Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Se as eleições fossem hoje, como dizem os locutores de televisão, Lula bateria Moro por 45% a 37% de aprovação.
Como a pesquisa Ipsos-Estadão não é de intenção de votos para as eleições, mas apenas mede o prestígio ou a rejeição de personalidades públicas, os números servem para demonstrar como a população reagiu à condenação de Lula pelo juiz Moro.
Em maio do ano passado, antes da condenação de Lula em segunda instância e posterior prisão, Moro chegou a registrar 69% de aprovação e apenas 22% de rejeição.
A curva se inverteu: agora, Moro tem agora 55% de rejeição, enquanto Lula mantem 45% de aprovação, o maior índice entre os presidenciáveis, e com a menor desaprovação ( 54%).
Seus adversários todos têm uma rejeição muito maior: Alckmin (70%), Ciro Gomes (65%), Jair Bolsonaro (64%) e Marina Silva (63%).
Esta pesquisa serve para demonstrar também que o sistema jurídico-midiático que quer impedir Lula de ser candidato pode muito, mas já não pode tudo.
O jornal que contratou a pesquisa por R$ 183 mil, por exemplo, achou melhor esconder estes resultados.
Nos últimos dois anos, como todos sabemos, Lula só apanhou deste sistema, e Moro foi endeusado, enquanto eram preservados os adversários do ex-presidente.
Não é nada, não é nada, não é nada, o levantamento explica também porque Lula continua preso.
Vida que segue.
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