quinta-feira, 8 de junho de 2017

Ações em defesa da democratização da mídia

Do site do FNDC:

Realizada no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), no dia 28 de maio, a 20ª Plenária Nacional do FNDC aprovou a agenda prioritária da entidade contendo seis principais pontos: fortalecer a Campanha Calar Jamais!, denunciar o desmonte e lutar pelo fortalecimento da radiodifusão pública; monitorar as outorgas de rádio e televisão; combater a entrega da infraestrutura de telecomunicações, defender a universalização do acesso à internet e a privacidades nas redes; fortalecer a comunicação alternativa, comunitária, popular e as mídias livres e articular estratégias de diálogo com movimentos sociais e centrais sindicais.

Coalizão de 145 igrejas pede "Diretas-Já"

Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:

A Aliança ACT, uma coalizão internacional composta por 145 igrejas, lançou uma carta em repúdio aos retrocessos no Brasil, pedindo a saída do presidente golpista, Michel Temer (PMDB), do poder e a convocação de eleições diretas.

O Conselho Diretivo da Aliança ACT Global se reuniu nos dias 1 e 2 de junho, em Genebra, e expressou"profunda preocupação com a crise política brasileira". Para os religiosos, "a situação no Brasil exige cuidadosa atenção, compromisso e solidariedade permanentes".

No texto, eles ressaltam ainda que "com a escalada da violência, diminuem os espaços de participação democrática, sendo que as populações de baixa renda e marginalizadas são as mais afetadas" e pedem a revogação das reformas constitucionais, como o congelamento de investimentos sociais por vinte anos, a terceirização total da mão-de-obra, a reforma trabalhista, que extingue a mediação dos sindicatos e vulnerabiliza os trabalhadores, bem como o fim da reforma da Previdência.

O que quer a Rede Globo?

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A delação dos donos da JBS precipitou o declínio do governo Temer. Poucos na bolsa de apostas de Brasília acreditam na possibilidade de mantê-lo até 2018, apesar dos esforços desesperados de salvação. Temer perdeu as condições políticas para governar o País. Pesam contra ele não apenas denúncias, mas provas, vistas e escutadas amplamente.

O peemedebista aposta na tática de arrastar a crise, ao rechaçar a opção de renúncia e criar um falso ambiente de normalidade. Não tem outra saída. Mesmo se decidir renunciar, não poderá fazê-lo sem a busca de um acordo que salve seu pescoço. Caso contrário, corre o risco de sair do Palácio do Planalto direto para a prisão, dado que perderia o foro especial.

A conversão para a direita no mundo

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

Este artigo é um convite ao leitor para especular sobre algumas desgraças contemporâneas. Para isso, utilizo provocações de um livro de Thomas Frank – Pity the Billionaire: The Hard-Times Swindle and the Unlikely Comeback of the Right., Metropolitan Books, New York, 2012.

Frank ressalta a grande quantidade de pequenos empresários entre os ativistas e manifestantes do Tea Party. Donos de lojas, de restaurantes e assim por diante. Para eles, “regulação” é a visita do inspetor sanitário ou do fiscal, “achando” o que multar. É a pequena burguesia como bucha de canhão dos grandes piratas. Algo assim como os trouxinhas da nossa Avenida Paulista, berrando contra a corrupção e liderados por grandes sonegadores e corruptos.

E se Lula conseguir se eleger presidente?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Entre o dia 6 e o dia 27 de outubro de 2002, tanto quem votou em Lula quanto quem não votou tinha dúvidas sobre se ele seria empossado, se não seria acometido por “doença misteriosa” que impedisse sua posse ou até se não haveria um golpe militar com esse fim.

O fato é que, entre 1989 e 2002, perdurou crença de que Lula jamais chegaria lá. Diziam que seu “teto” era de “trinta por cento” do eleitorado, o que era suficiente para colocá-lo em segundos turnos, mas insuficiente para elegê-lo.

