sexta-feira, 25 de junho de 2021

Ódio e amor nas redes sociais

Por Frei Betto, em seu site:


“Diga-me em que nicho da internet se encontra e direi se vou odiá-lo.” Se alguém frequenta uma tribo de Whatsapp ou Twitter de defesa dos direitos humanos e conecta outro de bolsonaristas, será inevitavelmente agredido, ofendido, ou sumariamente excluído dos contatos. E vice-versa.

Como afirma o doutor em Ciências da Comunicação, Moisés Sbardelotto, “não basta gostar ou desgostar de algo: é preciso também desgostar daqueles que gostam daquilo de que não gosto. A raiva e o rancor se digitalizam e permeiam sites e redes sociais digitais mediante expressões de intolerância, indiferença, desinformação, negacionismo, difamação, discriminação, preconceito, xenofobia. O ódio, assim, ganha forma de bits e pixels, principalmente pela ação dos chamados haters, os odiadores, aqueles que amam odiar.”

A direita pode “matar” Bolsonaro a tempo?

Por Fernando Brito, em seu blog:


Lula ter maioria nas intenções de voto em pesquisas não é surpresa.

Mas a grande imprensa estar dando o destaque que dá ao favoritismo do ex-presidente é algo que para a esquerda sempre pobre das atenções da mídia faz levantar a desconfiança desta esmola farta: será que ainda contam com tempo e condições para “matar” Bolsonaro eleitoralmente e fazer surgir do pescoço da Górgona um Pégaso imaculado para ser seu candidato em 2022?

Muita gente boa pensa nisso e não deixo de reconhecer razões na matreirice de um conservadorismo cascudo como o nosso, que não admite partilha e menos ainda a entrega do poder.

Há, entretanto, alguns obstáculos neste caminho, tanto é que a tal “3ª via” continua, faltando 16 meses para a eleição, de calças curtas.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Saída de Salles é derrota do bolsonarismo

Editorial do site Vermelho:

A queda do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deve ter pouco impacto na agenda ministerial ou mesmo na imagem internacional do País. De seu sucessor, o ruralista Joaquim Alvaro Pereira Leite, não convém esperar guinadas de nenhum tipo nas diretrizes do ministério. Partidário da mesma agenda predatória que fez de Salles o pior de todos os titulares do Meio Ambiente no Brasil, Joaquim Alvaro há de ser um outro “antiministro”.

Bolsonaro no foco da CPI

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Rifando Ricardo Salles, ministro para lá de carbonizado, Bolsonaro não conseguirá segurar a repercussão do maior escândalo de corrupção de seu governo, o Covaxingate.

Ele agora é alvo claro e brilhante da CPI da Covid, e ainda que não possa legalmente ser investigado pela comissão do Senado, poderá ser responsabilizado no relatório final.

Ou num relatório parcial que pode ser votado no meio do caminho.

O pronunciamento ameaçador e autoritário do ministro Onyx Lorenzoni, ao lado de um investigado da CPI, o ex-secretário-executivo do ministério da Saúde na gestão Pazuello, também não serviu para atenuar o estrépito das revelações.

Pelo contrário, reforçou a ideia de um governo apavorado. Já na segunda-feira, no que pareceu uma reação às manifestações de sábado e ao avanço da CPI, Bolsonaro deu mostras de que anda com os nervos em frangalhos.

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quarta-feira, 23 de junho de 2021

Ricardo Salles deixa o laranjal em chamas

Por Altamiro Borges


O agravamento da crise política parece que acelerou a fuga das ratazanas do governo. Nesta quarta-feira (23), o “rei das queimadas” Ricardo Salles pediu demissão do cargo de ministro da devastação ambiental de Jair Bolsonaro. O ricaço era alvo de inúmeras denúncias – inclusive de participar de um esquema de contrabando de madeira ilegal. Mas ele decidiu deixar o posto exatamente quando o laranjal bolsonariano está pegando fogo. Cortina de fumaça ou medo das labaredas?

Irmão da “Micheque” ganha cargo no Senado

Por Altamiro Borges

O site Metrópoles postou nesta terça-feira (22) que "Diego Torres Dourado, irmão de Michelle Bolsonaro, ganhou um cargo de confiança no Senado com salário de R$ 13,5 mil. A nomeação aconteceu no fim de março. Até então, o soldado da Aeronáutica de 33 anos possuía posto civil de confiança no Ministério da Defesa, no Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas".

O irmão da primeira-dama, também chamada carinhosamente de "Micheque Bolsonaro", era assistente técnico e recebia R$ 5,6 mil por mês. "No novo emprego, Diego Dourado passou a ser assistente parlamentar da 1ª Secretaria do Senado, hoje comandada pelo senador Irajá (PSD-TO)" – que, curiosamente, é filho da senadora Kátia Abreu (PP-TO).

“Beato Araújo” também fugirá para os EUA?

Por Altamiro Borges

Parece que mais um olavete vai fugir para os EUA. Depois do “ministro” Abraham Weintraub e do “blogueiro” Allan dos Santos, o ex-chanceler "Beato Araújo" – como era chamado entre os diplomatas – já teria arrumado suas malas. Nesta terça-feira (23), o Itamaraty oficializou a transferência de Maria Eduardo Seixas Corrêa, esposa do ex-ministro de Relações Exteriores, para o Consulado do Brasil em Hartford, em Connecticut. Ela deverá levar o maridão, que curte umas “férias” de 90 dias no laranjal bolsonariano, como acompanhante – mas não na condição de diplomata.

Ratinho afunda junto com Bolsonaro

Por Altamiro Borges


Ratinho é um dos maiores bajuladores do "capetão" Jair Bolsonaro na televisão brasileira – uma típica ratazana. Mas, pelo jeito, esse puxa-saquismo está afundando a sua audiência. Segundo informa Ricardo Feltrin em matéria postada no site UOL nesta segunda-feira (21), "Ratinho perde 1 em cada três telespectadores do SBT". E a situação só tem piorado nos últimos meses!

Segundo a coluna, "além de estar atravessando uma de suas piores fases no ibope desde que estreou no SBT, Ratinho ainda amarga uma fuga prolongada de público... Enfraquecido pela ausência de plateia, formato de programa que não se renova, brincadeiras bobas e a pecha de bolsonarista fanático são alguns dos prováveis motivos para a sangria de público e a desaprovação de boa parcela dos espectadores".

Uma rede de comunicadores latino-americanos

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

Impulsionada pelo ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, a Runasur nasceu com a proposta de agregar projetos como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e, nas palavras de Morales, "unir os movimentos sociais – sejam indígenas, trabalhadores, de classe média e de professores – com profissionais intelectuais, com o objetivo de lutar por uma verdadeira libertação de toda a América plurinacional dos povos aos povos”. A iniciativa foi batizada Runasur por ter como missão complementar e enriquecer as instâncias oficiais - em quechua, "runa" significa "gente", "pessoa".

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