domingo, 10 de junho de 2012

A greve geral dos servidores federais

Por Altamiro Borges

A greve dos docentes das universidades federais, iniciada em 17 de maio e que já atinge 51 instituições, pode ganhar importante reforço nesta semana. Entidades sindicais dos servidores públicos, filiadas à CUT, CTB e Conlutas, decidiram deflagrar uma greve geral a partir desta segunda-feira, 11 de junho. O anúncio foi feito durante uma marcha em Brasília que reuniu 15 mil trabalhadores.


Os servidores federais reivindicam reajuste de 22,08% e uma política salarial permanente, que inclua a reposição da inflação, a valorização do salário-base e a incorporação das gratificações. Também lutam pelo direito à negociação coletiva no setor público, com a definição da data-base em maio e o cumprimento de acordos firmados com o governo que até hoje não saíram do papel.

Efeitos da maldição do superávit

Segundo as lideranças da categoria, as reivindicações foram encaminhadas há algum tempo e até hoje o governo não apresentou qualquer contraproposta. Numa plenária do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais, realizada na semana passada com mais de mil participantes, a proposta da greve geral por indeterminado foi aprovada por consenso. Também foi aprovada a realização de uma grande marcha durante a Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro.

O clima deve esquentar nos próximos dias. Enquanto o governo Dilma insiste em manter a maldição do superávit primário – nome fictício da reserva de caixa dos banqueiros –, os investimentos na economia encolhem, os sinais de retração ficam mais evidentes e os servidores públicos lutam contra o brutal arrocho dos seus salários. A greve geral deveria servir, ao menos, como alerta para o governo!

5 comentários:

Regina disse...

Tem outra greve que deve iniciar logo. A dos servidores da SRFB. FIcam economizando às custas dos servidores, dá nisso.

cicero disse...

Sou servidor técnico administrativo em universidade federal, estou em greve, ano passado fiquei cem dias em greve, e o governo nos tratou com truculência. Judicializou a greve. a sociedade nem viu, porque os professores não aderiram. Esse ano espero que as pessoas se sensibilizem e vejam a situação dos técnicos, que é muito mais frágil do que a dos professores que ganham muito mais, e tem uma carga horária muito menor.

Ana Cruzzeli disse...

Esse Kassab é matreiro. Essa historia do PSD não apoiar o Aécio ajuda muito o PT lá pelas bandas de Minas.
Acho que o Kassab está ensaiando um largar peso-morto. Deu apoio para o Serra, vai falar apaixonadamente em favor dele e tudo o mais que um aliado pode fazer, mas no fundo no fundo sabe que as chances do Serra são cada dia menores. Afinal o Lula não foi presidente contra todas as forças do mal por ser um mero operário.
Essa mensagem tem mais o que aparenta, acho que Kassab começa a larga um amigo ferido pela estrada, tudo bem que ele também pode ferir-se mortalmente.
Ninguém merece ter um Serra como padrinho politico, é carma demais para carregar. Teria pena do Kassab, mas ele é da mesma linhagem que o Serra, logo se merecem. Essa assombração do Serra jamais largará o Kassab, quando ele ensaiar em sair, essa assombração estará por lá puxando a cria de volta.

augusto2 disse...

Miro, tenho uma proposta (duas) simples e concreta para a campanha (pré)do candidato Haddad. Simples e concretas. Me passe no e.mail um e.mail ou destinatario correto. Nao é trote, sou cidadao daqui e quero contribuir.

Anônimo disse...

No Judiciário, uma bronca: 6 anos sem reajuste, 32% de perdas. E pior, categoria dividida em estados salariais muito diferentes. O 3º estado quer uma forma de remuneração que seja equitativa para todos. Dirigentes, formalistas, chamam isso de "neoliberal". Aumento para todos não é o msm que percentagem única para todos! Ninguém tem direito adquirido a manter o próprio salário tão diferente dos companheiros ao lado!