sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Calote de Melo e as fake news em Porto Alegre

Por Altamiro Borges

Os fascistas seguem espalhando fake news e promovendo ódio – principalmente a misoginia – na campanha para a prefeitura de Porto Alegre. Só nesta semana, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) derrubou mais 70 mil compartilhamentos de notícias falsas contra a candidata Manuela D'Ávila (PCdoB).

A decisão contra as mentiras difundidas pelas milícias digitais de Sebastião Melo, o candidato que juntou no segundo turno o que há de pior na política gaúcha, foi assinada pelo juiz Leandro Figueira Martins. Ele deu 24 horas para que as plataformas retirassem as postagens do ar. A guerra suja, porém, prosseguiu!

Segundo notinha da Folha, que parece preferir não dar muito destaque às fake news contra Manuela D'Ávila, a onda de mentiras bate recordes em Porto Alegre. "Com as novas quedas, já são 600 mil compartilhamentos de notícias falsas derrubadas durante a campanha da candidata", relata timidamente o jornal.

Candidato da direita é blindado pela mídia

Além das fake news asquerosas e da cruzada de ódio fascista e misógino, Manuela D'Ávila, a candidata das forças progressistas em Porto Alegre, ainda é vítima da blindagem que a mídia promove para defender o representante da cloaca burguesa gaúcha e dos bolsonaristas no segundo turno. O jogo é pesado e sujo.

Nesta semana, uma nota minúscula foi postada no site da Veja: "Candidato invoca situação de pobreza para não pagar dívida. Receita Federal cobra R$ 122 mil de Imposto de Renda de Sebastião Melo, postulante a prefeito de Porto Alegre". O caso não foi destaque no Jornal Nacional da TV Globo nem nas emissoras locais!

O calote é antigo, mas sempre foi abafado. Em 2013, o candidato da direita gaúcha foi autuado pela Receita Federal. “Processado, ele foi condenado a pagar 122 mil reais em dezembro do mesmo ano. Recentemente, o litígio que se arrasta até hoje ganhou um ingrediente inusitado”, descreve a notinha.

A falsidade do candidato "pobre"

“Inscrito na dívida ativa da União, Sebastião recorreu à Justiça, argumentando que tem situação financeira precária – em outras palavras, que está pobre e não tem condições de arcar com as despesas do processo. Em julho passado, o deputado pediu que lhe fosse concedido o benefício da gratuidade – que é concedido para pessoas em casos de ‘hipossuficiência financeira’, ou seja, para quem não tem recursos”.

O pedido foi indeferido pela Justiça. “Ao processo, foi anexado um documento que mostrava exatamente o contrário – o holerite do deputado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, onde consta vencimento que soma 25,3 mil mensais. Como observou o juiz, pobre, ele não é”.

Haja cinismo do candidato das forças conservadoras e direitistas de Porto Alegre!

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