Charge: Enrico Bertuccioli/ |
Se decidisse montar numa moto hoje e sair a percorrer o Brasil, Bolsonaro teria tantos seguidores quanto Dallagnol teve em cima de um trio elétrico na semana passada em Curitiba.
Os cachorros olhariam da calçada com enfaro para Bolsonaro, como olhavam para Dallagnol e Sergio Moro.
Mas Bolsonaro não correria esse risco. Seria um fracasso que os profissionais do PL evitariam e que Dallagnol, por amadorismo e arrogância, não conseguiu antever.
Mas nada disso quer dizer que direita e extrema direita tenham perdido força. Perderam o ímpeto da manifestação pública, do engajamento a barulhos e gritarias.
As brasas do fascismo estão embaixo das cinzas de uma aparente calmaria, inclusive nas redes sociais. Serão testadas com o assopro das eleições municipais do ano que vem.