sexta-feira, 26 de junho de 2020

Hegemonia e travessia do deserto

Desempregados, Antonio Berni
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Ando revisitando Rosa Luxemburgo, e é revisitando mesmo porque já havia lido um bocado de coisas dela, agora releio, e ia novamente escrever sobre ela, e creio falaria coisa interessante – ela e a Revolução Russa. Há poucos dias fiz um texto sobre seu mergulho final na revolução espartaquista, seu fim trágico. Empaquei. Não, não será agora. Será o próximo texto.

Fui provocado por outra inquietação. Tem a ver com a conjuntura. Não no sentido da política cotidiana, da nossa tragédia diária atual. Tentar refletir um pouco além, se tiver condições, se minhas armas forem suficientes, e não tenho certeza o sejam.

A notável aparição dos 'entregadores livres'

Por Shyam Krishna, no site Outras Palavras:

A pandemia escancarou a precariedade e as más condições enfrentadas pelos trabalhadores da Gig Economy [forma como é chamada a economia alternativa, que engloba trabalhos temporários, como autônomos e freelancers]. Quando a maré acalmar, esses trabalhadores que estavam na linha de frente da crise, conseguirão construir um futuro mais justo? Os trabalhadores que aparecem em Reclaiming Work [algo como “Trabalho Reivindicado”] acreditam que sim. Esse breve documentário, de Cassie Quarless e Usayd Younis, da produtora Black & Brown Film, apresenta cooperativas de entregadores (de bicicleta ou motoboys) que oferecem uma alternativa socialista às gigantes Deliveroo [aplicativo de entrega de comida, popular na Europa] e Uber. De fato, La Pájara, uma das cooperativas que aparecem no documentário, foi formada após alguns onda de protesto contra a Deliveroo em Madri. Cooperativas como essas são apoiadas por uma federação ainda mais ampla, a CoopCycle - uma “cooperativa de plataforma” que controla os principais modelos econômicos do capitalismo de plataforma. Esse movimento é fruto do esforço de trabalhadores que se encontraram na esperança de criar uma alternativa justa contra a exploração desenfreada de trabalhadores dentro da Gig Economy, ou “Economia dos Bicos”.

A luta contra a privatização da água

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Numa conjuntura em que o país tem sido inundado por inúmeras decisões irresponsáveis, destinadas a agravar a exploração da população e facilitar a entrega de riquezas nacionais, é obrigatório reconhecer prioridades e oferecer alternativas para evitar males de grande impacto e difícil correção.

Não há dúvida de que a denúncia do projeto que autoriza a privatização da água, um bem natureza que acompanha a humanidade desde sua aparição na face da Terra, sendo anterior ao próprio regime capitalista e à criação da propriedade privada, na Europa do século XVII, constitui um desses casos.

Emissoras de TV silenciam as vozes negras

Grafite em Paraisópolis, São Paulo/SP
Por Mabel Dias, na revista CartaCapital:

“Eu não consigo respirar.” A frase dita por Eric Garner, em 2014, enquanto era estrangulado por um policial branco em Nova York, se tornou símbolo da violência policial contra a população negra. Ela foi repetida diversas vezes por George Floyd, homem negro que trabalhava como segurança e morava na cidade de Minneapolis, estado de Minnesota, nos Estados Unidos, assassinado no último dia 25 de maio. O mundo assistiu, estarrecido, ao homicídio cometido pelo policial branco Derek Chauvin, que por quase 9 minutos pressionou com o seu joelho o pescoço de Floyd, enquanto outros três policiais assistiam à cena e a população em volta pedia a Chauvin que parasse.

Bolsonaro e o caminho interditado da direita

Por Fernando Brito, em seu blog:

Por mais imprecisões que tenha, pela coleta por telefone, a pesquisa Datafolha segue mostrando o quadro que, por diversas vezes, aqui se apontou: Jair Bolsonaro segue tendo forte controle do campo da direita e, aparentemente, inviabilizando as pretensões eleitorais deste campo: Sergio Moro, Luciano Huck, João Doria e quem mais tenha pretensões nesta área.

'Retomada liberal' de Guedes e os empregos


O ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara plano para uma “retomada liberal” no pós-pandemia. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (24), são medidas de ajuste fiscal e de adesão à “economia” de mercado, que atendem recomendações da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Entre elas, um pacote de desoneração ainda maior do que o proposto no projeto da chamada carteira de trabalho “verde e amarela“, que não passou no Congresso Nacional.

