sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

A desigualdade mata no Brasil!

A situação da cultura é preocupante

Indústria derruba a euforia do "agora vai"

Por Fernando Brito, em seu blog:

O IBGE anunciou hoje que a produção industrial brasileira caiu 1,2% em novembro, comparada à de outubro, e 1,7% comparada a de novembro de 2018.

É o dobro das expectativas colhidas no mercado financeiro pela Reuters: -0,6% e -0,8%, respectivamente.

A queda foi muito mais intensa nos setores de produtos hard: bens de capital, veículos, indústria extrativa…

EUA deflagram a guerra midiática

Charge: Anne Derenne
Da Rede Brasil Atual:

A única guerra que já está dada é a guerra da informação, apontam analistas internacionais em entrevista à Rádio Brasil Atual. Enquanto o conflito entre Estados Unidos e Irã vive seus dias de escalada, deixando em alerta países e vizinhos fronteiriços, do ponto de vista da indústria da comunicação há um arsenal de notícias que não se confirmam como fatos, mas são suficientes para trazer intranquilidade não só aos protagonistas, mas para o mundo inteiro.

Porta dos Fundos: depois do terror, a censura

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nestes tempos terríveis e perigosos há uma observação única e fundamental a se fazer sobre a proibição de "A Primeira Tentação de Cristo," do Porta dos Fundos, que ontem teve sua exibição proibida por decisão do desembargador Benedito Abicair, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Trata-se de uma iniciativa incompatível com o regime de democracia e liberdade em que o país escolheu viver a partir da Constituição de 1988, escrita por constituintes eleitos pelo voto direto de brasileiros e brasileiras.

Ali se diz, no parágrafo IX do artigo 5, que "é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".

A liberdade de imprensa sob ataque

Editorial do site Vermelho:

Os reiterados ataques do presidente Jair Bolsonaro à imprensa são apenas a confirmação da sua conduta autoritária. Para ele, o jornalismo é uma mal em si. Esse tipo de comportamento, sem mediação e ponderação nas críticas, é o oposto da defesa de uma imprensa democrática, com ampla liberdade de expressão e de difusão de pensamento. No fundo, tanto Bolsonaro como os grupos midiáticos que monopolizam a imprensa falam a mesma coisa, embora às vezes com idiomas diferentes.

Bem-feito para os coleguinhas jornalistas

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“O pior é que ele disse a verdade. Isso que vemos hoje não é jornalismo” (Dilea Frate, jornalista, ex-Globo, em comentário no meu Facebook).

***

Claro que não podemos generalizar, minha cara Dilea, porque nem todos os jornalistas se comportam como sabujos do poder - e não é de hoje.

Mas a submissão de boa parte dos profissionais encarregados de fazer a cobertura dos chiliques diários de Bolsonaro e seus inacreditáveis ministros, sem nenhuma reação, acaba mesmo dando razão aos que não respeitam mais o nosso trabalho.

Bolsonaro faz mal à saúde

Por Dilma Rousseff, em seu site:

O país e o mundo já sabem que Bolsonaro se considera no direito de ser grosseiro, truculento e inverídico ao abusar dos xingamentos e das fake news em suas manifestações públicas. Agora, comete crime de difamação e calúnia contra os médicos cubanos que atuaram no Brasil entre 2013 e 2018, acusando-os de terroristas e de profissionais sem habilitação.

Os norte-americanos no Oriente Médio

Tariq Ali
Por Ricardo Musse, no site A terra é redonda:

Em 21 de março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque. Foi o desfecho de uma guerra anunciada e da polêmica acerca de sua necessidade – cujo fórum privilegiado foi a ONU, mas também as ruas, palco de um protesto mundial, em 15 de fevereiro, que mobilizou cerca de oito milhões de pessoas.

A intenção do exército norte-americano, efetivamente posta em prática, de permanecer no Iraque depois do fim da guerra e da deposição de Saddam Hussein causou perplexidade geral. As potências do Ocidente estariam retornando à “Era dos Impérios” e aos métodos neocoloniais de ocupação territorial? O século XX não havia consolidado, em todo o mundo, a política de “descolonização”? Os Estados Unidos não haviam obtido sua hegemonia incontestável, em parte devido ao seu discurso e à sua ação em favor da autonomia e independências nacionais? As guerras pontuais, após 1945, não foram apenas escaramuças em fronteiras de um mundo dividido pela Guerra Fria e que, com o fim desta, estavam destinadas a desaparecer?

Sopram bons ventos de Espanha

Pedro Sánchez ao lado do rei Felipe VI. Foto: POOL/AFP
Por Boaventura de Sousa Santos, no site Carta Maior:

São bons os ventos que sopram de Espanha. Pela primeira vez desde a transição democrática de 1978, os dois principais partidos de esquerda unem-se para formar governo. A articulação de esquerda de que Portugal foi pioneiro na Europa a partir de 2016 teve um papel importante ainda que indireto na solução espanhola. Sinalizou que o bom senso poderia ocorrer em política mesmo que durante muito tempo tivesse parecido impensável. Mostrou que, para além do muito que divide os diferentes partidos de esquerda, o que os une é suficientemente substantivo para construir um programa de governo partilhado. E porque se tratava de um caminho pouco trilhado houve que reduzir a escrito e detalhar os termos do acordo.

