sábado, 23 de abril de 2016

O significado da cuspida de Zé de Abreu

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A cuspida de Zé de Abreu num imbecil que o xingou num restaurante em São Paulo é muito mais que uma mera cuspida.

É um símbolo do Brasil que a plutocracia predadora criou. (Aqui, você pode ver o vídeo.)

Pela imprensa, a voz da plutocracia, milhões de midiotas foram manipulados brutalmente nos últimos anos e estimulados a agredir petistas onde quer que os encontrassem.

FNDC rechaça golpe e denuncia a mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A defesa da democracia e o rechaço ao golpe midiático ditaram o tom da abertura da XIX Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), nesta quinta-feira (21). O deputado federal Orlando Silva e o professor João Sicsú alertaram para o horizonte de retrocessos que o processo ilegal do impeachment de Dilma Rousseff deve trazer para os campos social, econômico e político.

O direito de resposta da Globo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

João Roberto Marinho enviou resposta ao jornal inglês The Guardian, onde suas Organizações Globo são apontadas como parte das forças que promovem e apoiam a derrubada de Dilma Rousseff.

Basicamente, contra um parágrafo:

Na verdade, a maioria dos maiores meios de comunicação de hoje – que aparecem respeitáveis para pessoas de fora – apoiou o golpe militar de 1964, que marcou o início de duas décadas de ditadura de direita e e enriqueceu mais os oligarcas do país.Este evento histórico chave ainda lança uma sombra sobre a identidade e política do país. Estas corporações – liderados pelos braços múltiplos de mídia da organização Globo – anunciam um golpe como uma ação nobre contra um governo liberal corrupto, democraticamente eleito. Soa familiar?

Acuada, mídia dá sinais de desespero

Por Thiago Takamoto, no blog O Cafezinho:

A grande imprensa brasileira não consegue mais disfarçar o desespero que veio à tona após a descoberta, pelo mundo, da trama na qual está envolto o pedido de impeachment apresentado contra a Presidenta Dilma, pedido esse que foi meticulosamente desenhado e construído pelas famílias que controlam os grandes conglomerados midiáticos em conluio com os políticos oportunistas que apenas ocupam espaço no Congresso Nacional.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Câmara censura por ordem de Cunha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Eu já tinha denunciado aqui o PIG de Eduardo Cunha: a mão-de-ferro com que o presidente da Câmara passou a gerir os órgãos de comunicação da Casa, sobretudo a TV Câmara, sem nenhum republicanismo, favorecendo a si mesmo. Esta semana, após o impeachment da presidenta Dilma passar no plenário, uma matéria de 2014 da agência Câmara começou a circular nas redes sociais, mostrando que apenas 36 dos 513 deputados se elegeram de fato com votos próprios, uma demonstração de que precisamos urgente fazer uma reforma política.

Mais um golpe: querem cortar a Internet!

Por Manuela D´Ávila e Fabricio Solagna, no site Sul-21:

Nas últimas semanas as operadoras de telecomunicação anunciaram uma mudança na forma de cobrar pelo uso de Internet banda larga fixa, essa que utilizamos em nossas casas, empresas e escolas. Além da velocidade de navegação, teremos que optar também pelo limite de dados das franquias, como já ocorre no celular, e quando atingirmos o limite previsto, a Internet será cortada. Para continuar navegando teremos que desembolsar mais e comprar um pacote adicional.

Crise brasileira e a geopolítica mundial

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Seria errôneo pensar a crise do Brasil apenas a partir do Brasil. Este está inserido no equilíbrio de forças mundiais do âmbito na assim chamada nova guerra fria que envolve principalmente os EUA e a China. A espionagem norte-americana, como revelou Snowden atingiu a Petrobrás e as reservas do pre-sal e não poupou até a presidenta Dilma. Isto é parte da estratégia do Pentágono de cobrir todos os espaços sob o lema:”um só mundo e um só império”. Eis alguns pontos que nos fazem refletir.

