quinta-feira, 8 de agosto de 2019

A mobilização por Lula Livre na Europa

Por Antonio Barbosa Filho

Comitês e grupos europeus pró-Democracia no Brasil e pela libertação imediata de Lula preparam-se para um grande encontro em Berlim, entre os dias 16 e 18 de agosto, que deverá unificar o discurso e as ações dos brasileiros na diáspora. Há dois anos atrás houve um primeiro encontro, em Amsterdam, que impulsionou a militância e praticamente dobrou o número dos coletivos organizados.

Jair Bolsonaro rouba o futuro do Brasil

Por Pedro Simon Camarão, no site da Fundação Perseu Abramo:

A exploração sempre foi a regra no Brasil. Aqueles que ousaram lutar contra os ricos poderosos foram torturados, assassinados e praticamente apagados da História ao longo dos séculos. Foram pouquíssimos os períodos em que houve leis para proteger o trabalhador. Em mais de cinco séculos, poucos foram os governos que fizeram algo para impedir que os trabalhadores fossem duramente explorados.

"Itaipugate" não pode ser abafado

Por Tereza Cruvinel

A condescendência da mídia brasileira para com Bolsonaro não pode chegar ao ponto de ignorar, ou relegar a notas e registros secundários, a gritante suspeita de que haja uma grossa história de corrupção, envolvendo a própria família do presidente, na crise política que agita o Paraguai, por conta do acordo secreto sobre a divisão da energia de Itaipu. Lá, o presidente Mario Abdo Benítez voltou a enfrentar o risco de impeachment. Aqui, o PT pediu ontem à Procuradoria Geral da República a abertura de investigações contra Bolsonaro, o chanceler Ernesto Araújo e o presidente brasileiro de Itaipu, general Luna e Silva, mas isso também será ignorado ou jogado aos pés de página.

Revés no STF mostra desgaste da Lava-Jato

Do site do Comitê Lula Livre:

A decisão do STF de manter o ex-presidente Lula em Curitiba desautoriza a juíza Carolina Lebbos e representa uma derrota importante, ainda que parcial, da Polícia Federal e do Ministério Público, que queriam com a transferência deteriorar as suas condições carcerárias, aumentar o seu grau de isolamento e mudar o regime de visitas que expõem a sua condição de preso político.

O STF decidiu, praticamente por unanimidade, que Lula tem o direito de permanecer numa cela especial, chamada de sala de Estado-maior, no padrão das instalações onde está na PF de Curitiba.

Bolsonaro e a escalada do autoritarismo

Por Erika Kokay, na revista CartaCapital:

Os professores de ciência política da Universidade de Havard, Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, lançaram recentemente o livro “Como as democracias Morrem”, no qual fazem uma análise da ascensão de líderes autoritários ao redor do mundo.

Todos os principais indicadores do comportamento de um autoritário listado pelos autores estão presentes na figura de Jair Bolsonaro. Eles citam quatro aspectos que um líder autoritário traz:

– a rejeição das regras democráticas do jogo;

– a negação da legitimidade dos oponentes políticos;

– a tolerância ou encorajamento à violência;

– a propensão a restringir liberdades civis de oponentes, inclusive da mídia.

Destruição do país e a complacência da mídia

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Sábado, 20 de julho,19h00 em Montevidéo. Auditório Nacional “del Sodre”, sala Eduardo Fabini. Entra no palco com solenidade humilde o Maestro Michele Gamba, que vai dirigir a Orquestra Sinfônica Nacional na execução da Sinfonia n.10, em Mi menor, de Dmitri Shostakovich. Ele foi um dos grandes compositores do Século XX, de convívio sofrido com o o regime staliniano, que nesta obra procura libertar-se dos temores do “enquadramento” repressivo e experimentar a liberdade plena para exercitar a sua arte. E o faz com a grandeza de prever novos tempos para o país, em reconstrução material e moral.

Como lidar com um bolsonarista arrependido?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Li nas redes sociais uma manifestação indignada da professora Ester Solano que merece registro. Referindo-se aos bolsonaristas arrependidos, ela foi no fígado: “Eles sabiam perfeitamente quem estavam apoiando. Por isso, quero que todos se fodam.”

