sábado, 17 de julho de 2021
Dudu Bananinha e o spray nasal de Israel
Por Altamiro Borges
No início de março, o ex-chanceler Ernesto Araújo – também apelidado de “Beato Araújo" nos corredores do Itamaraty –, o deputado Eduardo Bolsonaro – chamado de Dudu Bananinha – e outros apaniguados foram a Israel para negociar um "spray nasal" milagroso contra a Covid-19. No que deu mais esse crime bolsonariano, que já caiu no esquecimento?
Na ocasião, os telegramas diplomáticos sobre a viagem foram classificados como confidenciais por vários anos – até 2026 ou mesmo 2036. Soube-se apenas que o custo do "passeio" foi de mais de R$ 88 mil, sem contar o avião da FAB que levou a comitiva. O PSOL até entrou com uma ação na Justiça, mas nada foi esclarecido até hoje.
No início de março, o ex-chanceler Ernesto Araújo – também apelidado de “Beato Araújo" nos corredores do Itamaraty –, o deputado Eduardo Bolsonaro – chamado de Dudu Bananinha – e outros apaniguados foram a Israel para negociar um "spray nasal" milagroso contra a Covid-19. No que deu mais esse crime bolsonariano, que já caiu no esquecimento?
Na ocasião, os telegramas diplomáticos sobre a viagem foram classificados como confidenciais por vários anos – até 2026 ou mesmo 2036. Soube-se apenas que o custo do "passeio" foi de mais de R$ 88 mil, sem contar o avião da FAB que levou a comitiva. O PSOL até entrou com uma ação na Justiça, mas nada foi esclarecido até hoje.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Guedes corta as asinhas de Rogério Marinho
Por Altamiro Borges
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro cuida da obstrução no intestino em um hospital de luxo de Sampa, seu laranjal pega fogo. Uma notinha no site da Veja nesta quinta-feira (15) revela que “Paulo Guedes [o rentista] corta verba de Rogério Marinho [o oportunista], que ameaça se demitir do governo”. Essa briga é de titãs e pode dar num baita piriri em Brasília!
Conforme explica a revista, “recentemente, Jair Bolsonaro chamou Paulo Guedes e mandou o ministro da Economia abrir espaço no orçamento para repassar 1 bilhão de reais a obras de Infraestrutura tocadas por Tarcísio de Freitas. Guedes teve então que buscar os chamados ‘recursos empoçados’, o dinheiro já liberado nos ministérios, mas que ainda não foi utilizado. Onde Guedes acabou batendo? Na pasta de Rogério Marinho. Ao perceber o corte, Marinho, indignado foi ao Planalto e, frente a frente com Luiz Eduardo Ramos, disse que entregaria o cargo se o dinheiro fosse transferido”.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro cuida da obstrução no intestino em um hospital de luxo de Sampa, seu laranjal pega fogo. Uma notinha no site da Veja nesta quinta-feira (15) revela que “Paulo Guedes [o rentista] corta verba de Rogério Marinho [o oportunista], que ameaça se demitir do governo”. Essa briga é de titãs e pode dar num baita piriri em Brasília!
Conforme explica a revista, “recentemente, Jair Bolsonaro chamou Paulo Guedes e mandou o ministro da Economia abrir espaço no orçamento para repassar 1 bilhão de reais a obras de Infraestrutura tocadas por Tarcísio de Freitas. Guedes teve então que buscar os chamados ‘recursos empoçados’, o dinheiro já liberado nos ministérios, mas que ainda não foi utilizado. Onde Guedes acabou batendo? Na pasta de Rogério Marinho. Ao perceber o corte, Marinho, indignado foi ao Planalto e, frente a frente com Luiz Eduardo Ramos, disse que entregaria o cargo se o dinheiro fosse transferido”.
Outro empresário bolsonarista na mira da CPI
Por Altamiro Borges
Depois do fujão Carlos Wizard e do "Véio da Havan", mais um empresário bolsonarista está na mira da CPI do Genocídio. O site Metrópoles informa que a comissão deseja investigar o Instituto Força Brasil, uma sinistra entidade que tem como vice-presidente o picareta Otávio Fakhoury, acusado de financiar disparos de fake news em plena pandemia da Covid-19.
