segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
domingo, 9 de janeiro de 2022
SP-4: Doria é um neoliberal radical
Circo (1957), Portinari |
O projeto de desmonte dos serviços públicos, do Estado-Mínimo, faz parte do ideário neoliberal do PSDB desde a sua fundação em 1988. As privatizações – também apelidadas de “privatarias” – são uma marca do tucanato, desde FHC até os governadores e prefeitos da sigla.
Antes mesmo de ingressar no partido, João Doria já era um privatista radical, um ultraneoliberal. Ao se apossar do Palácio dos Bandeirantes, ele anunciou 220 projetos de privatizações, incluindo setores essenciais para a infraestrutura, como o Metrô, estradas e aeroportos, até áreas de administração do Estado, como a Prodesp.
SP-3: O desastre do longo reinado tucano
Favela (1957), Portinari |
Mesmo no setor da segurança pública, tão papagaiado pelo tucano-fake como uma vitrine do seu governo, a situação é trágica. Assaltos e homicídios seguem em alta. O Estado tem o maior contingente policial do país, mas convive com cenas cruéis de violência – como na chacina que matou nove jovens em Paraisópolis, na Zona Sul da capital.
A morte já faz parte da rotina do trabalhador pobre, preto e periférico. Segundo dados da própria Ouvidoria das Polícias, a PM paulista mata, em média, uma pessoa a cada 12 horas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP), 33,1% dos assassinatos que acontecem no Estado são cometidos pela Polícia Militar.
SP-2: PSDB pode perder hegemonia no Estado
Crianças brincando no pátio da escola (1933), Portinari |
Mas o “tucanistão” de São Paulo parece estar com os seus dias contados. Todas as pesquisas eleitorais apontam para as enormes dificuldades do PSDB em 2022. Após o fiasco de Geraldo Alckmin em 2018, quando a fartura de tempo na TV e de recursos na campanha resultou em apenas 4,76% dos votos no Brasil, agora é João Doria que não decola na disputa presidencial.
Nas prévias internas da sigla, as bicadas são sangrentas. Nessa crise no ninho, o tucanato finalmente pode perder a hegemonia também em São Paulo. É visível a fadiga de material com o PSDB no Estado. O candidato de proveta do atual governador à sua sucessão, o ex-demo Rodrigo Garcia, está empacado nas pesquisas. Ele não conseguiu sequer empolgar o próprio partido, que está rachado e sofre defecções – como a do ex-governador Geraldo Alckmin, que hoje se vinga do filhote que o traiu.
SP-1: Tucanistão e a decadência de São Paulo
Os despejados (1934), Portinari |
O Estado de São Paulo, que já foi conhecido como a “locomotiva do Brasil”, atualmente é chamado pejorativamente de “tucanistão”. Desde janeiro de 1995, quando Mario Covas tomou posse como governador, o PSDB manda e desmanda na principal unidade da federação – revezando-se no poder com Geraldo Alckmin, José Serra e, hoje, João Doria.
Nesse longo período de 26 anos, São Paulo empacou e colecionou dados alarmantes sobre baixo crescimento econômico, quebradeira de empresas, desindustrialização, desemprego e informalidade, miséria social, redução do papel indutor do Estado, entre outras várias chagas. Os tais “modernizadores tucanos”, adeptos do receituário neoliberal, mostraram-se incompetentes e afundaram São Paulo.
Lula acerta ao defender mudança trabalhista
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Além de representantes graduados da plutocracia (expressão escolhida com precisão pelo Leonardo Attuch, do site 247), algumas pessoas ligadas à esquerda e ao campo progressista também torceram o nariz para as falas de Lula e Gleisi Hoffmann defendendo que um futuro governo do PT lute pela revogação da reforma trabalhista.
Vista como uma das cerejas do bolo da “Ponte para o futuro”, o programa dos golpistas liderados por Temer, a reforma trabalhista ousou fazer o que nem a ditadura cogitou: rasgou a CLT, alterando ou tornando sem efeito mais de 200 artigos do conjunto de leis de proteção ao trabalhador que vigorava desde a era Vargas.
Vista como uma das cerejas do bolo da “Ponte para o futuro”, o programa dos golpistas liderados por Temer, a reforma trabalhista ousou fazer o que nem a ditadura cogitou: rasgou a CLT, alterando ou tornando sem efeito mais de 200 artigos do conjunto de leis de proteção ao trabalhador que vigorava desde a era Vargas.
A batalha de 2022: com que programa?