O dia da vergonha e a democracia

Por Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo e Marcelo da Silveira Campos, no site Brasil Debate:

No dia 17 de abril de 2016, a Esplanada em Brasília amanheceu dividida por um muro de metal. A proposta era impedir que os dois lados em confronto se enfrentassem fisicamente, evitando assim consequências piores do conflito político instalado no país. Quando a sessão que votaria o início do processo de impeachment contra a Presidenta começou, se percebeu que o muro físico era apenas uma pequena representação concreta de um muro muito maior e mais antigo, erguido pelas velhas oligarquias, e atualizado com a forma das bancadas da bala, do boi e da bíblia.

A falácia do decano Celso de Mello

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há 157 dias está no Supremo o pedido de julgamento do presidente da Câmara Eduardo Cunha. O decano nunca se pronunciou.

No domingo, mais de 300 deputados deram o mais indigno show público já registrado na Câmara Federal. O decano se calou.

O país está prestes a ser governado por um vice-presidente envolvido na Lava Jato e por um presidente de Câmara que só não vai preso por leniência do Supremo. O decano se resguarda e nada diz.

O STF fugirá como lebre

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

Avalio como inoportuna, inviável, e ilegal, exceto se por decisão do Superior Tribunal Eleitoral, a sugestão à esquerda de que reivindique “eleições, já”. Inoportuna porque lançada em meio ao processo decisório, primeiro, do Senado da República, e depois, se for o caso, do Supremo Tribunal Federal; inviável porque a Câmara, os partidos que votaram de forma truculenta a favor do impedimento de Dilma Rousseff, não irão introduzir tal mudança na Constituição; e ilegal porque se trata de mudança na regra do jogo ao fim do segundo tempo. Perder a bandeira da legalidade é presentear os golpistas com o argumento de que não dispõem e buscam desesperadamente forjar: o de que a presidente Dilma comete crime de responsabilidade, atentando contra a letra da Carta Magna. E sem ele não há justa causa para a violência impeditiva.

Aos jovens que resistem

Movimentos estudantis e a Democracia Corinthiana em frente à Fiesp. Foto: Jornalistas Livres

Por Artur Scavone, no blog Viomundo:

O sonho de uma sociedade livre e solidária era muito forte entre nós. Che Guevara era nosso ídolo. Cuba era a referência de uma sociedade livre em que todos tinham saúde, educação, não conheciam a fome e tinham amor à pátria.

O império norte-americano dominava os territórios da América Latina, controlava nossos governos e treinava os torturadores locais. E sugava nossas riquezas em conluio com a burguesia local.

Ovo da serpente foi chocado no 'mensalão'

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                    

Como jornalista, blogueiro e militante, me orgulho de ter feito parte de um grupo pequeno de ativistas da esquerda brasileira que se insurgiu e denunciou a gigantesca farsa montada por Joaquim Barbosa, e endossada pela maioria do STF, durante o julgamento da Ação Penal 470.

A blogosfera progressista em peso e guerrilheiros digitais em geral travaram uma guerra desigual contra as manipulações e as mentiras da mídia golpista, contra a narrativa sem pé nem cabeça criada por Barbosa para dar vazão à sua obsessão de criminalizar o PT, contra o cerceamento do direito de defesa, contra a liquidação da presunção de inocência, contra a condenação sem provas via interpretação canhestra de teorias estranhas ao bom direito, contra as seguidas violações do Código Penal, do Código de Processo Penal e da Constituição.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Dilma promete lutar até a última trincheira

Por Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

A presidente Dilma Rousseff recebeu ontem no Palácio do Planalto blogueiros e jornalistas da imprensa independente. Disse e repetiu que é vítima: “Eu sou vítima. Eu não estou me vitimizando. Eu sou vítima. Eu sou vítima. Estou sofrendo o pior dos agravos que é ser condenada injustamente.” E prometeu lutar até a última trincheira em defesa da Democracia. “Vou às últimas consequências contra o golpe. Estou colocando tudo em que acredito porque esta é uma situação extrema. Eu vou lutar em todos os níveis. Onde for necessário eu vou lutar. O que está em questão não é o meu mandato. Está em questão o processo democrático.”

