quarta-feira, 6 de julho de 2022

Léo Índio, o sinistro sobrinho de Bolsonaro

Por Altamiro Borges


A jornalista Juliana Dal Piva informa no site UOL que o sinistro sobrinho do “capetão” Jair Bolsonaro foi defenestrado do seu empreguinho no Senado. “Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, foi exonerado do cargo de assessor da liderança do PL (Partido Liberal) nesta semana. A demissão ocorreu depois que a coluna revelou, no último domingo (3), que ele não aparecia no Senado nos horários de expediente desde a primeira semana de março. Ele estava lotado nessa função desde dezembro de 2021. Na página da transparência do Senado, a situação dele consta como ‘desligado’”.

O sobrinho do fascista Jair Bolsonaro e primo de Flávio Rachadinha, Carluxo Pitbull e Dudu Bananinha sempre esteve metido em rolos. “Segundo relatos ouvidos pelo UOL, já no ano passado ele frequentava pouco o Senado. No entanto, no breve período de trabalho, ele chegou a levar para sua mesa uma caneca com a inscrição ‘cloroquina’. Ele é pré-candidato a deputado distrital pelo PL.... Ele veio para Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca”.

Atos fascistas contra o Supremo

A reportagem lembra ainda que Léo Índio sempre foi muito ligado a Carluxo Pitbull, o filhote 02 do “capetão”. “Antes dos cargos no Senado, Carlos Bolsonaro tentou emplacar Léo no Planalto. A ideia era que ele ocupasse algum cargo na Secretaria de Governo da Presidência da República. No entanto, o sobrinho do presidente foi barrado pelo então ministro da pasta, o general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz”.

“Auxiliares do ministro avaliaram que o currículo do sobrinho do presidente não tinha as qualificações necessárias para o cargo no ministério. Léo não possui ensino superior e sua experiência profissional prévia era como vendedor, além de assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na época da Assembleia Legislativa do Rio. Justamente o período como assessor na Alerj fez com que ele fosse incluído pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) entre os investigados do caso de Flávio na rachadinha do gabinete”.

Já em setembro do ano passado, segundo reportagem da Folha, Léo Índio foi incluído no inquérito que investigou os atos fascistas contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi acusado pela própria Procuradoria-Geral da República (PGR) de ajudar a organizar e financiar as manifestações antidemocráticas do Dia da Independência.

“Em 31 de agosto, dias antes dos atos, a subprocuradora-geral Lindôra Araújo pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizasse a tomada de depoimento de Léo Índio. Moraes acatou o pedido e também ordenou ao Facebook, Instagram, Twitter e YouTube o bloqueio de suas contas e das chaves PIX divulgadas por ele para arrecadar valores a serem utilizados no financiamento das manifestações”.

“O quadro probatório demonstra a atuação de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições que, na conclusão da Procuradoria-Geral da República, é mais do que suficiente para justificar as medidas cautelares”, dizia um trecho do pedido da PGR.

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