sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A prima, Anastasia e o próprio Aécio

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

De uma coisa Aécio não pode ser acusado: de não dar empregos públicos para a família.

Ele passou a campanha toda falando em meritocracia, que é a negação, exatamente, da prática de nomear a parentada.

E é uma prima sua, Tânia Campos, que trabalhou com ele no governo de Minas que irrompe, agora, no caso Anastasia, que a PF quer reabrir depois de Janot mandar arquivar.

O fato novo que justifica a reabertura, segundo a PF, é um email que afirma que dinheiro de propina foi entregue na casa de Tânia para a campanha de Anastasia para o Senado.

Youssef e a prima de Aécio Neves

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em janeiro, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho foi acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de ser transportador de dinheiro de propinas do doleiro Alberto Yousseff.

Careca disse em depoimento à PF do Paraná em 18 de novembro que entregou, em 2010, R$ 1 milhão ao então candidato a governador de Minas Gerais Antônio Anastasia (PSDB). Em um segundo depoimento, disse que quem o recebeu nessa casa “parecia” com o ex-governador de Minas.

A crise econômica é “100% nacional”?

Por Adalberto Monteiro, no blog de Renato Rabelo:

Demorou, mas a crise mundial do capitalismo – que vai para o seu oitavo ano – rompeu os diques, as trincheiras das ditas medidas anticíclicas e atingiu em cheio o Brasil. Não apenas o nosso país como também todo o elenco de países em desenvolvimento, inclusive a pujante economia chinesa.

Uma informação do Financial Times, reproduzida pelo jornal Valor Econômico, dá conta de que o crescimento dos emergentes, no primeiro semestre deste ano, excluída a China, foi de zero por cento! As moedas de todos eles se desvalorizaram. Números ainda quentes, saídos dos fornos da Cepal, registram o prognóstico de que neste ano o crescimento da América Latina será de algo próximo a 0,5%.

O fantasma do Ultra-capitalismo

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

1. Sobre salas blindadas e seus segredos

Num texto publicado há dias, por Outras Palavras, o sociólogo Michel Löwy expõe, em termos teóricos, a crescente tensão entre a voracidade do capitalismo e a fragilidade da democracia, acossada por um sistema que deseja reduzir todas as relações sociais a mercadoria. Para um exemplo concreto, considere este relato, feito pelo jornalista Robert Smith e publicado em 14/8 pelo diário britânico The Independent.

Os refugiados não são seres humanos?

Por Leonardo Boff, em seu blog:

O grau de civilização e de espírito humanitário de uma sociedade se mede pela forma como ela acolhe e convive com os diferentes. Sob este aspecto a Europa nos oferece um exemplo lastimável que beira à barbárie. O menino sírio de 3-4 anos afogado na praia da Turquia simboliza o naufrágio da própria Europa. Ela sempre teve dificuldades de aceitar e de conviver com os “outros”.

Geralmente a estratégia era e continua sendo esta: ou marginaliza o outro, ou o submete ou o incorpora ou o destrói. Assim ocorreu no processo de expansão colonial na Africa, na Asia e principalmnete na América Latina. Chegou a destruir etnias inteiras como aquela do Haiti e no México.

Grito dos Excluídos pela mídia democrática


Por Paulo Victor Melo, na revista CartaCapital:

Denunciar a manipulação e a violação de direitos pela mídia e anunciar a necessidade de democratização dos meios de comunicação. Essa é a síntese do tema da comunicação no Grito dos Excluídos deste ano, que tem como lema "Que país é esse, que mata gente, que a mídia mente e nos consome?".

Ao chegar a sua 21ª edição, o Grito dos Excluídos – manifestação popular realizada anualmente desde 1995 – evidencia que o debate sobre comunicação é atual, diz respeito ao caráter da democracia brasileira e, por isso, deve ser amplo, com a participação de todos e todas.

Imagem da morte nos lembra dos vivos

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Li reclamações de leitores de jornais e sites indignados com a veiculação de uma imagem do corpo morto de um pequeno menino sírio, afogado e estirado em uma praia da Turquia após uma tentativa fracassada de sua família de atravessar o mar para fugir da guerra.

Publicadas com cuidado que o tema merece, por mais que doam aos olhos e mexam com o estômago e atrapalhem o jantar ou o café da manhã, imagens têm o poder de trazer a realidade para perto.

Delação beneficia criminosos na Lava Jato

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Como ocorre com grandes operações de natureza político-policial dos anos recentes, a Lava Jato não costuma ser justificada apenas por seus benefícios materiais, como a localização e punição de corruptos e às vezes de corruptores, nem só pela recuperação de ativos furtados de uma riqueza que pertence à maioria dos brasileiros.

Outra justificava seria a capacidade para contribuir para uma suposta "regeneração moral" dos brasileiros, este povo que, conforme um diagnóstico partilhado pela unanimidade de nosso pensamento conservador, em qualquer de suas ramificações, sobrevive e se reproduz à margem de bons princípios morais. É um ponto de vista tão difundido como duvidoso.

A morte na busca de um lugar para viver

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Ninguém pode ter ficado indiferente diante da imagem do menino de três anos deitado de bruços na beira do mar numa praia de Bodrum, na Turquia, que chocou o mundo inteiro na quarta-feira. Todos nós que temos filhos e netos certamente pensamos neles neste momento de profunda tristeza para quem ainda não perdeu as esperanças de viver num mundo melhor.

De camiseta vermelha, bermuda azul e tênis, o pequeno Aylan Kurdi foi um dos 12 sírios mortos no naufrágio de dois barcos durante a travessia para a ilha grega de Kos, uma tragédia que vem se repetindo diariamente no maior fluxo de refugiados desde o final da Segunda Guerra Mundial, 70 anos atrás.

