segunda-feira, 16 de março de 2020
Por que Bolsonaro provoca, desesperadamente
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:
O que mais Jair Bolsonaro fará para chamar atenção e provocar um impasse? Ontem, ele cometeu, em poucas horas, uma sequência de crimes de responsabilidade. Compareceu a uma manifestação contra a o Congresso e o STF. Desafiou os presidentes do Legislativo, citando-os pelo nome. Em meio à sombra da covid-19, e ainda sob suspeita de ser portador do coronavírus, abraçou-se com dezenas de pessoas – a maior parte, idosos, grupo de risco especialmente frágil. Quando o país mais precisa de medidas de distanciamento social, e está prestes a viver o colapso do sistema hospitalar, voltou a minimizar os efeitos da pandemia e a propor que sejam liberadas aglomerações, inclusive em estádios de futebol.
O que mais Jair Bolsonaro fará para chamar atenção e provocar um impasse? Ontem, ele cometeu, em poucas horas, uma sequência de crimes de responsabilidade. Compareceu a uma manifestação contra a o Congresso e o STF. Desafiou os presidentes do Legislativo, citando-os pelo nome. Em meio à sombra da covid-19, e ainda sob suspeita de ser portador do coronavírus, abraçou-se com dezenas de pessoas – a maior parte, idosos, grupo de risco especialmente frágil. Quando o país mais precisa de medidas de distanciamento social, e está prestes a viver o colapso do sistema hospitalar, voltou a minimizar os efeitos da pandemia e a propor que sejam liberadas aglomerações, inclusive em estádios de futebol.
Uma aula magna de irresponsabilidade
Por Eric Nepomuceno
Superando suas próprias – e inéditas na história da República – mostras anteriores de irresponsabilidade e estupidez, Jair Messias desafiou medidas determinadas pelo seu próprio ministro de Saúde.
E como se fosse pouco, abriu uma nova e especialmente séria crise com os demais poderes constitucionais, ao se juntar a manifestantes furibundos que, entre outras coisas, exigem o fechamento do Congresso e o expurgo de vários integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Já não dá para falar em decoro ou decência, porque isso é tão existente em Jair Messias como elefantes no Alasca.
Quando se confirma que sete integrantes da comitiva que o acompanhou em sua mais recente e vergonhosa mostra de vassalagem diante de Donald Trump estão contaminados com o coronavírus, o lógico seria Jair Messias se recolher, se não à sua insignificância, ao Palácio da Alvorada.
Superando suas próprias – e inéditas na história da República – mostras anteriores de irresponsabilidade e estupidez, Jair Messias desafiou medidas determinadas pelo seu próprio ministro de Saúde.
E como se fosse pouco, abriu uma nova e especialmente séria crise com os demais poderes constitucionais, ao se juntar a manifestantes furibundos que, entre outras coisas, exigem o fechamento do Congresso e o expurgo de vários integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Já não dá para falar em decoro ou decência, porque isso é tão existente em Jair Messias como elefantes no Alasca.
Quando se confirma que sete integrantes da comitiva que o acompanhou em sua mais recente e vergonhosa mostra de vassalagem diante de Donald Trump estão contaminados com o coronavírus, o lógico seria Jair Messias se recolher, se não à sua insignificância, ao Palácio da Alvorada.
Guedes é tão boçal quanto seu chefe
Por Luis Felipe Miguel
A seu modo, Guedes é tão boçal quanto seu chefe. Enquanto Bolsonaro desdenha a pandemia, o ministro resolve apostar no pânico e (desculpem meu francês) tira do cu a informação de que o contágio é mais rápido no Brasil do que em outros países.
E o que ele faz?
Um mea culpa por seu trabalho incansável em prol da destruição do sistema de saúde e do serviço público no Brasil?
Não.
Guedes quer usar a crise do coronavírus para aprovar a toque de caixa o pacote de redução do Estado.
A seu modo, Guedes é tão boçal quanto seu chefe. Enquanto Bolsonaro desdenha a pandemia, o ministro resolve apostar no pânico e (desculpem meu francês) tira do cu a informação de que o contágio é mais rápido no Brasil do que em outros países.
E o que ele faz?
Um mea culpa por seu trabalho incansável em prol da destruição do sistema de saúde e do serviço público no Brasil?
Não.
