segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Bolsonaro ameaça prender quem discorda


Jair Bolsonaro fez, na tarde deste domingo (21), um dos discursos mais violentos desde o início da campanha eleitoral. Diretamente do Rio de Janeiro, o ex-capitão entrou ao vivo pelo telão na Avenida Paulista, em São Paulo, durante manifestação que ocupou quatro quadras da avenida. Antes da fala de Jair Bolsonaro, foi feito um minuto de silêncio seguido de um mantra de meditação “Eu estou em paz, o Brasil está em paz.”

Quem pode ganhar as eleições é Steve Bannon

Eduardo Bolsonaro e Steve Bannon/El País
Por Armando Coelho Neto, no Jornal GGN:

Fraude em urnas é possível? Quem seriam os sete monges acima do bem e do mal, fiel à Democracia e acima de sentimentos mortais? Nunca imaginei que quem tomou o país no golpe fosse devolver no voto. Como a luta está ai, estamos nela. Hoje, minha desconfiança aumenta com uma nota que recebi: Quem está ganhando as eleições no Brasil é um norte-americano, da extrema direita nacionalista, chamado Steve Bannon.

Amoêdo é um Bolsonaro de banho tomado

Por Luís Felipe Miguel, no blog Diário do Centro do Mundo:

Tem gente, mesmo na esquerda, que acredita que o banqueiro Amoêdo representa algo como uma direita extremada, mas democrática. Deve ser porque, ao contrário do outro, ele tem cara de quem toma banho todos os dias e sabe pronunciar palavras de quatro sílabas.

Hoje, ele assina artigo na Folha defendendo o voto no Coiso – sem ter coragem de citá-lo pelo nome, falando só em “votar contra o PT”. O grosso do texto é a repetição das simplificações típicas do Novo (sic) sobre o Estado mau e o mercado salvador. Aliás, o mercado é a fake news “signature” do Novo (sic).

domingo, 21 de outubro de 2018

A mídia internacional e o risco Bolsonaro

Charge: Marian Kamensky/Áustria
Por Altamiro Borges

É impressionante a postura acrítica, quase complacente, da mídia nativa diante do risco Bolsonaro. Para se opor às esquerdas, ao PT e às suas bandeiras – como justiça social, soberania nacional e desenvolvimento –, a chamada grande imprensa tenta naturalizar um fascistoide que lançará o país no caos econômico e na treva política. No mundo inteiro, os veículos de comunicação têm destacado o grave perigo, confirmando que o Brasil pode virar um pária internacional, com maiores dificuldades nas suas relações diplomáticas e comerciais. Nas últimas semanas, o temor foi motivo de várias reportagens e capas de jornais e revistas. Vale conferir algumas delas:


A marca do zapgate

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

“Segue o baile”, deve dizer hoje a presidente do TSE, Rosa Weber.

Apesar da repercussão e da cobrança da sociedade, não haverá anulação do primeiro turno, viciado pelo bombardeio de fakenews, como pediu o PDT, nem a candidatura de Bolsonaro será impugnada, como quer o PT.

Não se conclui um processo de impugnação em uma semana mas, considerada a gravidade dos fatos, o TSE não pode ficar na mera abertura da investigação.

O principal duto das fake news é o WhatsApp

Um fascismo do século XXI

Por Juarez Guimarães, no site Carta Maior:

Em seu ensaio “As novas faces do fascismo ( e novos fascismo sem rostos) na época “pós-fascista”, o pesquisador inglês Roger Griffin, no livro no qual dialoga com dezenas de estudiosos de vários países, usa a expressão “mentalidade Linha Maginot” para chamar a atenção sobre os pontos cegos nas teorias contemporâneas em sua incapacidade de identificar e compreender as novas ameaças do fascismo neste século XXI. A Linha Maginot, como se sabe, foi um conjunto de fortificações tidas como inexpugnáveis construídas pela França após a Primeira Guerra Mundial na fronteira com a Alemanha mas que foram rapidamente desbaratadas pela nova máquina de guerra de Hitler.

