sexta-feira, 17 de julho de 2015

Eduardo Cunha mais perto do fogo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Eduardo Cunha termina o semestre legislativo de metralhadora em punho, mirando claramente o governo e o mandato de Dilma Rousseff. Mas ele também chega ao final deste período deslocado para o centro das investigações que envolvem políticos com o esquema de propinas na Petrobrás. O endurecimento do presidente da Câmara nas últimas horas pode representar seus estertores diante da aproximação do fogo.

Grécia, Brasil e o pescoço no garrote

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O acordo assinado entre a Grécia e a comissão do euro influenciará a luta pelo desenvolvimento em nosso tempo, inclusive no Brasil.

Assim deve ser analisado.

Não como um ponto fora da curva, mas como a expressão da tirania financeira levada às últimas consequências contra um povo em busca de sua redenção.

Governo financia mídia cartelizada

Por Antonio Lassance, no Observatório da Imprensa:

Gasta-se muito e gasta-se mal em comunicação de governo, em todos os governos. Nos estaduais e municipais costuma ser pior do que no governo federal. Ainda assim, é inadmissível que um governo eleito e reeleito com a pauta da democratização dos meios de comunicação e com um discurso de que faz “mídia técnica” não tenha feito, até hoje, nem uma coisa, nem outra.

A expressão “mídia técnica” supostamente significa que o gasto em publicidade tem como critério a audiência de cada mídia e seus respectivos veículos. Assim sendo, as mídias e veículos de maior audiência são mais bem pagos que outros.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Babilônia fracassa e atores choram

Por Altamiro Borges

Os três filhos de Roberto Marinho – que não têm nomes próprios, segundo o afiado blogueiro Paulo Henrique Amorim – continuam no topo da lista dos maiores bilionários brasileiros da revista Forbes. Mas a situação do seu império midiático não é nada tranquila. Os índices de audiência dos seus principais programas seguem em declínio – seja no Jornal Nacional, que acumula os piores Ibopes da sua história, ou nos enfadonhos "Fantástico" e "Domingão do Faustão". O que mais atormenta a famiglia, porém, é a decadência das suas telenovelas, que sempre foram o carro-chefe da emissora. O fracasso de "Babilônia" é emblemático deste martírio. Nesta segunda-feira (13), o jornalista Daniel Castro, do site especializado Notícias da TV, registrou o desespero dos seus protagonistas.

Mantega processa agressores fascistas

Por Altamiro Borges

O ex-ministro Guido Mantega, um dos responsáveis pelas menores taxas de desemprego da história do Brasil, já foi alvo de três provocações fascistas em São Paulo. A primeira ocorreu em fevereiro, no Hospital Albert Einstein, quando levava a sua companheira para uma sessão de tratamento de câncer. Educado, ele se retirou do local para evitar maiores transtornos e ainda aliviou a barra da direção da instituição privada, presidida por um notório sionista. A segunda se deu num restaurante, quando um empresário falido, ligado à seita direitista “Revoltados Online”, rosnou algumas grosserias e também foi poupado. Já em maio, dois representantes da elite recalcada voltaram a provocá-lo num restaurante italiano. Desta vez, porém, eles não deverão ficar impunes.

Folha não gostou do “Chupa Folha”

Por Altamiro Borges

Como sempre dizia o jornalista Cláudio Abramo, a liberdade de imprensa nas redações só existe para o dono. Na segunda-feira (13), o jornalista Pedro Ivo Tomé, que pediu demissão na Folha, publicou seu último artigo no jornal com uma mensagem “escondida”. Responsável pela sessão de obituários do diário, ele fez com que a inicial de cada parágrafo formasse a frase “Chupa Folha”. A truculenta famiglia Frias, que adora sacanear os seus inimigos políticos, mas não tolera qualquer tipo de crítica – que o digam os editores do site satírico “Falha de S.Paulo” –, ficou irritadinha com a brincadeira e já anunciou que processará o seu ex-repórter. Na época mais sombria da ditadura militar, a mesma famiglia dedurava e transportava os presos políticos para a tortura. Agora, ela processa!

Jornais fecham e demitem. Crise é braba!

Por Altamiro Borges

A violenta crise que atinge o modelo de negócios da mídia impressa não dá trégua. Nos últimos dias, mais três jornais investiram contra os profissionais do setor – alguns deles que ainda chamam patrão de companheiro. O diário Brasil Econômico simplesmente fechou as portas e demitiu todos os funcionários. Já a Tribuna de Santos dispensou até dirigentes sindicais, numa afronta à legislação. Os jornais O Dia e Meia Hora também enfrentam dificuldades, com atrasos no pagamento dos salários e dos benefícios. A crise decorre de vários fatores – como a explosão da internet, que afasta a juventude dos impressos; a perda de credibilidade destes veículos, cada vez mais partidarizados e com menos qualidade; e aos erros de administração destas empresas privadas.

Veríssimo critica "pregação golpista"

Por Altamiro Borges

O escritor Luis Fernando Verissimo, autor de mais de 60 livros de sucesso no país, nunca se omitiu diante dos graves momentos da política – bem diferente de outros intelectuais que preferem o silêncio cúmplice. Em artigo publicado no jornal O Globo nesta quinta-feira (16), ele agora adverte para a onda golpista e fascista que se alastra no Brasil. Vale conferir:

Provas da escuta ilegal na Lava Jato

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O 247 teve acesso a um conjunto de documentos que apontam fatos graves e inaceitáveis sobre as escutas telefônicas realizadas na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Chamado para prestar depoimento sobre o assunto na CPI da Petrobras, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a Polícia Federal está subordinada, ao menos formalmente, disse que é muito cedo para tomar qualquer medida contra os envolvidos. Apesar do reconhecido talento para fazer pronunciamentos, Cardozo não convenceu. A bancada do PT sorria amarelo durante suas explicações. Integrantes da base aliada bateram duro.

