segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Os crimes que Moro e Globo escondem

Por Jeferson Miola, em seu blog:                             

A Rede Globo não publicou, em absolutamente nenhum de todos os veículos deste império de comunicação que deturpa a opinião de mais de 80% da população brasileira, a denúncia de que o procurador Januário Paludo, colega e inspirador “moral” do Deltan, recebia propina para proteger os crimes e as práticas ilícitas de Dario Messer, o rei dos doleiros [aqui].

Nada foi publicado no saite G1, nem no Jornal Nacional, nem no jornal O Globo e tampouco nas centenas de emissoras e repetidoras de rádio e TV que cobrem todo território nacional.

Dario Messer é um velho conhecido [e, quem sabe, talvez até mesmo um amigo íntimo] de Sérgio Moro e dos procuradores Januário Paludo e Carlos Fernando dos Santos Lima. Eles tiveram uma experiência anos antes, no escândalo do Banestado, como Joaquim Carvalho revelou em elucidativa reportagem do DCM de 20 de maio de 2018 [aqui].

No escândalo do Banestado, que terminou num acordo de compadre do MP e do judiciário com Alberto Yousseff e Dario Messer, o triunvirato da ORCRIM [Moro, Carlos Fernando e Januário Paludo] – conforme o ministro do STF Gilmar Mendes nomeia a Lava Jato – atuou junto, ao estilo de uma facção criminosa.

O excesso de intimidade e familiaridade do rei dos doleiros com o triunvirato da ORCRIM parece ser o principal motivo para a Globo banir esta gravíssima e relevantíssima informação de todo seu noticiário.

A Globo abafa o caso [ou melhor, o crime], como se fosse um fato inexistente. Roberto Marinho, o patriarca da famiglia, já ensinava que a melhor notícia da Globo era aquela que a Globo decidia não publicar …

No dia 3 de maio de 2018, quando aconteceu a operação “Câmbio, desligo!” da PF, dava-se como certa a prisão de Dario Messer. A prisão dele era tida como tão certa que o jornalista Lauro Jardim, do Globo, chegou a anunciar que “Dario Messer, alvo principal da operação da Lava-Jato de hoje, e finalmente preso, é um personagem ligado aos escândalos nacionais desde o caso Banestado”.

Acontece, porém, que apesar de Lauro Jardim noticiar que Dario Messer estava “finalmente preso”, a prisão do rei dos doleiros foi misteriosamente desfeita.

No artigo Mistério da Lava Jato: quem acobertou a fuga do doleiro Dario Messer, também de 20 de maio de 2018 [ler aqui], dissemos que “Dario Messer, provavelmente avisado que seria alvo de mandado de prisão preventiva, conseguiu fugir e não foi encontrado nos endereços conhecidos no Brasil naquele dia da operação Câmbio, Desligo!.” e tampouco em endereços no Paraguai, onde tem inúmeros imóveis que poderia usar como refúgio.

Como se vê, na época até o muito bem informado e prestigiado jornalista Lauro Jardim foi pego no contrapé com o surpreendente cancelamento da prisão – ou soltura – do velho conhecido da ORCRIM comandada por Moro.

Dario Messer é um arquivo vivo que conhece os segredos de Moro, de Januário Paludo, de Deltan e dos demais integrantes da ORCRIM. Por isso a Globo desesperadamente abafa este incômodo assunto.

Rodrigo Maia, o presidente da Câmara dos Deputados que atua como uma espécie de jagunço da agenda bolsonarista ultraliberal, não tem o direito de engavetar o pedido de instalação da CPI da Vaza Jato que foi protocolado e atende todas formalidades.

É urgente a instalação da CPI da Vaza Jato já, para investigar a fundo aqueles crimes cometidos pela ORCRIM e que Sérgio Moro e a Rede Globo escondem. É preciso esclarecer, afinal, qual a razão para o medo que a Globo e Moro têm daquilo que Dario Messer poderá revelar.

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