O clima de tensão na redação da TV Globo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ontem publiquei uma nota sobre o ambiente tenso na redação da Globo, que silenciou a respeito da mais completa denúncia de manipulação e corrupção desta campanha eleitoral até o início da noite. O post teve grande repercussão e hoje recebi, a partir de um jornalista, um relato sobre o clima atual da emissora. Leia o relato abaixo:

As redações do site e do jornalismo no Rio, Brasília e São Paulo estão assustadas.

Tudo o que é notícia sendo alvo de reuniões permanentes da cúpula.


A conexão Bolsonaro-Pinochet

Por Grazielle David, no jornal Brasil de Fato:

Um argumento que está sendo bastante utilizado para alegar que Bolsonaro não representa um risco à democracia é que não há como classificá-lo como autoritário, dado que seu programa de governo defende uma proposta de economia neoliberal, formulada por Paulo Guedes. Entretanto, a história de países pós globalização nos anos de 1960, e especialmente após a crise econômica global de 2008, revela uma escalada tanto da adoção da austeridade econômica quanto do autoritarismo político de extrema direita.

Servidor público e o voto em Bolsonaro

Do site Brasil Debate:

Um servidor público deve pensar duas vezes antes de votar em Jair Bolsonaro. O candidato à Presidência pelo PSL, em meio a tantas declarações polêmicas, já defendeu a exoneração em massa de funcionários públicos. Em entrevista para o The New York Times no começo dos anos 1990, dizia que admirava o governo de Alberto Fujimori, declarando que “a Fujimorização é a saída para o Brasil”.

Referia-se à demissão de 400 mil funcionários públicos e outras políticas do governo peruano que promoveu o chamado “autogolpe”, quando dissolveu o Congresso e enquadrou o Poder Judiciário, o Ministério Público em colaboração com as Forças Armadas.


O fascismo é fascinante?

Por Michel Zaidan Filho, no site da Fundação Maurício Grabois:

Esta seleta audiência me faz essa pergunta: “O fascismo é fascinante?”

Imediatamente sou conduzido a um estimulante ensaio do filósofo alemão Walter Benjamin, assassinado pelo Nazismo, A obra de arte na era da sua reprodutibilidade técnica, onde opõe a politização da arte à estetização da política, num momento em que as tecnologias da informação estavam sendo postas à serviço da destruição.

0 fascismo pode ser analisado ora como categoria estética, ora como categoria econômica, ora como categoria ético-psicológica ou como categoria política.

Jesus de Bolsonaro não existe nos evangelhos

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Bolsonaro, Malafaia e sua turma de fundamentalistas religiosos saudosos da ditadura dizem falar “em nome de Jesus” contra a esquerda. Por um destes caprichos do destino, o candidato de extrema-direita ainda por cima se chama Jair MESSIAS Bolsonaro. A maior parte das fake news que a campanha do candidato está espalhando ilegalmente nas redes tem como característica usar a fé cristã das pessoas para acusar o adversário Fernando Haddad, do PT, das maiores barbaridades, e assim angariar fotos entre os evangélicos.

Povo vê perigo de ditadura

Editorial do site Vermelho:

Os (as) brasileiros (as) querem a democracia e rejeitam a ditadura. O instituto Datafolha divulgou, nesta sexta-feira (19) o resultado de uma pesquisa em que 50% das pessoas acham que o Brasil vive o risco de uma ditadura – para 31% existe “muita chance”, e 19% acham que há “pouca chance”.

Este resultado é coerente com o de outra pesquisa, divulgada no início deste mês, segundo a qual 69% pensam que a democracia é a melhor forma de governo para o país.

Bolsonaristas e o comportamento do ego

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Uma das definições de “ego” no dicionário Michaelis é a seguinte: Experiência que o indivíduo possui de si mesmo, ou concepção que faz de sua personalidade.

