Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Na mais veemente defesa feita até agora do ex-presidente Lula, que vem sendo atacado por setores da oposição e da mídia após a Operação Porto Seguro, na esteira das investigações sobre tráfico de influência de altos funcionários nomeados no governo anterior, Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, pediu tratamento de respeito igual ao que é dado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Vamos compreender o papel de Lula como o do ex-presidente FHC na história, de líderes que têm imperfeições, que cometeram erros, todos os dois, mas que legaram ao Brasil, cada um a seu tempo, algo que é importante para a vida brasileira até hoje, a democracia. Nós podemos ter divergências com o presidente Lula, mas ele merece o respeito do Brasil".
Campos deu estas declarações na segunda-feira, após o seminário "Novos Ventos na Política Brasileira", promovido pelo jornal "Valor Econômico, do qual também participaram o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, e Eduardo Paes, do PMDB, reeleito no Rio de Janeiro.
Apontado pela imprensa, após as eleições municipais deste ano, como um dos possíveis presidenciáveis em 2014, Campos foi o primeiro entre os principais líderes da base aliada do governo a romper o silêncio, após o julgamento do mensalão e da Operação Porto Seguro, para falar do importante papel desempenhado por Lula na história recente do país:
"Ele, como um líder popular, viveu momentos difíceis na história, na ocasião em que faltava democracia no país. Depois, chegou à Presidência da República e teve o equilíbrio de garantir um rumo seguro para a economia brasileira, ganhou prestígio, inclusive no exterior. Além disso, legou independência à Polícia Federal, como se vê até hoje, nomeou oito ministros para o Supremo Tribunal Federal, que decidiram com isenção sobre um episódio que, no passado, jamais seria objeto de julgamento no Supremo. E estamos vendo um Ministério Público que não engaveta mais e que denuncia. Este é o legado que eu vejo do governo Lula".
O governador pernambucano pediu a punição dos culpados que usaram cargos públicos para fazer tráfico de influência: "É preciso que se apure tudo e os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. O Brasil tem mudado, não se aceita mais que uma carga tributária de quase 36% possa ser administrada por práticas patrimonialistas".
Ao contrário do PSDB, que não participou do seminário, e no mesmo dia ameaçou pedir uma CPI enquanto lançava a candidatura de um reticente Aécio Neves para a sucessão presidencial, Eduardo Campos deixou bem claro que não aposta no quanto pior melhor para viabilizar a sua candidatura.
"O que nós queremos é exatamente o contrário, é que o Brasil vá bem. Nós queremos ganhar o ano de 2013 e ajudar a presidente Dilma".
Para alcançar este objetivo, Campos defende mudanças no rumo estratégico do país. "O que é preciso fazer? É o momento de abrirmos o diálogo nacional, sereno, objetivo, colaborativo para ganharmos o ano de 2013".
Negando que seja, mas falando em tom de candidato, o governador deu a sua receita: "Precisamos alavancar o investimento, mas não é só isso. Precisamos melhorar a educação, investir em ciência e tecnologia, melhorar a infraestrutura. Tem uma pauta que não está tão clara como nos últimos anos".
"Vamos compreender o papel de Lula como o do ex-presidente FHC na história, de líderes que têm imperfeições, que cometeram erros, todos os dois, mas que legaram ao Brasil, cada um a seu tempo, algo que é importante para a vida brasileira até hoje, a democracia. Nós podemos ter divergências com o presidente Lula, mas ele merece o respeito do Brasil".
Campos deu estas declarações na segunda-feira, após o seminário "Novos Ventos na Política Brasileira", promovido pelo jornal "Valor Econômico, do qual também participaram o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, e Eduardo Paes, do PMDB, reeleito no Rio de Janeiro.
Apontado pela imprensa, após as eleições municipais deste ano, como um dos possíveis presidenciáveis em 2014, Campos foi o primeiro entre os principais líderes da base aliada do governo a romper o silêncio, após o julgamento do mensalão e da Operação Porto Seguro, para falar do importante papel desempenhado por Lula na história recente do país:
"Ele, como um líder popular, viveu momentos difíceis na história, na ocasião em que faltava democracia no país. Depois, chegou à Presidência da República e teve o equilíbrio de garantir um rumo seguro para a economia brasileira, ganhou prestígio, inclusive no exterior. Além disso, legou independência à Polícia Federal, como se vê até hoje, nomeou oito ministros para o Supremo Tribunal Federal, que decidiram com isenção sobre um episódio que, no passado, jamais seria objeto de julgamento no Supremo. E estamos vendo um Ministério Público que não engaveta mais e que denuncia. Este é o legado que eu vejo do governo Lula".
O governador pernambucano pediu a punição dos culpados que usaram cargos públicos para fazer tráfico de influência: "É preciso que se apure tudo e os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. O Brasil tem mudado, não se aceita mais que uma carga tributária de quase 36% possa ser administrada por práticas patrimonialistas".
Ao contrário do PSDB, que não participou do seminário, e no mesmo dia ameaçou pedir uma CPI enquanto lançava a candidatura de um reticente Aécio Neves para a sucessão presidencial, Eduardo Campos deixou bem claro que não aposta no quanto pior melhor para viabilizar a sua candidatura.
"O que nós queremos é exatamente o contrário, é que o Brasil vá bem. Nós queremos ganhar o ano de 2013 e ajudar a presidente Dilma".
Para alcançar este objetivo, Campos defende mudanças no rumo estratégico do país. "O que é preciso fazer? É o momento de abrirmos o diálogo nacional, sereno, objetivo, colaborativo para ganharmos o ano de 2013".
Negando que seja, mas falando em tom de candidato, o governador deu a sua receita: "Precisamos alavancar o investimento, mas não é só isso. Precisamos melhorar a educação, investir em ciência e tecnologia, melhorar a infraestrutura. Tem uma pauta que não está tão clara como nos últimos anos".
3 comentários:
Outro forte manifesto!
É de propagar!
http://uninomade.net/tenda/dosimetria-contra-democracia/
Ou seja, a força dos tucanos está na mídia, que atua a seu favor. Eles sozinhos não têm ideal, portanto não são nada. E a única forma de ganharem as eleições de 2014 será através de golpes, factóide e mentiras. Então fica a questão: Como lutar contra a Globo ou a Veja, e outros, de forma eficaz? Como eu, cidadão lúcido, sozinho no meu espaço, na minha cidade, no meu trabalho, no cotidiano, posso lutar, com os meus próprios recursos e energia, contra os efeitos alienantes que a mídia manipuladora produz nas pessoas?
A ENERGIA dos tucanos é tão cara
e eles jamais vão abrir mão de seu alto valor!
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