A forma da direita endinheirada fazer valer seus desígnios sempre foi estabelecer certezas inquestionáveis sobre o que poderia ou não acontecer. Lula nunca conseguir chegar lá era uma delas.

Eu mesmo, antes da posse, no primeiro dia de 2003, dizia que só acreditaria que Lula tomaria posse após essa posse se consumar.

Temer mentiu sobre as flores de Joesley?

Os personagens da novela mexicana,
inclusive Flora, a das flores, mãe de Joesley
Do blog Viomundo:

Michel Temer e sua esposa Marcela voaram no avião PR-JBS até Comandatuba, na Bahia, para participar de um evento do lobista João Doria, em 2011. Temer era vice-presidente.

O vôo seguiu de São Paulo até Comandatuba, de lá para Brasília e, dois dias depois, fez a rota Brasília-São Paulo. Temer teria voado em outra oportunidade no mesmo avião, para Porto Alegre.

O Learjet, como sugere o prefixo, pertence a Joesley Batista, o dono da JBS, ao qual Temer se referiu como ‘falastrão’. Depois de revelada a gravação da conversa entre os dois, à noite, no porão do Palácio Jaburu, Temer sugeriu que não tinha intimidade com o empresário — embora, na ocasião, tenha ouvido sem reagir, à confissão de crimes cometidos pelo dono da JBS, como o pagamento de propinas.

Fascista perde cargo no PSC por enviar nudes

Caíque com os vereadores Gilberto Nascimento
e Fernando Holiday. Foto: reprodução Instagram
Do blog Socialista Morena:

O PSC (Partido Social Cristão) anunciou na segunda-feira, 5 de junho, que Caíque Marcatt, de 31 anos, atual presidente da ala jovem do partido, foi desligado do cargo por enviar uma foto de seus órgãos genitais a uma integrante do movimento Direita São Paulo com quem discutia nas redes sociais. Caíque, que é casado e tem filhos, não aparenta arrependimento e passou a fazer piada com o tema no Facebook, dizendo ter sido “uma grande sacada” o que fez. A direção do PSC divulgou comunicado no Facebook comunicando o desligamento do exibicionista.

A incógnita militar e o pós-Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – Michel Temer, presidente que mente

Michel Temer mente tão desbragadamente, que transforma em pecado capital até mentiras desnecessárias.

Para pegá-lo em mentiras, não há necessidade de engenho, nem de arte. Basta apontar uma suspeita, esperar o desmentido e apresentar a prova ou testemunho.

Confira no que ele transformou um episódio de carona em jatinho:

1. Informa-se que ele e família viajaram para Comandatuba no jatinho da JBS, quando já era vice-presidente. Uma falta média.

2. O Palácio nega qualquer viagem. Sustenta que a única viagem na época foi em avião da FAB. Apresentado o plano de vôo da aeronave, volta atrás. Foi a primeira mentira.

Gilmar Mendes e o julgamento no TSE

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A única certeza no julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE é a de que um país com Gilmar Mendes não corre o menor risco de dar certo.

Somos uma piada institucional.

Os dois grandes momentos destes dias foram, em ordem de excrescência: os meritíssimos combinando como fariam para não faltar ao lançamento do livro de Luiz Fux, ali presente; e o suposto “embate” entre Gilmar e o relator Herman Benjamin.

Os ânimos se exaltaram principalmente na discussão em torno da validade do conteúdo de delações premiadas, como as de executivos da Odebrecht.

O texto do Haddad e o fator Serra

Por Renato Rovai, em seu blog:

Quase tudo já foi dito sobre o texto que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, publicou na revista Piauí, mas que foi lido por dezenas de milhares por conta da força das redes digitais. Como acontece nesses casos de textos que “bombam” teve para todos os gostos.

Gente que achou grande e vai esperar virar filme, gente que achou simplesmente sensacional, gente que considerou ter faltado auto-crítica, gente que o tratou como um depoimento histórico. E assim por diante.