Tiros em Curuguaty e o golpe no Paraguai

Por Leonardo Wexell Severo, de Assunção, Paraguai

Para o advogado Victor Azuaga, as peças do enorme quebra-cabeça do “confronto” que matou 11 camponeses e seis policiais em Marina Kue, no município de Curuguaty, no dia 15 de junho de 2012 estão mais encaixadas do que nunca: “Está claro que foi um massacre planificado, com propósitos muito bem definidos”.

Frente à comoção nacional que se seguiu, somada ao ensurdecedor bombardeio midiático e à incrível prostração do governo de Fernando Lugo em dar respostas a crimes pelo quais não era responsável, o presidente foi submetido a um processo de impeachment e apeado do poder sete dias depois.

Geraldo Alckmin e os exorcistas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:



A maioria dos paulistas não tem ideia de que Geraldo Alckmin não é aquele cidadão contido, equilibrado, bem próximo do homem comum, que se conduz com ética e discrição.

A foto aí em cima, que circula no Facebook, é uma das provas de que não é assim: o seguidor do catolicismo fundamentalista da Opus Dei – quem o diz é a insuspeita revista Época, da Globo – ajoelhado e recebendo a unção dos performáticos pastores Agenor Duque e a “Bispa” Ingrid Duque.

Levy põe Dilma entre dois fogos

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

No teatro da crise, Dilma fez o gesto que precisava fazer nesta quinta-feira. O ministro Levy se queixara de isolamento, o mercado e até a mídia internacional especulavam com sua saída, explicitando que se isso acontecesse o Brasil desceria mais um patamar na crise. Ela afagou Levy com elogios públicos e providenciou a reunião com ele, Barbosa e Mercadante para explicitar seu decidido apoio à permanência do ministro da Fazenda. Mercadante e Edinho Silva rasgaram elogios complementares. Levy finalmente pegou um avião para a Turquia, depois de ter até cancelada a participação na reunião de ministros do G20. Com seu “fico” e o gesto de Dilma, o dólar fechou em ligeira baixa e a bolsa subiu dois pontos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Grito dos Excluídos e a mídia que mente

William Waack e a "faxineira espiritual"

Por Altamiro Borges

O clima parece que anda carregado nas redações dos vários veículos da Rede Globo. Os três filhos de Roberto Marinho seguem tranquilos, acumulando as maiores fortunas do país, segundo o ranking da Forbes. Já os funcionários estão tensos e de baixo astral - principalmente depois que o império global anunciou centenas de demissões nos jornais O Globo e Extra. Duas matérias recentes confirmam que a tensão não se limita à mídia impressa, mas já atingiu a poderosa emissora de tevê do grupo. Até o gelado William Waack estaria irritado e uma "faxineira espiritual" foi convocada para aliviar o clima.

Direita nativa desiste de copiar a Europa

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:


Uma das características de muita gente da direita brasileira é sua extrema falta de educação, selvageria, incivilidade, grossura e desprezo pelo próprio país. Com exceção desse último item, os restantes não são exclusivos do Brasil. Por exemplo, aqui na Alemanha a extrema-direita tem-se esmerado em atos de selvageria, grossura etc. contra os imigrantes, refugiados, que aqui acorrem (embora muitos cidadãos daqui estejam se esmerando em bem recebê-los).

'Conduta lícita porque ilícito é o boneco'

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

A liberdade de manifestação e expressão, direitos consagrados pela Constituição, não podem ser confundidos com a ofensa e impunidade. Essa á a avaliação do professor Edson Luís Baldan, delegado de polícia em São Paulo, especialista em Direito Penal pela Escola Superior do Ministério Público de São Paulo e professor da PUC, em entrevista ao Portal Vermelho sobre o caso do boneco inflável que ofende a imagem do ex-presidente Lula.

Déficit nominal: a falsa polêmica

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O governo da Presidente Dilma acaba de entregar ao Congresso Nacional a sua proposta inicial de Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício de 2016. Essa é uma determinação prevista no art. 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal, que fixa o limite de final de agosto para o envio de tal peça pelo Executivo ao Legislativo.

Tendo em vista o ambiente geral de crise econômica e política em que o País se encontra mergulhado, todo e qualquer elemento que encerra algum tipo de dúvida é imediatamente utilizado pelos órgãos de comunicação para amplificar as dificuldades de fato existentes.

PM virou máquina de assassinar jovens

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

De repente, a força tarefa montada para apurar a chacina de Osasco - na qual 19 jovens foram assassinados - foi atropelada pelas investigações da Polícia Militar (PM).

A maior suspeita era de PMs envolvidos.

As investigações da PM atuaram em duas frentes: para atrapalhar os aspectos materiais e para comprometer os aspectos formais da investigação.

Desespero de Gilmar Mendes contra o PGR

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Um juiz não deve perseguir ninguém.

Sua postura deve ser de inércia.

Quem acusa é o procurador.

Gilmar Mendes inverte os papeis.

Numa demonstração evidente de desespero, ele desrespeita a Constituição, a democracia e o Procurador Geral da República (PGR), ao enviar um novo pedido à PGR após o anterior ser arquivado.

Bicudo se comportou como Kim Kataguiri

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Foge da minha capacidade de compreensão.

Que leva um homem de 93 anos como Hélio Bicudo a agir como um garoto irresponsável?

Anciãos costumam levar concórdia onde há conflito. Com seu extemporâneo e ridículo pedido de impeachment de Dilma, Bicudo está levando mais conflito onde já existe conflito em doses brutais.

A discórdia se instalou até em sua própria família. Uns filhos se disseram contra, e uma única filha apoiou o pai com aquele habitual blablablá de corrupção.