Prefeito desvia R$ 5,96 milhões da saúde

Por Jeferson Miola, em seu blog:

No despacho judicial em que mandou o prefeito Marchezan Júnior suspender publicidade sem caráter educativo, informativo ou de orientação social, a juíza Keila Silene Tortelli identificou a existência de “algumas publicidades de cunho eleitoral, a exemplo das publicações feitas nos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, anunciando ‘As reformas que o Brasil precisa, Porto Alegre já fez’” [liminar concedida em Ação Civil Pública do Sindicato dos Municipários de PoA].

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Lambe-botas de Trump já assusta ruralistas

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (8), na primeira entrevista do ano concedida ao imperdível blog DCM (Diário do Centro do Mundo), o ex-presidente Lula disse que Jair Bolsonaro “é um lambe-botas dos EUA”. Ele se referia à postura subserviente e vergonhosa adotada pelo Itamaraty diante do atentado terrorista do genocida Donald Trump contra o Irã. A crítica do petista deve ter obtido a concordância até de setores da cloaca burguesa, como os barões do agronegócios, que financiaram a campanha do “capetão”.

Bolsonaro ataca jornalista: ‘raça em extinção’

Por Altamiro Borges

A mídia monopolista – que adora o programa ultraneoliberal de Jair Bolsonaro, mas que teme a sua agenda civilizatória regressiva e o seu autoritarismo na política – até que tentou fazer as pazes com o “capetão” no final do ano. No clima festivo do período, ela propagou descaradamente a retomada do crescimento da economia, criando um clima de otimismo com a falaciosa explosão das vendas de natal e parcial queda do desemprego.

Finalmente Jair Messias diz uma verdade!

Por Eric Nepomuceno

Bem: é preciso reconhecer que antes ele disse outra verdade, quando assegurou que não pretendia construir um novo Brasil mas ‘desconstruir’ o que existia. E também é preciso reconhecer que ele vem ‘desconstruindo’ tudo com uma voracidade e um ódio sem precedentes.

E qual a segunda das duas únicas verdades que ele proferiu desde que assentou sua deplorável figura na poltrona presidencial?

Que no Brasil o jornalismo é uma espécie em extinção.

Devo admitir que pela primeira e única vez estou de acordo com Jair Messias.

Por razões radicalmente diferentes, é claro. Mas de acordo.

O jornalismo, ao menos o praticado pela minha geração e talvez pelas duas ou três que vieram imediatamente depois, começou a desaparecer há muito, muito tempo. Mais exatamente a partir de 1985, quando a ditadura acabou (ao menos formalmente...) e um civil retomou a presidência.

A vergonhosa entrega do patrimônio nacional

Por Cézar Manoel de Medeiros, na revista Teoria e Debate:

As privatizações e as concessões efetivadas no Brasil desde o início da década de 1990 não vêm resultando em investimentos conforme o esperado. Ao contrário, as empresas alienadas e a maioria das concessionárias ficaram estagnadas ou foram desativadas.

A maioria absoluta foi adquirida por empresas estrangeiras, cujo processo decisório para realização de investimentos passou a ser de suas matrizes no exterior.

As aquisições das empresas estatais na década de 1990, mesmo tendo sido realizadas com títulos públicos pelos valores de faces de cada título a vencer em mais de 20 a 25 anos sem qualquer deságio (denominadas moedas podres), logo, sem comprometer dispêndios financeiros próprios e não menos grave as empresas foram alienadas por preços aviltados devido a avaliações subestimadas via cálculo do valor presente usando elevadas taxas de desconto, superestimativa da evolução de custos operacionais e subestimativa da evolução de receitas.

O Brasil virou Ninguém

Por Gilberto Maringoni

O Brasil perde relevância. Paul Krugman termina sua coluna sobre o ataque dos EUA – publicado ontem na FSP e em vários jornais – da seguinte maneira:

“As autoridades de Trump parecem surpresas com as consequências uniformemente negativas do assassinato de Suleimani: o regime iraniano está fortalecido, o Iraque tornou-se hostil, e ninguém se manifestou em nosso apoio”.

Ninguém, não.

O Brasil apoiou.

Sandices de Bolsonaro e o inferno da guerra

Por Renato Rovai, em seu blog:

O Brasil tem uma das diplomacias mais competentes do planeta há algumas décadas. Não entramos em bola dividida. Sempre nos colocamos como solução para a paz.

Mas com o amadorismo de Ernesto Araújo e a sandice de Bolsonaro estamos próximos a nos envolver numa guerra que não é nossa e com a qual só temos muito a perder, mesmo que ela não atinja nosso território.

O contra-ataque do Irã às bases dos EUA são apenas a ponta do iceberg do que pode vir a ocorrer. O mundo pode estar vivendo o preâmbulo de uma 3a guerra mundial se o Congresso americano não interditar Trump.

Araújo joga a bomba e sai de férias

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

O chanceler Ernesto Araújo fez como o menino que atira uma pedra na vidraça da vizinha, e no meio do estrondo sai correndo e se esconde.

É inacreditável que ele esteja de férias no exterior numa hora destas.

Mas Bolsonaro informou que está, e que só quando ele voltar (onde estará descansando off-line neste mundo conectado?) irão conversar sobre a cobrança de explicações do Irã, após o Brasil ter oferecido respaldo eloquente ao ataque de Trump que matou o general iraniano Soleimani.

Os últimos sinais são de que Bolsonaro, na ausência do chanceler olavista, agora está confuso, sofrendo pressões internas para que o governo fique “pianinho”, conforme o colunista Lauro Jardim, de O Globo, disse ter ouvido de ministro palaciano.

A mobilização contra as privatizações