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Liberdade de expressão no contexto do golpe

Da Rede Brasil Atual:

Blogueiros e ativistas digitais encontram-se na sexta-feira (9) e sábado (10) para a realização do 3º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo. O evento é promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. O tema das discussões deste ano é Liberdade de Expressão em Tempos de Exceção.

A sessão de abertura, às 18h30 de sexta, terá a mesa de debates com participação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e da deputada federal Luciana Santos (PCdoB-PE). Participam também a jornalista Maria Inês Nassif e o presidente do Centro Barão de Itararé, Altamiro Borges.

O Estado de Exceção na contemporaneidade

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


O curso Estado de Exceção na Contemporaneidade faz uma análise sistêmica de como se operam as formatações de controle na sociedade. O tema é abordado sob a perspectiva latino-americana e analisa essencialmente o cenário atual brasileiro. A pesquisa é inovadora em apresentar uma análise crítica ao sistema de justiça como um dos agentes da exceção no Brasil. O tema é ponto central para o debate político e jurídico no país.

Os estudos de Pedro Estevam Serrano são peças chaves para desvendar a crise política do momento presente. O renomado professor também é advogado, doutor e mestre em Direito do Estado, pela PUC de São Paulo e professor de Direito Constitucional da mesma faculdade. O curso é fruto de um aprofundado estudo desenvolvido pelo autor no seu pós-doutorado pela Universidade de Lisboa sobre as novas formas de autoritarismo e ameaças à democracia, a partir do século XXI, como as ocorridas em 2009, em Honduras; há quatro anos, no Paraguai; e, atualmente, no Brasil.

Uma reforma que acaba com os direitos

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Em votação nesta terça-feira (6), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal, o relatório da reforma trabalhista (PLC 38/2017), aprovado por 14 votos a 11, abre espaço para um mundo onde o trabalho é precarizado e a classe trabalhadora vê seus direitos espoliados.

O caminho que o Brasil pode seguir com a aprovação da reforma trabalhista será o mesmo já trilhado em outros países, que testemunharam o aumento radical da desigualdade, a precarização e informalização do emprego, bem como o aumento da discriminação no mercado de trabalho contra mulheres, jovens e idosos.

A guerra aos negros e pobres das periferias

Editorial do site Vermelho:

O resultado do Atlas da Violência 2017 divulgado nesta segunda-feira (5) é uma versão cruel e sangrenta de um lugar comum: a crônica de uma tragédia anunciada.
O estudo foi feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), e revela a guerra civil não declarada. Os números são veementes. Entre cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são pobres, negros e jovens das periferias.

Embora não haja uma guerra declarada, ela pode ser identificada nas entrelinhas de um documento da Escola Superior de Guerra (ESG), de 1989, intitulado “Estrutura para o poder nacional para o ano 2001 – 1900-2000, a década vital para um Brasil democrático”. O documento alerta contra os cinturões de pobreza nas periferias das grandes cidades, como o Rio de Janeiro, e sugere a militarização da ação contra as populações pobres e os “menores abandonados”, vistos como socialmente perigosos. Essa lógica de “contenção” dos pobres prevaleceu nos anos seguintes, levada a cabo pelas polícias militares.

A estranha conexão Janot-Mainardi

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nenhuma dor de cotovelo jornalística, pelo “furo” ter sido de outro e nenhuma crítica à turma do Diogo Mainardi por publicarem, o que é antes um dever jornalístico.

Mas a liberação dos registros de voo do jatinho de Joesley Batista que levou Michel Temer e Marcela – além de outras cinco pessoas – para um resort na Ilha de Comandatuba (BA), em janeiro de 2011, transportou o então vice-presidente para um pós-expediente em Brasília e trouxe a trupe de volta a São Paulo para um site de extrema-direita revela algo sobre o responsável pela investigação, o sr. Rodrigo Janot, sob a guarda de quem estão estes documentos.