Compartilho desse sentimento de revolta, afinal a maioria esmagadora dos eleitores de Bolsonaro, seja durante a campanha eleitoral ou em períodos anteriores, teve acesso a áudios, textos e imagens do capitão ameaçando uma deputada de estupro, pregando o racismo, a misoginia e o extermínio de adversários políticos, fazendo apologia da tortura e endeusando torturadores, atacando os homossexuais, defendendo a censura e a sonegação de impostos, elogiando as milícias e tantas outras barbaridades.

'Minions' convocam ato contra o STF

Por Fernando Brito, em seu blog:

Pelo Twitter, a turba moro-bolsonarista começa a convocar um ato nacional contra o Supremo Tribunal Federal.

Logo saberemos se têm o aval informal de Sérgio Moro e de Jair Bolsonaro, ainda que provavelmente publicamente não o deem.

Não chega a ser inédito que os fundamentalistas de direita se manifestem contra o STF, mas há duas diferenças fundamentais, agora.

A primeira, ser o tema central dos manifestantes, clamar por um ato de força contra a Corte, não algo que se possa atribuir a “pequenos grupos”.

Lula e a vitória do Estado de Direito

Editorial do site Vermelho:

A ousadia da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba, de mandar transferir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para São Paulo, foi um comportamento típico do Estado de exceção estabelecido pela Operação Lava Jato. Ela levou a exceção tão ao extremo que a medida despertou pronta resposta de um amplo espectro de forças ideológicas. Além de manifestar reprovação ao ato vil, esse leque político diversificado foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) em busca de justiça, do cumprimento aos preceitos elementares da Constituição.

História do sequestro da democracia no Brasil

Por Oscar Ranzani, no site Carta Maior:

Quando Petra Costa nasceu, o Brasil não podia votar: havia uma ditadura cruel, que governou o país entre 1964 e 1985; ou seja, por mais de duas décadas. Costa sabe bem o que significou aquele governo, e a presença dos militares nas ruas: seus pais foram militantes do Partido Comunista naqueles anos obscuros, e tiveram que sobreviver muito tempo na clandestinidade. Sua família vive bem claramente a polarização – assim como a que existe na Argentina –, já que parte dela é de direita e integrante da elite econômica do país. Seus pais, no entanto, foram perseguidos por aqueles que o músico argentino Charly García denominou “botas loucas”.

O preço do golpe da Previdência no Senado

Por Altamiro Borges

Com muita grana do laranjal de Jair Bolsonaro e o apoio ostensivo da cloaca empresarial e da mídia rentista, a Câmara Federal aprovou em segundo turno na noite desta quarta-feira (7) a deforma da Previdência Social. O trator foi implacável. Após recesso parlamentar de três semanas, os deputados votaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) e todas as emendas em apenas duas tardes. Os partidos de esquerda ainda tentaram barrar algumas sacanagens, mas foram esmagados sem dó nem piedade.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Bolsonaro confessa: 'sou o capitão motosserra'

Por Altamiro Borges

Em seu “piriri verborrágico” diário – como bem definiu o sarcástico José Simão em sua coluna na Folha –, o presidente Jair Bolsonaro até que confessa alguns dos seus crimes. Não são apenas fake news, narcisismos ou imbecilidades. Nesta terça-feira (6), por exemplo, ao ser perguntado sobre desmatamento na Amazônia, ele rosnou: “Sou o capitão motosserra” – e depois deu aquela risadinha escrota. A mídia estrangeira, que já trata o “mito” com chacota, poderá em breve usar essa autodefinição em suas matérias sobre o desgastado Brasil.

Falta uma semana pra Marcha das Margaridas

Do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag):

Na próxima terça-feira, dia 13 de agosto, milhares de mulheres do campo, da floresta e das águas de todo o Brasil e de 26 países de todos os continentes chegarão à capital federal para participar, nos dias 13 e 14 de agosto, da maior ação estratégica protagonizada pelas mulheres na América Latina: a Marcha das Margaridas.

A ação acontece a cada quatro anos e esta é a sexta edição, com o lema da Marcha das Margaridas 2019 é “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. Ao longo de suas edições, desde a primeira realizada em 2000, a Marcha tornou-se um importante espaço e uma importante estratégia para as Margaridas conquistarem visibilidade, reconhecimento social, político e cidadania plena.

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