Guedes quer usar a crise do coronavírus para aprovar a toque de caixa o pacote de redução do Estado.
domingo, 15 de março de 2020
Efeitos da publicidade infantil na educação
Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual:
A publicidade infantil é nociva ao desenvolvimento da criança, não somente por abusar da deficiência de julgamento e de experiência da criança, mas também por ser, em si, propaganda enganosa. A avaliação é da coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda.
Para Andressa, a publicidade infantil ativa no imaginário da criança o oferecimento de sensações, desejos, informações e uma série de elementos de expectativa os quais não são correspondidos através do produto. Ela considera o ambiente da internet, como o YouTube, ainda mais delicado, já que não existe nenhuma regulação para conter os eventuais abusos. Inclusive os reflexos no processo de formação e educação dos pequenos.
A publicidade infantil é nociva ao desenvolvimento da criança, não somente por abusar da deficiência de julgamento e de experiência da criança, mas também por ser, em si, propaganda enganosa. A avaliação é da coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda.
Para Andressa, a publicidade infantil ativa no imaginário da criança o oferecimento de sensações, desejos, informações e uma série de elementos de expectativa os quais não são correspondidos através do produto. Ela considera o ambiente da internet, como o YouTube, ainda mais delicado, já que não existe nenhuma regulação para conter os eventuais abusos. Inclusive os reflexos no processo de formação e educação dos pequenos.
Coronavírus e os trabalhadores informais
Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
Diante do avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil, como ficam os trabalhadores informais, aqueles que não têm direitos trabalhistas e não podem "se dar ao luxo" de ficar sem trabalhar para evitar o vírus ou, mesmo doentes, precisarão trabalhar? E, para além dos efeitos diretos aos trabalhadores em si e na economia, quais impactos esse avanço da precarização pode ter na propagação do vírus no país?
Diante do avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil, como ficam os trabalhadores informais, aqueles que não têm direitos trabalhistas e não podem "se dar ao luxo" de ficar sem trabalhar para evitar o vírus ou, mesmo doentes, precisarão trabalhar? E, para além dos efeitos diretos aos trabalhadores em si e na economia, quais impactos esse avanço da precarização pode ter na propagação do vírus no país?
Um capitão entre generais
Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A geopolítica do petróleo tem passado, nesse início de século XXI, por transformações estruturais, o papel do continente Americano na produção tornou-se tão significativo quanto o da região do Oriente Médio no século XX e o peso do continente Asiático no consumo tornou-se tão relevante quanto o da Europa no passado. Além disso, novas tecnologias viabilizaram a ampliação da produção de hidrocarbonetos, como no caso do shale gas dos EUA, e novas fronteiras foram desbravadas colocando o petróleo offshore na dianteira da exploração petrolífera, como no caso do pré-sal do Brasil.
A geopolítica do petróleo tem passado, nesse início de século XXI, por transformações estruturais, o papel do continente Americano na produção tornou-se tão significativo quanto o da região do Oriente Médio no século XX e o peso do continente Asiático no consumo tornou-se tão relevante quanto o da Europa no passado. Além disso, novas tecnologias viabilizaram a ampliação da produção de hidrocarbonetos, como no caso do shale gas dos EUA, e novas fronteiras foram desbravadas colocando o petróleo offshore na dianteira da exploração petrolífera, como no caso do pré-sal do Brasil.
A essência do neoliberalismo
Por Pierre Bourdieu, no site A terra é redonda:
Seria o mundo econômico, verdadeiramente, tal como insiste o discurso dominante, uma ordem pura e perfeita, dispondo implacavelmente a lógica de suas consequências previsíveis e prestes a reprimir todos os seus desvios com sanções que inflige, seja de maneira automática, seja – com maior exceção – pelo intermédio de seus braços armados, o FMI ou a OCDE, e das políticas que eles impõem: diminuição do custo da força de trabalho, redução das despesas públicas e flexibilização do trabalho? E se, na verdade, não se tratasse apenas da colocação em prática de uma utopia, o neoliberalismo, assim convertido em “programa político”, mas uma utopia que, com a ajuda de sua teoria econômica, passa a pensar a si mesma como a descrição científica do real?