Lei do saneamento: o lucro acima de tudo

Editorial do site Vermelho:

A aprovação, pelo Congresso Nacional, do Projeto de Lei 4.162, que cria o chamado marco legal do saneamento básico, representa um enorme retrocesso. Ao contrário do que propagam seus defensores, não trará ganhos para a população e tem como objetivo essencial proporcionar ainda mais lucro ao setor privado. A proposta aprovada, que deverá ser sancionada pelo presidente da República, revoga avanços criados para permitir ao poder público solucionar a enorme defasagem existem nesses serviços públicos essenciais para a população.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

O apoio à greve dos entregadores por APPs

Queiroz teme ser descartado e morto

Quem é o chefe do Escritório do Crime?

Por Jeferson Miola, em seu blog:

A denúncia do vínculo dos Bolsonaro com as milícias atravessa os tempos. Mas foi a partir dos assassinatos de Marielle e Anderson que ficou bem caracterizada a conexão deles com o Escritório do Crime, a milícia de assassinos de aluguel que controla o território de Rio das Pedras, zona oeste da cidade do Rio.

Por uma das incríveis coincidências que rondam os Bolsonaro, o ex-PM Ronnie Lessa, integrante do Escritório do Crime preso com a acusação de ser o autor dos disparos em Marielle e Anderson, residia no condomínio Vivendas da Barra, onde Carlos e Jair Bolsonaro também residem.

Bolsonaro & Guedes: genocídio & destruição

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A cada novo dia que passa amplia-se a percepção em nossa sociedade a respeito do tremendo equívoco que representou a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República em outubro de 2018. Percebe-se uma generalização do movimento contra esse governo, inclusive da parte de setores que o haviam apoiado no segundo turno contra a candidatura de Fernando Haddad.

A consolidação de uma Frente Ampla contra as pretensões golpistas e autoritárias do ex-capitão vem se somar ao aumento do apoio popular ao impeachment contra o ocupante do Palácio do Planalto. As mais recentes denúncias e escândalos envolvendo sua família e a forma destrambelhada que foi encontrada para “exilar” sob as asas de Trump o pior Ministro da Educação de nossa História marcam a crise de isolamento político crescente do chefe de governo no momento atual.

Brasil, colônia digital

Por Sérgio Amadeu da Silveira, no site A terra é redonda:

No dia 27 de maio de 2020, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, MCTIC, assinou um acordo com a empresa norte-americana Cisco com o objetivo alegado de acelerar a chamada transformação digital no Brasil. Sem consultar universidades, institutos de pesquisa, nem especialistas na área, o atual governo divulgou que “a Cisco vai trabalhar junto com o MCTIC no desenvolvimento de uma plataforma digital inteligente para dar suporte ao monitoramento, gestão e definição de políticas públicas no país”. Desconsiderando o conhecimento acumulado em políticas públicas e em tecnologias digitais nas instituições brasileiras, o governo Bolsonaro preferiu acelerar nossa transformação em uma colônia digital.

Você sabe o que é o fascismo?

A campanha necessária e urgente

Por João Guilherme Vargas Netto

Não menosprezo a luta pela democracia e em defesa da Constituição de 1988. O elã democrático, que é vital, tem ocasionado a sucessão de manifestos públicos que, como obra em progresso, somam-se para produzir um único, abrangente e multipartidário, no qual o movimento sindical se reconhece e participa.

Também fazem parte deste movimento campanhas patrocinadas por empresas de comunicação e muitas outras entidades, à semelhança da campanha pelas Diretas Já.

Mas acredito que, sem menosprezo por todas estas iniciativas, a grande campanha nacional de que os brasileiros precisam hoje, com a tragédia da pandemia, é a campanha pelo isolamento social, com fluxo de auxílios emergenciais, de crédito às pequenas empresas, aos estados e municípios e de fortalecimento do SUS com valorização dos profissionais da saúde.

O uso político das polícias e a democracia

Brasil sabe que Moro foi um juiz parcial

Weintraub entrou ilegalmente nos EUA

Bolsonaro, a tragédia brasileira

A tática de guerra contra a Venezuela