Violência generalizada e superávit primário

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

“... a dor da gente não sai no jornal ...” (Chico Buarque)
“... presenteia os ricos e cospe nos pobres ...” (Garotos Podres)


A sociedade brasileira é muitas vezes apresentada como uma experiência “encantadora” do ponto de vista das relações sociais, em razão de uma suposta capacidade de convivência de opostos em algum grau de harmonia. Sem dúvida por aqui existe uma tendência que busca a acomodação de conflitos, ao invés do enfrentamento da diferença. Essa característica de incorporar tensões quase sempre inconciliáveis e de não explicitar as contradições pode até mesmo provocar enfermidades e deformações no tecido social.

Tasso Jereissati e o golpe trabalhista

Por Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Um representante patronal: empresário dono de companhias em diferentes áreas, com um patrimônio estimado em aproximadamente R$400 milhões, acionista com investimentos em diversos bancos dentro e fora do país. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) é o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde foi concluída ontem a primeira fase de discussões e análises da Reforma Trabalhista no Senado. Sob seu comando, a Comissão levou as discussões a toque de caixa, a leitura de relatórios foi cortada e todas as possíveis emendas ao projeto de lei foram vetadas. Agora, ele se volta para o plenário, para onde retornará também a proposta da reforma, após passar pelas comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Constituição e Justiça (CCJ). Entender quem é Jereissati é entender as possibilidades que o futuro da reforma reserva aos direitos dos trabalhadores brasileiros.

Mais cercado, Temer vive dia infernal

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Terça-feira, 6 de junho de 2017.

Logo ao amanhecer, Michel Temer ficou sabendo que prenderam mais um dos homens de confiança do presidente, o seu ex-ministro Henrique Eduardo Alves, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.

Às quatro e meia da tarde, termina o prazo para Temer responder às 82 perguntas que lhe foram enviadas ontem pela Polícia Federal referentes ao inquérito aberto no STF que investiga crimes de obstrução da justiça, corrupção passiva e formação de quadrilha.

E, às sete da noite, recomeça no Tribunal Superior Eleitoral o julgamento da chapa Dilma-Temer que pode cassar o mandato do presidente por abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014.

Vamos internar o "prefake" João Doria?

Por Muryel Euzébio, no site Jornalistas Livres:

Vamos internar o Doria?

Alguns vão dizer que, para idade que eu tenho e outros fatores pessoais da minha vida, começar um texto com tal título é pura imaturidade, falta de senso, pedido por atenção, falta de entendimento e/ou de esclarecimento.

Mas, falando sério, eu pergunto se não falta entendimento e esclarecimento exatamente ao prefeito João Doria Jr. Só assim para ele ser capaz de tomar medidas tão brutais na Cracolândia, com sua política de exclusão social amparada na ignorância do que seja uma cidade real (não um jogo de Lego) e toda a diversidade de gente que ela abriga. Esse tipo de conhecimento, diga-se nenhuma escola burguesa consegue dar.


Mídia bancou a "reforma" trabalhista

Do site Repórter Brasil:

“Modernizar” uma legislação “anacrônica”, privilegiando a negociação entre patrões e empregados com o objetivo de dinamizar a economia e favorecer a retomada dos empregos. Esse foi o principal argumento da cobertura sobre a reforma trabalhista nos principais veículos do país, conforme levantamento feito pela Repórter Brasil.

O Jornal da Record foi o menos crítico à proposta apresentada pelo governo, com 100% das reportagens favoráveis. O Globo foi o segundo mais alinhado, com 88% do conteúdo suportando o que defende o Palácio do Planalto. Em seguida, aparecem o Jornal Nacional (77%) e O Estado de S.Paulo (68%). A Folha de S.Paulo (42%) destoou dos outros veículos, já que criticou a proposta em mais de metade dos seus textos.

Arte: Eugênia Pessoa