Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Respondendo à pergunta do título: nenhuma.
Sei que não é nada animador mais uma vez tratar deste assunto, em pleno domingo, mas depois de ler o noticiário do fim de semana vi que tão cedo não teremos outro.
Só se fala disso, como se este fosse o único tema relevante para a vida dos brasileiros, capaz de nos dar alguma esperança de sairmos do fundo do poço.
Ao contrário, esta nova troca de guarda na Presidência da República não vai mudar nada.
Na reta final da disputa entre Dilma e Aécio na eleição de 2014, previ aqui mesmo neste blog: "Ganhe quem ganhar, quem vai mandar é o velho PMDB".
E quem vai continuar mandando é o PMDB aliado ao Centrão, o baixo clero que se tornou hegemônico na política nacional, tanto faz quem seja o presidente.
Não se governa o Brasil sem o PMDB, mostraram todos os governos pós-redemocratização. E é quase impossível governar com ele sem colocar em risco os cofres públicos.
As mesmas forças político-midiáticos-empresariais que defenderam a troca de Dilma por Temer para "combater a corrupção e salvar a economia" mobilizam-se agora para tirar Temer e escalar Maia para o seu lugar.
A única diferença é que as panelas silenciaram nas varandas, os marchadeiros sumiram das ruas e já não há mais guerra entre coxinhas e mortadelas, que se recolheram às redes sociais nos mesmos lamentos sobre este beco sem saída.
"O `mercado´abandonou Temer", resume Elio Gaspari em sua coluna de domingo, dando o jogo por jogado.
Mais do que nas ruas, no Congresso ou nos tribunais, era ali que Michel Temer garantia sua sustentação e agora Cesar Maia busca apoio para ocupar o lugar dele.
"Tranquilíssimo", respondeu o presidente Temer quando lhe perguntaram como se sentia diante da puxada de tapete, antes de embarcar de volta da Alemanha ao Brasil neste sábado.
Deve ser o único brasileiro que pode dizer isso em meio ao caos social que vai tomando conta do país, enquanto a violência foge de qualquer controle, a fome e a miséria se alastram e os serviços públicos entram em colapso por falta de recursos.
E segue o jogo.
Respondendo à pergunta do título: nenhuma.
Sei que não é nada animador mais uma vez tratar deste assunto, em pleno domingo, mas depois de ler o noticiário do fim de semana vi que tão cedo não teremos outro.
Só se fala disso, como se este fosse o único tema relevante para a vida dos brasileiros, capaz de nos dar alguma esperança de sairmos do fundo do poço.
Ao contrário, esta nova troca de guarda na Presidência da República não vai mudar nada.
Na reta final da disputa entre Dilma e Aécio na eleição de 2014, previ aqui mesmo neste blog: "Ganhe quem ganhar, quem vai mandar é o velho PMDB".
E quem vai continuar mandando é o PMDB aliado ao Centrão, o baixo clero que se tornou hegemônico na política nacional, tanto faz quem seja o presidente.
Não se governa o Brasil sem o PMDB, mostraram todos os governos pós-redemocratização. E é quase impossível governar com ele sem colocar em risco os cofres públicos.
As mesmas forças político-midiáticos-empresariais que defenderam a troca de Dilma por Temer para "combater a corrupção e salvar a economia" mobilizam-se agora para tirar Temer e escalar Maia para o seu lugar.
A única diferença é que as panelas silenciaram nas varandas, os marchadeiros sumiram das ruas e já não há mais guerra entre coxinhas e mortadelas, que se recolheram às redes sociais nos mesmos lamentos sobre este beco sem saída.
"O `mercado´abandonou Temer", resume Elio Gaspari em sua coluna de domingo, dando o jogo por jogado.
Mais do que nas ruas, no Congresso ou nos tribunais, era ali que Michel Temer garantia sua sustentação e agora Cesar Maia busca apoio para ocupar o lugar dele.
"Tranquilíssimo", respondeu o presidente Temer quando lhe perguntaram como se sentia diante da puxada de tapete, antes de embarcar de volta da Alemanha ao Brasil neste sábado.
Deve ser o único brasileiro que pode dizer isso em meio ao caos social que vai tomando conta do país, enquanto a violência foge de qualquer controle, a fome e a miséria se alastram e os serviços públicos entram em colapso por falta de recursos.
E segue o jogo.
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