Por João Guilherme Vargas Netto
Nas guerras da comunicação o papel impresso anda levando uma goleada das mídias digitais.
De acordo com o site Poder 360, de dezembro de 2014 a outubro de 2019, no Brasil, a evolução da circulação impressa de uma amostra de dez veículos grandes caiu em média 52%, enquanto a evolução em média da circulação digital (assinaturas pagas) de nove destes veículos aumentou 96%, com os espetaculares 322% do Valor Econômico.
Mas isto também anda acontecendo na comunicação sindical com a febre dos sites das entidades e das postagens de dirigentes em redes sociais. Dá a impressão que nas entidades sindicais o digital detonou de vez o impresso, até mesmo pelo custo relativo em uma situação de penúria financeira.
Nada mais natural e correto que as direções sindicais se preocupem em produzir as novas formas de comunicação, fazendo delas veículos eficientes de relação com as bases e de sua direção. Devem ser assessoradas por profissionais capazes de fazer o melhor e de auxiliá-las em suas próprias redes pessoais de comunicação.
O digital tem, obviamente, suas vantagens (além das vantagens econômicas) e a maior delas é o eventual retorno rápido, individual ou coletivo, das respostas dos trabalhadores ou de sua participação nas discussões, quando isso é desejado.
Mas a aparente facilidade na comunicação digital esconde um problema que deve ser enfrentado: o distanciamento físico/material/pessoal entre o dirigente e os associados.
Produzido o site ou enviada a mensagem pessoal (mesmo que seu conteúdo seja pertinente) quem garante a aceitação, a credibilidade da informação ou sua relevância para os trabalhadores? E as fake news? E a algaravia das redes?
E é aí que eu faço a defesa do papel impresso.
Um material produzido à antiga, um boletim ou um jornal impressos, com a experiência dos jornalistas profissionais das entidades e dos próprios dirigentes exige a sua distribuição entre os trabalhadores e, portanto, o contato pessoal entre o dirigente e os dirigidos.
A entrega do papel na porta da fábrica, no local de trabalho, é um momento ímpar da relação que garante o principal aspecto da comunicação – a emissão da mensagem e a recepção dela com confiança.
O olho no olho, a mão na mão, os ouvidos atentos são insubstituíveis e o papel impresso é a forma material que garante isto ainda hoje.
Para ir às bases e ser ouvidas (e escutadas) por elas, as direções não podem prescindir do papel impresso bem feito e de sua distribuição militante.
Nas guerras da comunicação o papel impresso anda levando uma goleada das mídias digitais.
De acordo com o site Poder 360, de dezembro de 2014 a outubro de 2019, no Brasil, a evolução da circulação impressa de uma amostra de dez veículos grandes caiu em média 52%, enquanto a evolução em média da circulação digital (assinaturas pagas) de nove destes veículos aumentou 96%, com os espetaculares 322% do Valor Econômico.
Mas isto também anda acontecendo na comunicação sindical com a febre dos sites das entidades e das postagens de dirigentes em redes sociais. Dá a impressão que nas entidades sindicais o digital detonou de vez o impresso, até mesmo pelo custo relativo em uma situação de penúria financeira.
Nada mais natural e correto que as direções sindicais se preocupem em produzir as novas formas de comunicação, fazendo delas veículos eficientes de relação com as bases e de sua direção. Devem ser assessoradas por profissionais capazes de fazer o melhor e de auxiliá-las em suas próprias redes pessoais de comunicação.
O digital tem, obviamente, suas vantagens (além das vantagens econômicas) e a maior delas é o eventual retorno rápido, individual ou coletivo, das respostas dos trabalhadores ou de sua participação nas discussões, quando isso é desejado.
Mas a aparente facilidade na comunicação digital esconde um problema que deve ser enfrentado: o distanciamento físico/material/pessoal entre o dirigente e os associados.
Produzido o site ou enviada a mensagem pessoal (mesmo que seu conteúdo seja pertinente) quem garante a aceitação, a credibilidade da informação ou sua relevância para os trabalhadores? E as fake news? E a algaravia das redes?
E é aí que eu faço a defesa do papel impresso.
Um material produzido à antiga, um boletim ou um jornal impressos, com a experiência dos jornalistas profissionais das entidades e dos próprios dirigentes exige a sua distribuição entre os trabalhadores e, portanto, o contato pessoal entre o dirigente e os dirigidos.
A entrega do papel na porta da fábrica, no local de trabalho, é um momento ímpar da relação que garante o principal aspecto da comunicação – a emissão da mensagem e a recepção dela com confiança.
O olho no olho, a mão na mão, os ouvidos atentos são insubstituíveis e o papel impresso é a forma material que garante isto ainda hoje.
Para ir às bases e ser ouvidas (e escutadas) por elas, as direções não podem prescindir do papel impresso bem feito e de sua distribuição militante.
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