelos negócios da filha no mundo offshore. Só faltava a Serra, a esta altura do campeonato, uma ordem judicial para abrir as contas da filha nas Ilhas Virgens.

2011: um ano infernal para o DEM

Por Altamiro Borges

2011 foi um ano desastroso para a oposição de direita no Brasil. Derrotada pela terceira vez seguida nas eleições presidenciais, ela não conseguiu se recuperar do trauma. Sevada historicamente no patrimonialismo e no fisiologismo, ela sofreu deserções e crises internas. Sem programa e sem rumo, ela hoje depende basicamente da mídia direitista para sobreviver em estado vegetativo.

Verônica Serra não se explicou direito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A filha do senhor José Serra divulgou, 20 dias depois do lançamento de “A Privataria Tucana”, uma nota onde, mesmo não anunciando que vá processar Amaury Ribeiro Jr, diz-se vítima de “insinuações e acusações totalmente falsas” e apresenta uma série de “explicações”.

A imprensa descobre o livro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Demorou, mas finalmente a chamada grande imprensa – ou pelo menos os jornais paulistas O Estado de S.Paulo e Folha de S.Paulo – admitem em seu noticiário a existência do livro A privataria tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr.

Nas edições de quarta-feira (28/12), os dois diários reproduzem uma nota distribuída pela filha do ex-governador José Serra, Verônica, na qual ela se defende das acusações contidas no livro. Coincidentemente, a revista Veja, que até o começo da semana ignorava a existência da obra, acaba de descobrir que o livro de Ribeiro Jr. é um best-seller e o inclui em sua lista dos mais vendidos. Mas faz uma média esquisita e, em vez de situá-lo em segundo lugar, conforme indicado pelas livrarias Cultura, Saraiva e Publifolha, decide que é o sexto mais vendido.

Mídia alternativa na pauta da Câmara

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

A Câmara dos Deputados vai tentar buscar no ano que vem formas de garantir a sobrevivência financeira de veículos de comunicação que fazem parte da chamada imprensa alternativa, como rádios comunitárias, portais e blogs na internet. O centro dos debates será a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática, que nesta quarta-feira (21), penúltimo dia de trabalho parlamentar, instalou uma subcomissão só para cuidar do tema em 2012.

Crimes da imprensa e papel da internet

Por Claudio Leal, no Terra Magazine:

A eleição presidencial de 2010, vencida pela petista Dilma Rousseff, começa a ganhar os primeiros relatos históricos. Um dos lançamentos editoriais sobre a campanha política, o livro "Crime de imprensa" (Plena Editorial), de Palmério Dória e Mylton Severiano, analisa o comportamento dos grandes grupos midiáticos durante a sucessão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O cordel da "privataria tucana"

Por Silvio Prado, no blog As árvores são fáceis de achar:

"Caiu a casa tucana
Do jeito que deveria
E agora nem resta pó
Pois tudo na luz do dia
Está tão claro e exposto
E o que ninguém sabia
Surge revelado em livro
Sobre a tal privataria.

"Amauri Ribeiro Junior
Um jornalista mineiro
Em mais de 300 páginas
Apresenta ao mundo inteiro
A nobre arte tucana
De assaltar o brasileiro
Pondo o Brasil à venda
Ao capital estrangeiro.

Os filhos e os amigos do Poder

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se existe algum mandamento primordial do bom jornalismo deve ser o de seus militantes estarem permanentemente obrigados a se questionarem sobre se não estão incorrendo naquele que também deve ser o maior pecado de tão nobre ofício, o de jornalistas permitirem que as próprias opiniões se confundam com os fatos.

O primeiro ano do governo Dilma

Por Nivaldo Santana, em seu blog:

Como o ano está próximo do final, vamos praticar o esporte predileto desse período que é passar em revista o que rolou de importante no ano de 2011. Fiquemos no governo Dilma. O balanço do seu primeiro ano de mandato é positivo, sem ser excepcional.

Eleita sob os auspícios da popularidade de Lula, desde o início Dilma tinha um problema essencial a enfrentar: firmar sua autoridade diante de vários cenários: do ministério, em boa medida herdado, da ampla base partidária de sustentação do governo e da sociedade em geral.

Itaú vence o "São Pilantra 2011"

Da Rede Brasil Atual:

Um protesto bem humorado de fim de ano escolheu, nesta quarta-feira (28), o banco Itaú Unibanco como vencedor da prova de "São Pilantra 2011". A paródia da corrida internacional de São Silvestre, uma tradição da capital paulista, também foi promovida na avenida Paulista, na região central da cidade.

Os personagens são escolhidos pela categoria e uma performance teatral marca a "prova". Atores representando os donos da instituição foram declarados vencedores. A crítica foi o fechamento de 4.400 postos de trabalho no ano.

Pentágono autoriza guerra na internet

Do sítio Pátria Latina:

Os parlamentares norte-americanos autorizaram oficialmente seu exército a dedicar-se à chamada "ações militares cinéticas", nada mais do que um eufemismo triste para não dizer literalmente "guerra".

Como sempre nestes casos, o anúncio não veio com alarde, mas discretamente, em um pequeno parágrafo que integra o orçamento militar até 2012. Pode ser mais insidiosa, mas não mais clara.

A metade pobre dos EUA

Por Fred Goldstein, no sítio português Resistir:

O número de pessoas nos EUA que são oficialmente pobres ou "quase pobres" tornou-se uma questão controversa. O Gabinete do Recenseamento mudou o método de medir a pobreza oficial. Agora, diferenças regionais são consideradas ao calcular os custos de manutenção de uma família, assim como acrescenta qualquer assistência governamental – como selos alimentares – ao rendimento de uma família enquanto subtrai despesas médicas, de transporte, de cuidados a filhos e outras.