Intensificar a denúncia do golpe no mundo

Por Jeferson Miola

A imprensa séria do mundo, os segmentos jurídicos, políticos, intelectuais e acadêmicos; governos e organismos internacionais são unânimes na condenação do golpe de Estado que está em andamento no Brasil através de um processo fraudulento de impeachment.

Numa emissora de TV de Portugal, o analista Miguel Sousa Tavares, que acompanha a realidade brasileira há mais de 30 anos, disse que a sessão da Câmara dos Deputados “foi uma assembleia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha fazendo a destituição de uma Presidente sem qualquer base jurídica nem constitucional, mas, sobretudo, com uma falta de dignidade que eu diria que é de arrepiar; uma bandalheira”. Ele diz, ainda: “nunca vi o Brasil descer tão baixo”.

O 'governo invisível' dos EUA e o golpe

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O golpe em marcha contra o governo Dilma Rousseff tem por trás de si a mão do imperialismo? Os Estados Unidos estão por trás das táticas e estratégias que, principalmente no segundo mandato da atual chefe de Estado brasileiro, vêm cercando e minando todas as possibilidades políticas, jurídicas e econômicas de a gestão petista se tornar viável? Segundo analistas ouvidos pela RBA, embora não haja como "provar" que sim, os dados e as relações políticas e históricas evidenciam que, nesse campo, nada acontece por acaso.

O escracho na casa de Michel Temer

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

Michel Miguel Elias Temer Lulia, o vice-presidente mais conhecido somente como Michel Temer, ganhou hoje uma nova alcunha: Temer Silvério dos Reis. A provocação de manifestantes faz referência direta, neste 21 de abril, à morte de Tiradentes, em 1792, em consequência da traição de Joaquim Silvério dos Reis. Não é à toa que cerca de 100 jovens do Levante Popular da Juventude escolheram esta data para protestar contra o peemedebista considerado por eles, assim como o algoz de Tiradentes, um traidor.

O que temer no governo de Michel?

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O Brasil conseguiu a proeza de oferecer ao mundo as lamentáveis imagens de encerramento do primeiro round da tentativa do golpeachment, com o apoio essencial do réu Eduardo Cunha no comando do processo no interior da Câmara dos Deputados. A aceitação da denúncia ocorreu sem a apresentação de nenhuma prova contra a Presidenta da República que justificasse seu impedimento, uma vez que a Constituição prevê a existência de crime de responsabilidade no mandato em curso.

A luta contra o golpe e a traição

Editorial do site Vermelho:

O feriado desta quinta-feira, 21 de abril, tem uma conotação, por assim dizer, ambígua. Ele homenageia a memória de Tiradentes, herói da Independência e da República. E lembra também, inevitavelmente, a traição de Joaquim Silvério dos Reis, que levou à prisão, condenação e morte do herói do povo brasileiro.

Onde estão hoje os herdeiros dos ideiais de Tiradentes? Onde estão, hoje, os silvérios dos reis que traem o povo e a nação?

Câmara aprovou o impeachment. E agora?

Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

Usando a metáfora do futebol, estamos no início de um longo campeonato no qual acontece a disputa entre duas equipes: uma que defende os interesses da burguesia e outra que está ao lado da classe trabalhadora. Cada um dos times tem vários jogadores atuando. Às vezes, eles batem cabeça, enfrentam contradições internas e até fazem gol contra. A classe trabalhadora pode ganhar, empatar ou perder –e o inverso é verdadeiro para o time da burguesia. No entanto, o mais importante é entender que, neste longo campeonato para sair da crise econômica, política, social e ambiental em que estamos inseridos, enfrentaremos muitas partidas.

A operação salva-Cunha está em marcha

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Nos dias que precederam a votação do impeachment, tornou-se cristalina uma trama de venda casada. Enquanto trabalhava pela abertura do processo contra Dilma Rousseff, uma expressiva bancada de parlamentares articulava uma “anistia” ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Nem mesmo a delação de Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, constrangeu a turma. O empresário entregou aos investigadores da Lava Jato uma tabela que aponta 22 depósitos, no valor total de 4,6 milhões de dólares, em propinas repassadas ao peemedebista entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. A planilha foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira 15, dois dias antes da derrota do governo no plenário.