sexta-feira, 22 de junho de 2018

As 'fake news' do vereador do MBL

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O vereador Fernando Holiday, do MBL (Movimento Brasil Livre), grupo notório por sua ligação com sites que disseminam notícias falsas na rede, está desinformando seus seguidores e eleitores com fake news sobre um projeto que regulamenta o aborto legal em São Paulo, ou seja, o aborto permitido por lei. Holiday está se gabando nas redes sociais de ter conseguido derrubar um projeto que, segundo ele, defendia “o assassinato de bebês”. Acontece que o vereador está mentindo.

Ruralistas usam 'fake news' e Nizan Guanaes

Da Rede Brasil Atual:

Apesar de serem maioria na comissão especial na Câmara que analisa mudanças propostas para afrouxar as regras para toda a cadeia dos agrotóxicos, aumentando assim sua produção e consumo, os ruralistas enfrentam forte resistência para aprovar o chamado Pacote do Veneno. Tentam, sem sucesso, desde 16 de maio. A minoria formada por deputados do PT, PSB, Psol, PCdoB, PDT e SD tem conseguido segurar o avanço do trator ruralista, usando de todos os recursos legislativos previstos no regimento da Casa para forçar mais debates.

Julgamento de Lula: melhor não sonhar!

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Se os petistas já alimentavam esperanças com o julgamento, no dia 26, do pedido de efeito suspensivo da prisão do ex-presidente Lula, é natural que elas tenham aumentado com a absolvição da senadora Gleisi Hoffmann.

O novo recurso será julgado pelos mesmos ministros da Segunda Turma que inocentaram Gleisi das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sustentando que elas se baseavam apenas em delações premiadas inconsistentes e contraditórias.

Ocorre que no caso da senadora, que tem direito ao foro especial, eles julgaram o mérito da acusação.

Delegado da PF quer fechar blog

Por Marcelo Auler, em seu blog:

O verdadeiro – e inacreditável – propósito do delegado federal Eduardo Mauat Silva ao processar este Blog no Juizado Especial Cível de Santa Cruz do Sul (RS) – como noticiamos em Questionado, DPF Mauat, ex-Lava Jato, processa o Blog– ao que parece, não é tanto a indenização por danos morais de 40 salários mínimos (R$ 37.480), como solicitou na inicial da ação.

Bem mais pretensioso, ele reivindica o fechamento deste Blog e a identificação das fontes que nos alimentam com informações – verídicas, ressalte-se – sobre os bastidores da Operação Lava Jato. Isto foi verbalizado pelo próprio, no início da noite de terça-feira, no Juizado de Santa Cruz do Sul, cidade distante 150 quilômetros de Porto Alegre. Tal como fizemos constar da Ata de Audiência, cujo trecho reproduzimos ao lado (a íntegra apresentamos abaixo).

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Os bancos públicos sob fogo cerrado

Da revista CartaCapital:

A cada eleição presidencial, um tema ressurge com força no debate político e econômico: o papel do Estado na economia e a consequente importância das estatais e dos bancos públicos. Nos últimos dois anos, no contexto da Operação Lava Jato, da crise fiscal e da recessão, as instituições financeiras têm estado sob fogo cerrado de economistas de mercado e de parte da mídia.

A participação dos bancos públicos na concessão de crédito caiu pela primeira vez em 11 anos, de 56% para 54%, porcentual que poderá despencar ainda mais diante do desejo de privatização da Caixa Econômica Federal, responsável por cerca de dois terços do financiamento habitacional no País e detentora de 90% do crédito da habitação popular.

Brasil sumiu do cenário internacional

Ruralistas sabotam debate sobre agrotóxicos

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

A bancada ruralista da Câmara dos Deputados tem reiteradamente se posicionado contra a participação de órgãos públicos de saúde e meio ambiente na Comissão Especial que debate o Projeto de Lei (PL) 6.299 de 2002, que altera as regras para a liberação de novos agrotóxicos no Brasil, tornando as regras para a concessão de autorização mais brandas.