Charge: Amarildo |
A história dos últimos seis anos da disputa de classes no Brasil se encarregou de recuperar a imagem do Partido dos Trabalhadores diante da sociedade brasileira. No momento em que foi desfechado o golpe de estado contra a Presidente eleita Dilma Rousseff, em 2016, o PT era o partido da preferência de 9% dos eleitores (Ibope).
Em fins de dezembro último, quando nos aproximamos da disputa eleitoral de 2022, de acordo com dados publicados pelos institutos de pesquisa, o Partido alcança 28% (Datafolha), considerando a margem de erro, algo próximo a um terço dos eleitores, como em seus melhores momentos.
A falência da ideia de liberdade individual
Charge: Hamid Ghalijari |
Em artigo publicado no portal UOL no dia 5 de janeiro, Milly Lacombe comenta a polêmica causada pelo tenista número um do ranking mundial, Novak Djokovic, que foi impedido de entrar na Austrália por se recusar a tomar a vacina contra o Covid-19. Chama a atenção este artigo por ele apresentar uma reflexão sobre a ideia de “liberdade” tão usada e abusada em tempos no qual ideias autoritárias ganham peso.
O pensador búlgaro Tzevan Todorov, em “Os inimigos íntimos da democracia” alerta que os ataques à democracia e a cidadania nos dias de hoje ocorrem por organizações que se apropriaram da palavra “liberdade”. Diz ele que “desde 2011, o termo parece ter se tornado um nome de marca dos partidos políticos de extrema-direita, nacionalistas e xenófobos: Partido da Liberdade, nos Países Baixos (…); Partido Austríaco da Liberdade (…)”
Bolsonaro quer humilhar 'Exército sem vacina'
Charge: Pelicano |
A notícia de que Jair Bolsonaro mandou o Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, “encostar na parede” o comandante Paulo Sérgio Oliveira e fazer com que ele publique uma “nota de esclarecimento” voltando atrás na determinação emitida terça-feira de que oficiais, praças e servidores civis do Exército só voltem ao trabalho presencial devidamente vacinados contra a Covid não é só mais uma humilhação que o ex-tenente indisciplinado faz os militares passarem.
Disputa pelo Cazaquistão; disputa pelo Brasil
Reprodução do site Actualidad.RT |
O Cazaquistão, país de 2,7 milhões de quilômetros quadrados, situado na Ásia Central, é peça-chave na disputa pelo domínio da Eurásia, a qual envolve EUA e aliados, de um lado, e Rússia e China, de outro.
Em primeiro lugar, é preciso considerar que o Cazaquistão possui reservas de recursos minerais e de combustíveis fósseis que estão entre as maiores do planeta.
Os dados disponíveis indicam que o Cazaquistão tem a maior reserva mundial de zinco, tungstênio e barita; a segunda maior de urânio, crômio, chumbo e prata; a terceira maior de manganês e cobre; a sexta maior de ouro; a oitava maior de carvão; e a décima segunda maior de petróleo.
As extensas reservas de petróleo e de gás natural, em especial, têm atraído grande número de investimentos estrangeiros e se constituem na base da economia cazaque.
Em primeiro lugar, é preciso considerar que o Cazaquistão possui reservas de recursos minerais e de combustíveis fósseis que estão entre as maiores do planeta.
Os dados disponíveis indicam que o Cazaquistão tem a maior reserva mundial de zinco, tungstênio e barita; a segunda maior de urânio, crômio, chumbo e prata; a terceira maior de manganês e cobre; a sexta maior de ouro; a oitava maior de carvão; e a décima segunda maior de petróleo.
As extensas reservas de petróleo e de gás natural, em especial, têm atraído grande número de investimentos estrangeiros e se constituem na base da economia cazaque.
O mercado financeiro tem medo de Lula?
Por Caroline Oliveira, no jornal Brasil de Fato:
“Devemos lutar por uma alternativa que saia da polarização entre o que é inaceitável, a reeleição de (Jair) Bolsonaro (PL), e o que é indesejável, a reeleição do Lula”. A frase é do empresário Pedro Passos, copresidente do conselho de administração da empresa Natura, em entrevista ao jornal O Globo publicada em outubro do ano passado. Em sua avaliação, a reeleição do atual presidente seria inaceitável, pelos arroubos antidemocráticos, enquanto a nova eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seria indesejável, pelo suposto risco de uma política econômica intervencionista, que viria a gerar prejuízos. Esta parece ser a tônica do que pensa e sente boa parte dos atores que compõem o chamado mercado financeiro no Brasil.
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