A proposta de apurar as sujeiras da ONG foi apresentada pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Esse Instituto Força Brasil tem feito campanhas negacionistas em relação à pandemia, em relação às vacinas, e intermediou um negócio para uma vacina fake. Um golpe". A entidade teve as portas abertas no laranjal bolsonariano.
Depois do fujão Carlos Wizard e do "Véio da Havan", mais um empresário bolsonarista está na mira da CPI do Genocídio. O site Metrópoles informa que a comissão deseja investigar o Instituto Força Brasil, uma sinistra entidade que tem como vice-presidente o picareta Otávio Fakhoury, acusado de financiar disparos de fake news em plena pandemia da Covid-19.
A proposta de apurar as sujeiras da ONG foi apresentada pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Esse Instituto Força Brasil tem feito campanhas negacionistas em relação à pandemia, em relação às vacinas, e intermediou um negócio para uma vacina fake. Um golpe". A entidade teve as portas abertas no laranjal bolsonariano.
A 'doutrina' dos militares para assumir o poder
Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:
Duas semanas após o dia 28 de outubro de 2018, dia em que Jair Bolsonaro foi eleito em segundo turno com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% obtidos pelo petista Fernando Haddad, uma “alta autoridade das Forças Armadas” recebeu o jornalista argentino Marcelo Falak no seu gabinete, em Brasília, e contou a ele como “um grupo de militares” tinha cooptado, enquadrado e feito o ex-capitão do Exército – colega de turma de vários deles – presidente da República.
O GGN reportou a matéria do site NoÁmbito.com no dia 14/10/2018 (“Jornalista argentino revela como as Forças Armadas construíram a candidatura de Bolsonaro para chegar ao poder”).
Duas semanas após o dia 28 de outubro de 2018, dia em que Jair Bolsonaro foi eleito em segundo turno com 55,13% dos votos válidos, contra 44,87% obtidos pelo petista Fernando Haddad, uma “alta autoridade das Forças Armadas” recebeu o jornalista argentino Marcelo Falak no seu gabinete, em Brasília, e contou a ele como “um grupo de militares” tinha cooptado, enquadrado e feito o ex-capitão do Exército – colega de turma de vários deles – presidente da República.
O GGN reportou a matéria do site NoÁmbito.com no dia 14/10/2018 (“Jornalista argentino revela como as Forças Armadas construíram a candidatura de Bolsonaro para chegar ao poder”).
Se empurrar, indicado de Bolsonaro ao STF cai
Por Bepe Damasco, em seu blog:
A ser verdadeira a estimativa publicada pela imprensa, segundo a qual entre 33 e 36 senadores, por enquanto, tendem a votar contra a indicação do “terrivelmente evangélico” André Mendonça a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, podemos estar às vésperas de um fato de dimensões históricas, uma grande vitória política dos setores democráticos da sociedade. Não é à toa que circulam em Brasília rumores de que Bolsonaro já teria até um plano B.
A ser verdadeira a estimativa publicada pela imprensa, segundo a qual entre 33 e 36 senadores, por enquanto, tendem a votar contra a indicação do “terrivelmente evangélico” André Mendonça a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal, podemos estar às vésperas de um fato de dimensões históricas, uma grande vitória política dos setores democráticos da sociedade. Não é à toa que circulam em Brasília rumores de que Bolsonaro já teria até um plano B.
Saúde de Bolsonaro é fato ou fake?
Por Jeferson Miola, em seu blog:
É público e notório que Bolsonaro está com a saúde física comprometida – os soluços têm pinta de serem verossímeis.
Bolsonaro, cujo diagnóstico de sociopata [Transtorno de Personalidade Antissocial] é compatível com o descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, também está emocionalmente mais transtornado que seu “padrão normal de sociopatia”.
Em 16 abril passado ele já havia comunicado, com absoluta naturalidade, que teria de se submeter a nova cirurgia para remover uma hérnia – um problema benigno e crônico.
A possível intervenção cirúrgica, como Bolsonaro informou, estava prevista. Talvez tenha sido antecipada devido à obstrução intestinal, que pode ser efeito colateral da própria hérnia.
É público e notório que Bolsonaro está com a saúde física comprometida – os soluços têm pinta de serem verossímeis.