Parlamentares da oposição têm requerido que instituições como o Instituto Nacional do Câncer, o Ibama, a Anvisa e a Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) possam ser ouvidas pelos integrantes da Comissão. Algumas dessas instituições já se manifestaram de forma contrária ao PL, apontando a relação entre agrotóxicos e doenças cancerígenas. Além delas, mais de 200 organizações da sociedade civil lançaram manifesto contra as alterações.

Nem o PRB acredita no dono da Riachuelo

Por Rafael Duarte, no site Saiba Mais:

Oscilando entre 0 e 1% em todas as pesquisas de intenção de voto para a presidência da República, o empresário Flávio Rocha não tem a confiança nem do próprio partido.

O PRB, presidido pelo bispo da igreja Universal Marco Pereira, integra o bloco de partidos que articula apoio a um único candidato ao Palácio do Planalto. O DEM de Rodrigo Maia e ACM Neto; o PP de Ciro Nogueira; e o PTB de Roberto Jefferson também fazem parte do chamado centrão.

Nesta quarta-feira (20), o bispo do PRB se reuniu com Geraldo Alckmin (PSDB). Na terça, parte do bloco jantou com Ciro Gomes (PDT).

Facebook, Google e as eleições de 2018

Da revista Fórum:

Dois candidatos á Presidência, Manuela D'Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL), mais uma série de ativistas da comunicação, jornalistas e intelectuais criaram um manifesto para cobrar transparência nos gastos com impulsionamento de conteúdo no processo eleitoral.

Eles cobram que os gastos e o alcance de cada post sejam divulgados pelas empresas, para que as pessoas possam saber quanto cada candidato está gastando para convencê-las daquilo que está circulando.


Temer aniquila o esporte brasileiro

Por Carina Vitral e Ricardo Leyser, no site Vermelho:

O Brasil retrocedeu 20 anos em dois com o governo Temer. E o esporte brasileiro é a mais recente vítima da destruição do país praticada pelos que tomaram o governo em 2016. Ao editar a Medida Provisória (MP) nº 841, publicada em 12 de junho, o governo federal iguala o esporte a tantas outras áreas terrivelmente afetadas por medidas de austeridade cruéis.

Pré-sal é entregue às multinacionais

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 20 de junho, por 217 votos a favor, 57 contra e quatro abstenções, o texto-base do Projeto de Lei 8939/17 do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que autoriza a Petrobras a vender até setenta por cento de seus direitos de exploração em campos da chamada cessão onerosa.

O acordo fechado pela Petrobras com a União em 2010 permitia à estatal explorar cinco bilhões de barris em campos do pré-sal na Bacia de Santos sem licitação. O valor pago pelo acordo foi alto: 74,8 bilhões de reais e nos anos seguintes o valor do barril de petróleo caiu muito. Uma revisão posterior do contrato já estava prevista desde o início.

Desembargadora fake libera alta da passagem

Por Márcio Anastácio, no site Jornalistas Livres:

A desembargadora Marília de Castro Neves, que se tornou conhecida por atacar a vereadora Marielle Franco, mesmo depois de executada, e desejar a morte do deputado federal Jean Wyllys, liberou, nesta terça-feira (19), o aumento da tarifa de ônibus no Rio de Janeiro.

Com a decisão da desembargadora da 20ª Câmara Cível, a passagem pode subir de R$ 3,60 para R$ 3,90 ainda esta semana. Tudo vai depender da tentativa do Ministério Público de barrar a medida com uma ação na Justiça.

Em Paris, o balanço do golpe no Brasil

Por Leneide Duarte-Plon, no site Carta Maior:

Graças à solidariedade que se propaga pelo mundo, a tournée parisiense do presidente do "Comitê Internacional de Solidariedade a Lula e à Democracia Brasileira", Celso Amorim, foi um sucesso. Numa maratona de palestras, o ex-chanceler do governo Lula e ex-ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff relembrou, para públicos diferentes, a política externa "ativa e altiva" do Brasil sob o governo Lula. Em todos os encontros, o ex-chanceler foi precedido por uma fala da jurista Carol Proner, que explicou o processo de judiciarização da política no Brasil.

Partir para o ataque contra a Lava-Jato

Por Bepe Damasco, em seu blog:

“São tantas as incongruências nas delações que elas se tornam imprestáveis para sustentar qualquer condenação”, ministro Ricardo Lewandowski, do STF, no seu voto durante julgamento que absolveu a senadora Gleisi Hoffmann. Gilmar Mendes também acertou o coração da Lava Jato: “Não existe juízo condenatório por probabilidade.”

