“Jair Bolsonaro é evangélico”, afirmava um. “Não, ele é católico romano”, dizia o outro. “Não, eu vi o vídeo dele sendo batizado por um pastor da Assembléia”. “Mas eu vi uma entrevista na qual ele dizia que era católico”. “Mas quem fez o casamento dele foi o Malafaia”. “Mas ele continua sendo católico”.
Não eram minhas tias conversando no almoço de família. Era um comentarista político e um especialista em marketing político discutindo com o microfone ligado, sobre a religião do então candidato a presidente. Em um país em que 60% declara que “jamais” votariam em um ateu, a religião é fator fundamental também na identidade de um personagem público.