sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A chave da vitória de Dilma

Editorial do site Vermelho:

A campanha do segundo turno da eleição presidencial, de curtíssima duração, começou com intensidade e elevado grau de conflitualidade política. Nela, dois aspectos se destacam: a mobilização total da militância, dos aliados e do povo e a nitidez da mensagem política. Em ambos, as forças progressistas levam vantagem.

Segundo turno: o voto útil

Por Pedro A. Ribeiro de Oliveira, no site da Adital:

O 1º turno é o momento político por excelência, porque nele se explicitam as propostas dos candidatos e candidatas, independentemente de sua probabilidade de vitória. A proposta de Lula e Dilma foi apoiada por muitos companheiros e companheiras de fé e luta política, como Leonardo Boff, Frei Betto e Luiz Alberto G. Souza, mas não por mim. Não me entusiasma a inclusão das classes e setores marginalizados no mercado de consumo sem taxar as grandes fortunas de ruralistas, empresário/as, banqueiro/as e rentistas.

Contra o retrocesso, "tô com Dilma"

Por Iago Montalvão, no site União da Juventude Socialista (UJS):

O resultado do 1° turno das eleições de 2014 foram, em geral, um retrocesso para as forças progressistas a nível nacional. Ainda que tenhamos conquistado vitórias regionais, como a derrota do tradicionalismo e conservadorismo do PSDB em Minas Gerais com uma frente popular, que agora sob o comando de Pimentel (PT) governará esse estado; na Bahia com Rui Costa (PT) caminham também as forças populares para a superação do Carlismo; e a grande vitória dos comunistas no Maranhão com Flávio Dino (PCdoB), um primeiro passo importante e fundamental para enfraquecer e extinguir o domínio da oligarquia dos Sarney nesse estado.

Mídia não garantiu vantagem a Aécio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.

Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a 46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.

Romper o cerco conservador

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O PT não é um partido de santos. Há gente boa e ruim ali – como em toda parte.

Mas você já reparou que, em toda eleição, há sempre uma onda de denúncias contra o PT? E só contra o PT?

Onde estão as investigações sobre os trens de São Paulo? Sobre a privatizações tucanas? Jamais prosperaram. Agora, a 15 dias da eleição, surge a delação premiada de um réu desesperado – jogando lama sobre Dilma, Lula e o PT como um todo. Não há chance de responder. Não. O rolo compressor midiático está acionado.

Aécio é SP contra o nordeste

Por Antonio de Azevedo, no blog Viomundo:

O PSDB é um partido paulista: controlado por líderes paulistas, defende os interesses da elite de São Paulo e depende fortemente do voto paulista.

Foi no Estado de São Paulo que Aécio Neves colheu sua maior vitória no primeiro turno em 5 de outubro (de São Paulo saíram 10 milhões dos cerca de 30 milhões obtidos pelo PSDB).

Dilma x Aécio; Lula x FHC

Por Nicolas Chernavsky, no blog culturapolitica.info:

Finalmente chegou a hora. Depois de uma abrupta guinada para o conservadorismo em 1964, gradualmente o Brasil conseguiu sair das trevas para chegar à predominância do progressismo a partir da eleição de Lula em 2002. Nestes 12 anos, o Brasil conseguiu avanços extraordinários, como retirar 36 milhões de pessoas da miséria e ascender 40 milhões de seres humanos para a classe média. Saímos do mapa da fome no mundo. Reduzimos o desemprego à metade com aumentos consideráveis de salários. Estamos conseguindo realizar o sonho de muitas gerações de brasileiros. Estamos deixando de ser um país pobre e virando um país de classe média! Não era isso o que queríamos?

Malafaias e bolsonaros estão com Aécio

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O amor, a amizade e o respeito não unem as pessoas tanto quanto o ódio a alguma coisa, dizia Tcheckhov.

Aécio Neves recebeu o apoio da hidrofobia ostensiva de Silas Malafaia e Jair Bolsonaro. Previsível?

São Paulo: A vanguarda do atraso

Por Izaías Almada, no Blog da Boitempo:

A reeleição do governador Geraldo Alckmin, a eleição do senador José Serra, a expressiva votação de Aécio Neves e Marina Silva no último domingo, o número de votos obtidos pelos deputados Russomano e Feliciano (a lista desse apagão anti-humanista é extensa e enfadonha), embora confirmem o ‘exercício da democracia’, confirmam também que o estado de São Paulo se torna de fato o representante legítimo da vanguarda do atraso brasileiro.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PSOL reforça campanha contra Aécio

Por Altamiro Borges

Em reunião realizada nesta quarta-feira (8), a executiva nacional do PSOL decidiu liberar os seus filiados e não formalizar apoio no segundo turno da eleição presidencial. Ao mesmo tempo, porém, a sigla recomendou explicitamente que não se vote no cambaleante tucano e algumas de suas principais lideranças já externaram que votarão em Dilma Rousseff. Segundo o documento aprovado, “Aécio Neves, o seu PSDB e aliados são os representantes mais diretos dos interesses da classe dominante e do imperialismo na América Latina. O jeito tucano de governar, baseado na defesa das elites econômicas e nas privatizações, com a corrupção daí decorrente, significa um verdadeiro retrocesso”.