Abro parênteses: em nada se alterou o juízo que faço do STF - um tribunal desmoralizado, que trocou seu papel de guardião da Constituição pelo de cúmplice do golpe de 2016. A maioria dos ministros que o compõe ou está a anos luz do estofo jurídico que o cargo requer, ou degrada o tribunal com sua militância política. De direita, é claro. Fecho parênteses.

Riscos do combate às fake news na eleição

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

O debate ainda está em andamento, mas o que saiu de um seminário internacional organizado pelo Tribunal Superior Eleitoral sob a gestão do ministro Luiz Fux é preocupante. As falas do próprio presidente da Corte e de convidados deveriam acender um alerta na cabeça do eleitor e de qualquer brasileiro que tenha estima pela liberdade de expressão na internet.

Fux propôs, entre outros pontos, que o TSE faça parcerias com plataformas como Google e Facebook para retirar notícias falsas da internet durante as eleições. O ministro ainda não deixou claro o que será considerado fake news pela Justiça Eleitoral, mas adiantou que quer usar o "poder de polícia" que tem para remover rapidamente os conteúdos contestados.

E se as crianças presas fossem americanas?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Finalmente, da metade da capa para baixo, ganha algum – e ainda muito pouco – destaque na Folha o fato de haver crianças brasileiras presas – e são ao menos 49, em lugar das oito informadas ontem – por seus pais estarem sendo processados por imigração ilegal aos Estados Unidos.

A imprensa e a diplomacia brasileira, diante do caso absurdo, não fazem mais que miar lamentos e preferem destacar a “ordem” de Donald Trump para que sejam reunidas aos pais – e sigam presas, portanto. No máximo, uma nota do Itamaraty dizendo que o episódio “é “uma prática cruel e em clara dissonância com instrumentos internacionais de proteção aos direitos da criança”.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Rádios comunitárias querem mais potência

Por Carlos Pompe, no site da Contee:

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal realizou nesta terça-feira, 19, audiência pública para debater 'A atual situação das rádios comunitárias no Brasil e as medidas necessárias para o fortalecimento do setor'. Renata Mielli, coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC, da qual a Contee faz parte) afirmou que o espectro das rádios é público, estatal e privado “e a União deveria ser guardiã da participação pública”.

Censura prévia do TSE é ridículo mundial

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Acabo de participar, na Câmara de Deputados, de uma audiência sobre fake news, uma iniciativa bastante oportuna do deputado Hildo Rocha (MDB-MA).

A palavra oportuna se justifica por uma razão óbvia.

Num momento no qual o ministro Luiz Fux, do TSE, anuncia o projeto de criar um conselho para monitorar a divulgação de notícias pela internet, identificar notícias falsas e exigir que sejam retiradas de sites, portais e blogues, o debate real é outro.

Envolve a defesa do artigo 5/IX da Constituição brasileira, onde se diz que "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença."

As crianças encarceradas nos EUA

Por Amanda Holpuch, no site Outras Palavras:

Um mês antes de Donald Trump promulgar uma política que permite a seu governo tirar milhares de crianças migrantes de seus pais, o presidente disse duas vezes a multidões, em seus comícios, que membros de gangues de imigrantes não eram pessoas. “Eles são animais”, afirmou em maio. No último fim de semana, surgiram vídeos e fotos dos centros de detenção, semelhantes a gaiolas, onde crianças, separadas de seus pais, estão abrigadas.

STF impõe nova derrota à Lava-Jato de Moro

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A República de Curitiba comandada por Sergio Moro, que reinava absoluta sem dar satisfações a ninguém, fazendo as suas próprias leis, foi novamente derrotada pelo Supremo Tribunal Federal, como já havia acontecido na semana passada com a proibição das conduções coercitivas.

Quatro anos após o início da Lava Jato, que não deixou pedra sobre pedra no sistema político e na economia nacional, o STF impôs novo revés aos métodos nada republicanos adotados pela força-tarefa do juiz de primeira instância de Curitiba.