Outra agenda econômica é possível

Por Marcio Pochmann, na Revista do Brasil:

O diagnóstico de que a economia brasileira não cresceria mais sem antes haver a recuperação do grau de confiança dos empresários levou a equipe econômica do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff a defender um conjunto de medidas definidas como ajuste fiscal. Isso porque a queda nas expectativas dos empresários foi entendida pelo governo federal como decorrente de piora na situação das contas públicas.

Não adianta mentir: golpe é golpe

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Setores da mídia vem flertando, há meses, com o que poderíamos chamar de "mentira suprema".

É a sua "ultimate lie": a última grande mentira.

A mentira de que o golpe não é golpe.

O julgamento de contas pelo TCU, um dos pretextos que os golpistas, na política e na mídia, querem usar para derrubar uma presidenta eleita com 54 milhões de votos, é estrondosamente patético.

Dilma queima o seu capital político

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Está lançado um grande desafio, no presente e no futuro, para historiadores, cientistas políticos, sociólogos, jornalistas e estudiosos de política : como se queimar um enorme capital político em apenas seis meses.

Os pesquisadores certamente terão de ouvir a presidenta Dilma, seu marqueteiro, ministros, parlamentares, dirigentes do PT e assessores do Planalto. Claro que terão que sair em campo também para entrevistar as representações da sociedade.

"Pedalada" de Alckmin não dá mídia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Curioso o escândalo seletivo praticado por nossa mídia.

Pouco destaque teve o fato de o governador Geraldo Alckmin ter “pedalado” a devolução de créditos do programa Nota Fiscal Paulista.

No início do mês, baixou normas para que que a devolução dos valores do programa, que serviam para pagar impostos estaduais seja adiada em seis meses, caindo apenas no exercício de 2016.

A falta de coragem do ministro Cardozo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Os jornais destacaram a parte mais irrelevante e óbvia do depoimento do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo à CPI da Petrobras: a de que doações legais a campanhas políticas podem ser criminalizadas se forem fruto de propina e o beneficiário tiver ciência disso. Cardozo limitou-se a dizer o óbvio.

No seu depoimento, o que espantou foi a total alienação do chefe da Polícia Federal, ele próprio, em relação às atividades da sua tropa.

Aécio Neves: A Imagem não é tudo

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Aécio Neves é um personagem ambivalente. Sua indignação não convence nunca e soa como inveja; sua juventude estendida além do limite natural gerou uma máscara que, quando quer ser irônica, acaba figurando sarcástica – parece que vai envelhecer sem passar pela fase de maturidade. Sua dedicação às questões públicas destoa de sua trajetória personalista e é sempre uma derivação de seu desejo incontido de poder.

Eduardo Cunha na TV: Vai ter panelaço?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Os endinheirados que toda vez que a presidente Dilma Rousseff se pronuncia na TV correm para suas “varandas gourmet” para fazer soarem suas panelas douradas justificam a palhaçada com o “argumento” de que agem assim em “combate à corrupção”.

Apesar de a presidente da República, aos 67 anos, não carregar uma única mancha em sua vida e de não existir sequer uma mísera acusação concreta contra ela, gente cujo dinheiro substituiu a civilidade a associa a pessoas que estão sendo acusadas de crimes graças à sua postura republicana de nomear procurador-geral da República e delegado-geral da Polícia Federal absolutamente isentos.

A guerra das drogas e o Estado-prisão

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Relatório divulgado há alguns dias pelo Ministério da Justiça mostra que a população prisional brasileira no primeiro semestre de 2015 chegou a 607.731 indivíduos, o que representa um aumento de 575% com relação a 1990, ou seja, 6,7 vezes maior, o que transforma o Brasil no quarto país do mundo em número de prisioneiros, depois dos EUA, da China e da Rússia.

Ódio ao PT: O curto e o longo prazo

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Quando se usa o termo opinião pública, é preciso entender que ele possui duas dimensões. E que entre eles pode coexistir uma contradição. A primeira dimensão diz respeito às atitudes e comportamentos conjunturais. São emoções e opiniões, modos de pensar e agir em relação ao presente. É volátil e desestruturada, e não estabelece compromissos com o conteúdo. Em um dia, pode-se estar furioso com alguma coisa. No outro, contente.

Não há consenso para o impeachment

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A permanência de Dilma na presidência da República hoje depende menos da capacidade de reação do governo e do lulismo, e muito mais das contradições existentes no campo da oposição.

Claro, os atos públicos que o PT e outras forças começam a organizar são um sinal de que um eventual impeachment deixará marcas, provocará caos, não será obtido sem resistência – nas ruas e nas instituições.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

"Mais Médicos" fura o cerco da mídia

Por Leandro Fortes, no blog Diário do Centro de Mundo:

À frente, há três anos, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, o dentista cubano Joaquin Molina não se surpreendeu quando, há dois anos, o Conselho Federal de Medicina encabeçou uma violenta reação ao programa Mais Médicos, do governo Federal. “É um tipo de reação corporativista comum em todo o mundo”, explica, diplomático. “Não houve surpresa, é como uma demarcação de território, por causa da chegada de estrangeiros”.