Foto: Ricardo Stuckert |
À primeira vista, nada há de extraordinário do que um governo que se instala tenha magnetismo capaz de atrair muita gente e, por este ângulo, não surpreende o potencial de adesão que Lula está despertando na fauna política brasileira.
Nem em que um governo que, ungido pelo voto popular, está tão longe de ter maioria parlamentar própria, aceite que é deste magnetismo que pode tirar condições políticas para se o comando do país e sobreviver ao campo minado que, nos últimos anos, passou a ser o exercício da Presidência.
O que há de diferente é que isso é a única defesa possível contra a ação de um núcleo extremista que, ainda que vencido eleitoralmente, está longe de ser desfeito politicamente e que não dará nem mesmo a trégua inicial com que governos contam ao se instituírem.