Por Roberto Malvezzi (Gogó), no site Correio da Cidadania:
Porém, há novidade. A liberação de armas iria inevitavelmente incrementar a violência na classe média, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos. É literalmente uma cultura de morte. Eu mesmo fiz um texto sobre esse tema.
Não é cartomancia, é a lógica. Os únicos com poder de comprar armas são a classe média e os ricos. Portanto, a tendência é que chacinas aumentem em shoppings, escolas, cinemas, teatros, praças públicas, enfim, nos espaços ocupados por esses setores da sociedade. Aconteceu na Catedral de Campinas, agora numa escola de Suzano.
A necrofilia faz parte de nossa história: o massacre de 10 milhões de indígenas, milhões de negros, de pobres em Canudos, Caldeirão, Contestado, Pau-de-Colher, os coronéis do sertão, chegam hoje às gangues e milícias das periferias urbanas brasileiras. Matar é constitutivo de nossa história.
Porém, há novidade. A liberação de armas iria inevitavelmente incrementar a violência na classe média, à semelhança do que acontece nos Estados Unidos. É literalmente uma cultura de morte. Eu mesmo fiz um texto sobre esse tema.
Não é cartomancia, é a lógica. Os únicos com poder de comprar armas são a classe média e os ricos. Portanto, a tendência é que chacinas aumentem em shoppings, escolas, cinemas, teatros, praças públicas, enfim, nos espaços ocupados por esses setores da sociedade. Aconteceu na Catedral de Campinas, agora numa escola de Suzano.