Muitas correntes e mestres espirituais da história da humanidade definiram o ego como o arquétipo da individualização, ou seja, um ente ou energia que permite que nos percebamos como seres individuais, separados dos outros seres e coisas.

Estadão é uma usina de ódio e racismo

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em que pese o tempo já passado, o Estadão ainda não conseguiu superar o trauma da derrota sofrida pela aristocracia paulista em 1932.

Dentre toda imprensa conservadora nacional, é difícil encontrar algum outro veículo que consiga concorrer permanentemente com o Estadão em matéria de reacionarismo, racismo e fascismo.

O Estadão é um órgão de propaganda fascista que ainda vive acorrentado aos valores, critérios e visão de mundo do Brasil do século 17.

A guerra nada santa de Edir Macedo

Por Fred Melo Paiva, na revista CartaCapital:

Na terça-feira, 16, o internauta que acessou o portal de “jornalismo” R7 viu-se diante de quatro chamadas a respeito das eleições. “TSE remove inserção de Haddad com informação falsa sobre Bolsonaro”, coitado, uma vítima das notícias falsas.

“Fila para exames de saúde cresceu 63% na gestão Haddad em São Paulo”, anunciava uma segunda “reportagem”, comparando períodos de quase pleno emprego a outro de crise severa, em que pelo menos 3 milhões abandonaram os planos privados de saúde.

sábado, 20 de outubro de 2018

Jornalistas pela democracia e direitos!

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

José Trajano, Juca Kfouri, Ivo Herzog, Eduardo Suplicy, Mônica Zarattini, Eugênio Bucci, Maria Inês Nassif, Paulo Zocchi, Igor Fuser, Laura Capriglione, Pedro Pomar, Patrícia Zaidan, Eleonora de Lucena, Alceu Castilho, Miro Borges, Oswaldo Faustino, Rose Nogueira, Cândida Vieira, Tatiana Merlino, Fábio Venturini, Paulo Canabrava, William de Lucca e outros se manifestam pela democracia e pelos direitos na próxima terça-feira (23), às 19h, no Auditório Vladimir Herzog (R. Rego Freitas nº 530 – Sobreloja – Vila Buarque). Confirme sua presença no evento e compartilhe o convite nas suas redes sociais.

O que levou o JN a fazer jornalismo?

Eleição e roubo dos seus dados do Facebook

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

Alerta! Podem ter roubado seus dados do Facebook para alterar o resultado da eleição para Presidente do Brasil, divulgando mentiras e desinformação de forma massiva pelo WhatsApp com recursos ilícitos.

Por enquanto a afirmação acima é apenas uma suposição, já que não há dados suficientes que me permitam afirmar que isso ocorreu de fato. Mas o alerta é fundamental e o questionamento muito pertinente, já que se trata de uma interferência grave que pode alterar o resultado da eleição, e isso é um crime contra a democracia.

Edir Macedo tenta intimidar jornalistas

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept-Brasil:

A provável ascensão ao poder do extremista de direita Jair Bolsonaro já está gerando um clima no qual jornalistas que criticam a ele, ou ao seu movimento – incluindo jornalistas que reportam para The Intercept –, estão sendo expostos a uma campanha agressiva de investigações pessoais, tentativas de intimidações e escrutínios perniciosas de membros de nossas famílias.

Esses ataques estão sendo orquestrados pelos meios de comunicação de propriedade do pastor evangélico bilionário e afogado em escândalos, Edir Macedo, que agora é um defensor explícito de Bolsonaro. O vasto império de mídia de Macedo – que inclui a segunda maior emissora de TV do país (Record), portais online (R7) e outras agências de notícias – está sendo usado para punir e retaliar jornalistas pelo crime de denunciar criticamente Jair Bolsonaro, seu movimento e as empresas de Macedo.