Bolsonaro, cujo diagnóstico de sociopata [Transtorno de Personalidade Antissocial] é compatível com o descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, também está emocionalmente mais transtornado que seu “padrão normal de sociopatia”.
Em 16 abril passado ele já havia comunicado, com absoluta naturalidade, que teria de se submeter a nova cirurgia para remover uma hérnia – um problema benigno e crônico.
A possível intervenção cirúrgica, como Bolsonaro informou, estava prevista. Talvez tenha sido antecipada devido à obstrução intestinal, que pode ser efeito colateral da própria hérnia.
Cuba não acredita em lágrimas
Por Breno Altman, no site Opera Mundi:
No último domingo, 11 de julho, assistimos a outro episódio da mais longa e complexa guerra da história americana, movida desde 1959 pelos Estados Unidos contra uma ilha caribenha que ousou confrontar os interesses da grande potência imperial.
Há quase 60 anos foi decretado um bloqueio financeiro e comercial sem paralelos na modernidade. Cuba sofre restrições dantescas no acesso ao crédito e aos mercados internacionais. Mesmo empresas de terceiras nações podem ser punidas pesadamente se fizerem negócios com a república rebelde.
Ao contrário de Cuba, que na pandemia ofereceu ao mundo serviços médicos, a Casa Branca enxergou nesse período catastrófico uma janela de oportunidade para tentar quebrar a revolução liderada por Fidel Castro. A crise sanitária, afinal, derrubava drasticamente as receitas internacionais com o turismo, principal fonte de recursos em dólar ou euro.
No último domingo, 11 de julho, assistimos a outro episódio da mais longa e complexa guerra da história americana, movida desde 1959 pelos Estados Unidos contra uma ilha caribenha que ousou confrontar os interesses da grande potência imperial.
Há quase 60 anos foi decretado um bloqueio financeiro e comercial sem paralelos na modernidade. Cuba sofre restrições dantescas no acesso ao crédito e aos mercados internacionais. Mesmo empresas de terceiras nações podem ser punidas pesadamente se fizerem negócios com a república rebelde.
Ao contrário de Cuba, que na pandemia ofereceu ao mundo serviços médicos, a Casa Branca enxergou nesse período catastrófico uma janela de oportunidade para tentar quebrar a revolução liderada por Fidel Castro. A crise sanitária, afinal, derrubava drasticamente as receitas internacionais com o turismo, principal fonte de recursos em dólar ou euro.
O mal de Bolsonaro é o ódio
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro está voando para São Paulo, onde se avaliará a necessidade de uma cirurgia para desobstrução de suas vias intestinais. Como a qualquer pessoa, deseja-se o melhor sucesso, havendo ou não intervenção cirúrgica.
Não é da natureza humana fazer o que ele próprio fez com Dilma Rousseff, dizendo que desejava que ela morresse de câncer.
Dito isso, duas coisas devem ser destacadas.
A primeira, a sua atitude – e a de seu entorno, familiar ou não – de não chamarem ou aceitarem a assistência médica com que ele conta, 24 horas por dia, no próprio Palácio do Planalto.
Jair Bolsonaro está voando para São Paulo, onde se avaliará a necessidade de uma cirurgia para desobstrução de suas vias intestinais. Como a qualquer pessoa, deseja-se o melhor sucesso, havendo ou não intervenção cirúrgica.
Não é da natureza humana fazer o que ele próprio fez com Dilma Rousseff, dizendo que desejava que ela morresse de câncer.
Dito isso, duas coisas devem ser destacadas.
A primeira, a sua atitude – e a de seu entorno, familiar ou não – de não chamarem ou aceitarem a assistência médica com que ele conta, 24 horas por dia, no próprio Palácio do Planalto.
Cuba vive e sobrevive
#NoMásBloqueo #ElBloqueoEsReal |
Desde a primeira vez que fui a Cuba, no distante final de julho de 1978, estive na Ilha umas trinta vezes, às vezes por poucos dias, outras por semanas.
Além de amigas e amigos, ganhei irmãos.
E sempre, desde aquela estreia em terras cubanas, tive pontos de discordância, e em algumas ocasiões fiz críticas ao que acontecia.
Jamais deixei de expor o que pensava, mas numa única situação: estando em Cuba.
