O governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu suspender por um ano as obras de expansão da linha 2-verde do metrô até Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. A informação foi publicada no “Diário Oficial” em 31 de dezembro – ou seja, num veículo que ninguém lê e em plena festança da virada do ano. Na última sexta-feira (8), o jornal Estadão recuperou a notícia, mas evitou dar qualquer destaque ao escândalo, que só confirma a incompetência dos tucanos que governam o Estado há mais de 20 anos. Ainda de acordo com o diário chapa-branca da famiglia Mesquita, o governo paulista alegou que a suspensão das obras decorreu da crise econômica que atinge o país e do ajuste fiscal patrocinado pelo Palácio do Planalto. Haja cinismo na desculpa esfarrapada!
Em agosto passado, a Folha – que também não esconde a sua afinidade política com o tucanato – revelou que Geraldo Alckmin congelou a construção de 17 das 36 estações das linhas 15-prata e 17-ouro do metrô. O jornal da famiglia Frias até reconheceu que “o ritmo de expansão do metrô de São Paulo desde 1995, quando o PSDB assumiu o governo, tem sido tão lento quanto o de gestões anteriores e muito inferior ao de outros países em condições comparáveis”. Nos últimos 20 anos, a gestão tucana inaugurou 37,2 km de linhas e 27 estações de trens e metrô. “Isso significa uma entrega de menos de 2 km de novas linhas por ano. Trata-se de um valor semelhante ao obtido entre 1974, quando o metrô entrou em operação, e 1994, quando governos da Arena, PDS e PMDB inauguraram 43,4 km e 41 estações”.
Ou seja: a desculpa de que a suspensão das obras da linha 2-verde “decorre do ajuste fiscal do governo federal” é puro cinismo. Os tucanos nunca priorizaram o transporte público e nem planejaram as ações de mobilidade urbana. Mesmo em períodos recentes de crescimento econômico, que elevaram a arrecadação do Estado, o PSDB não investiu neste setor estratégico para o bem-estar da sociedade. Isto explica a superlotação dos trens, as panes quase diárias nas linhas e o caos no transporte em São Paulo. Manipulados pela imprensa, que não cumpre seu papel de apontar as falhas das gestões tucanas, os “midiotas” seguem acreditando nas desculpas esfarrapadas do “picolé de chuchu” e reelegendo Geraldo Alckmin.
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