Seria o mundo econômico, verdadeiramente, tal como insiste o discurso dominante, uma ordem pura e perfeita, dispondo implacavelmente a lógica de suas consequências previsíveis e prestes a reprimir todos os seus desvios com sanções que inflige, seja de maneira automática, seja – com maior exceção – pelo intermédio de seus braços armados, o FMI ou a OCDE, e das políticas que eles impõem: diminuição do custo da força de trabalho, redução das despesas públicas e flexibilização do trabalho? E se, na verdade, não se tratasse apenas da colocação em prática de uma utopia, o neoliberalismo, assim convertido em “programa político”, mas uma utopia que, com a ajuda de sua teoria econômica, passa a pensar a si mesma como a descrição científica do real?
Bovespa sobe e desce e os gringos só saem
Por Fernando Brito, em seu blog:
Saiu ontem à noite o valor das saídas de capital estrangeiro na Bovespa no dia 11. Último disponível, pois é divulgado com atraso.
Foi, para variar, um novo recorde diário, R$ 4,54 bilhões.
Um bilhão de dólares, aproximadamente.
O total no mês subiu para R$ 12,5 bilhões e o do ano, com 71 dias apenas, para R$ 55,4 bilhões.
Saiu ontem à noite o valor das saídas de capital estrangeiro na Bovespa no dia 11. Último disponível, pois é divulgado com atraso.
Foi, para variar, um novo recorde diário, R$ 4,54 bilhões.
Um bilhão de dólares, aproximadamente.
O total no mês subiu para R$ 12,5 bilhões e o do ano, com 71 dias apenas, para R$ 55,4 bilhões.
Coincidências e mortes rondam os Bolsonaro
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Muitas coincidências – e muitas mortes – rondam o clã dos Bolsonaro.
Muitas coincidências – e muitas mortes – rondam o clã dos Bolsonaro.
Mesmo com a informação preliminar – pois não foi divulgado laudo necroscópico – de que Gustavo Bebiano morreu infartado no seu sítio acompanhado de um filho, é inevitável não se lembrar de incríveis coincidências que rondam os Bolsonaro.
É uma vida FaMiliciar frenética e atribulada. Envolve sumiços de arquivos-vivos como Fabrício Queiroz; e as mortes de desafetos, inimigos ou de seres “incômodos”, como foi o caso do miliciano e “herói” Adriano da Nóbrega.
Coronavírus avança e governo não se mexe
Jair Bolsonaro cumprimenta manifestantes em Brasília, 15/3/20 Foto: José Cruz/Agência Brasil |
A pandemia de coronavírus, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), deveria ser uma preocupação central do governo. Não é o que vem acontecendo. O presidente Jair Bolsonaro chegou ao cúmulo de dizer que “a questão do coronavírus” não “é isso tudo que a grande mídia propaga” e o ministro da Economia, Paulo Guedes, receitou como antídoto para os efeitos na economia as suas “reformas”, um cardápio de avestruz.
O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que, por enquanto, a estratégia nacional segue inalterada. Nem os alertas de rápido crescimento de casos nas próximas semanas fez o governo tomar medidas além de algumas ações paliativas.
Mídia apoia remédio neoliberal de Guedes
Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:
O ministro Paulo Guedes quer aproveitar a crise agravada pelo coronavírus para promover mudanças na economia que, em condições normais, ele não conseguiria.
E para isso elegeu um alvo: o Congresso Nacional, a que ataca em entrevista à revista Veja.
“O Congresso tem de desentupir o que está sentado em cima. Agora é a hora de cobrarmos uns aos outros. Temos de transformar a crise em reformas”, afirmou.
A entrevista dele está na capa da revista, sob o título “Precisamos proteger o Brasil”.
Quem não conhece Guedes poderia ver na manifestação dele uma genuína preocupação com o país.
O ministro Paulo Guedes quer aproveitar a crise agravada pelo coronavírus para promover mudanças na economia que, em condições normais, ele não conseguiria.
E para isso elegeu um alvo: o Congresso Nacional, a que ataca em entrevista à revista Veja.
“O Congresso tem de desentupir o que está sentado em cima. Agora é a hora de cobrarmos uns aos outros. Temos de transformar a crise em reformas”, afirmou.
A entrevista dele está na capa da revista, sob o título “Precisamos proteger o Brasil”.
Quem não conhece Guedes poderia ver na manifestação dele uma genuína preocupação com o país.
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