Das muitas coisas que aprendi com Eduardo Galeano e me servem de guia, trago aqui a definição feita por Carlos Fonseca Amador, um dos fundadores da falecida Frente Sandinista na Nicarágua: o verdadeiro amigo é aquele que critica na frente e elogia pelas costas.
Conheci de perto períodos de bonança na Ilha, e muitos períodos de vicissitude.
Na antessala do golpe
Por Roberto Amaral
Os indicadores da maquinação golpista são sérios e não devem ser menosprezados pois contam, em sua base, com o histórico desapreço das fileiras armadas brasileiras aos princípios da democracia. E são delas os tanques. Nessa militância golpista, aliás, não estão sós, pois sempre contaram com a companhia (senão a precedência condicionante) da casa-grande: o 1% de brancos milionários que usufrui do país, desde a colônia, imutável no poder, seja no império seja na república, no parlamentarismo copiado dos ingleses e no presidencialismo mal traduzido da Constituição dos EUA; nos períodos democráticos e nas ditaduras, e mesmo nos poucos governos de índole social-democrata. Desafeita aos destinos do país e do povo, seus interesses remontam ao agrarismo e ao capital estrangeiro, ditadores dos rumos de nossa história. Minoria poderosíssima, é sócia sem direito a voto das multinacionais; produto colonial, está sempre pronta a mobilizar recursos econômicos e ideológicos - estes principalmente operados pelos meios de comunicação -, quando se trata de impedir o progresso social.
Os indicadores da maquinação golpista são sérios e não devem ser menosprezados pois contam, em sua base, com o histórico desapreço das fileiras armadas brasileiras aos princípios da democracia. E são delas os tanques. Nessa militância golpista, aliás, não estão sós, pois sempre contaram com a companhia (senão a precedência condicionante) da casa-grande: o 1% de brancos milionários que usufrui do país, desde a colônia, imutável no poder, seja no império seja na república, no parlamentarismo copiado dos ingleses e no presidencialismo mal traduzido da Constituição dos EUA; nos períodos democráticos e nas ditaduras, e mesmo nos poucos governos de índole social-democrata. Desafeita aos destinos do país e do povo, seus interesses remontam ao agrarismo e ao capital estrangeiro, ditadores dos rumos de nossa história. Minoria poderosíssima, é sócia sem direito a voto das multinacionais; produto colonial, está sempre pronta a mobilizar recursos econômicos e ideológicos - estes principalmente operados pelos meios de comunicação -, quando se trata de impedir o progresso social.
13 de julho: uma data fatídica
Por João Guilherme Vargas Netto
São quatro anos cravados desde a promulgação da deforma trabalhista (lei nº 13.467/17) que, precedida pela terceirização (lei nº 13.429/17) provocou a maior desorganização nas relações do trabalho no Brasil e enfraqueceu de maneira criminosa a representação sindical dos trabalhadores.
Todas as justificativas para a adoção destas malfeitorias aprovadas nas votações do Congresso Nacional caíram por terra nestes quatro anos.
O desemprego que era alto cresceu mais ainda (antes mesmo da pandemia) e tornou-se, hoje, endêmico e disfuncional com o próprio crescimento econômico que não passa de vôo de galinha.
A alegada modernização das relações trabalhistas precarizou, pejotizou e uberizou os vínculos do trabalho, em detrimento dos salários, da qualificação e da organização coletiva dos trabalhadores.
São quatro anos cravados desde a promulgação da deforma trabalhista (lei nº 13.467/17) que, precedida pela terceirização (lei nº 13.429/17) provocou a maior desorganização nas relações do trabalho no Brasil e enfraqueceu de maneira criminosa a representação sindical dos trabalhadores.
Todas as justificativas para a adoção destas malfeitorias aprovadas nas votações do Congresso Nacional caíram por terra nestes quatro anos.
O desemprego que era alto cresceu mais ainda (antes mesmo da pandemia) e tornou-se, hoje, endêmico e disfuncional com o próprio crescimento econômico que não passa de vôo de galinha.
A alegada modernização das relações trabalhistas precarizou, pejotizou e uberizou os vínculos do trabalho, em detrimento dos salários, da qualificação e da organização coletiva dos trabalhadores.
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