PSDB é inimigo dos trabalhadores

Por Altamiro Borges

A onda conservadora que eclodiu no primeiro turno atraiu setores que desconhecem a história do PSDB e do seu candidato, o cambaleante Aécio Neves. Inclusive em áreas operárias de São Paulo, por exemplo, muitos trabalhadores, principalmente jovens, votaram no presidenciável tucano. É preciso que estes eleitores conheçam as práticas – e não os falsos discursos – destes verdadeiros inimigos dos assalariados. Com este objetivo, apresento alguns dados concretos sobre o triste reinado de FHC. Os trabalhadores foram as maiores vítimas do veneno neoliberal do desmonte do trabalho. Quem conhece esta história não vota em Aécio Neves.

Das ruas e das redes brota a resistência


Campanha do PT faz bem à democracia

Por Breno Altman

Não faltam vozes a denunciar inserções de campanha da presidente Dilma Rousseff como “baixaria” ou até “terrorismo eleitoral”. A candidata Marina Silva teria sido triturada por uma “máquina de mentiras”, a mesma variável que, supostamente inspirada pelo nazista Goebbels, estaria prestes a se abater sobre Aécio Neves.

Como será o segundo turno?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um dos principais intelectuais brasileiros, o professor Wanderley Guilherme dos Santos é o pensador de momentos importantes da historia do Brasil. Seu artigo “Quem vai dar o golpe” permanece como uma obra indispensável para entender o movimento que derrubou o governo João Goulart. Nos textos reunidos em “Décadas de Espanto e uma Apologia Democrática,” Wanderley permite compreender as privatizações e as tentativas de mudar o papel do Estado no governo Fernando Henrique Cardoso.

O PSDB e a república dos bananas

Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:

O Brasil é diversificado demais para poder ser enquadrado na expressão “banana republic”. Tecnicamente, a expressão descreve "um país politicamente instável, cuja economia depende largamente de um produto de exportação de fonte limitada, com classes sociais estratificadas, incluindo uma grande classe trabalhadora empobrecida, e uma plutocracia governante de elites empresariais, políticas e militares". Estou citando a Wikipédia a respeito.

Os perigos que nos rondam

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Latifundiários, banqueiros, racistas, homofóbicos, defensores da ditadura, sociopatas e ultrarreacionários em geral, estão se alinhando em apoio a Aécio Neves.

Ronaldo Caiado, Malafaia, Pastor Everaldo, Bolsonaro, para citar apenas alguns nomes.

Época divulga pesquisa fajuta

Por Renato Rovai, em seu blog:

Alguém já tinha ouvido falar do Instituto Paraná Pesquisas? Pois é, hoje a revista Época divulgou aquela que seria a primeira sondagem do segundo turno dando Aécio Neves oito pontos à frente de Dilma, mas o que subiu nos trending topics do Twitter não foi o resultado, e sim de onde surgiu o instituto.

O volume morto da imprensa

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Começa na quinta-feira (9/10) um teste definitivo para a mídia tradicional do Brasil. Agora que a alternativa Marina Silva foi descartada, os principais grupos empresariais de comunicação estarão em confronto aberto com o Partido dos Trabalhadores, que controla há doze anos o poder central. O cenário é o da eleição presidencial em segundo turno, no qual o grupo apoiado explicitamente pela imprensa majoritária enfrenta a presidente que busca a reeleição.

O “vodu econômico” do tucanato

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Mauricio Grabois:

A expressão “filho feio não tem pai”, dita quando alguém pratica um ato negativo e não se responsabiliza por ele, pode ser uma espécie de resumo do debate sobre os efeitos da crise econômica global no Brasil. Segundo as manchetes garrafais dos jornais na terça-feira (8), o Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou “fatores domésticos” para justificar o baixo crescimento da economia brasileira, sem explicar devidamente que as causas indicadas são generalidades, como “reformas”, baixa competitividade, gargalos na educação e no treinamento de mão de obra, falhas na infraestrutura (principalmente em estradas e portos), baixo índice de investimento e poupança, efeito do aumento dos juros sobre a demanda e a “incerteza política”.

Concentrar forças na reeleição de Dilma

Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

O momento nacional chama vivamente a esquerda, as forças progressistas e patrióticas a uma reflexão detida e a uma atitude firme, corajosa e consequente.

Em grande medida, os resultados eleitorais de cinco de outubro revelaram a existência de uma onda de direita, nada obstante a presidenta Dilma ter obtido um resultado que lhe dá a liderança e uma vantagem de oito milhões de votos sobre seu principal contendor, a eleição de governadores de esquerda e do centro democrático e o posicionamento em condições de competitividade nas disputas do segundo turno em 14 estados.