Em 27 da setembro, a raivosa bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) postou no Twitter fotos em que os ex-ministros Sergio Moro e Luiz Mandetta aparecem pintados de preto – usando a famigerada técnica racista denominada de "blackface". Agora, informa o site Congresso em Foco, a deputada bolsonarista é acusada por crime racial.
De acordo com o site, "o professor Roberto Cardoso entrou com notícia-crime contra a deputada Bia Kicis... Segundo a petição, o 'blackface' foi muito utilizado no século XIX em que atores negros eram proibidos de atuar no teatro e cinema... Atores brancos eram pintados para encenar personagens negros".
Na postagem racista, a deputada Bia Kicis afirmou que os dois ex-ministros – que romperam com Bolsonaro e hoje são alvos da fúria fascista – mudaram o visual para conseguir emprego por cota racial na rede Magazine Luiza, que divulgou recentemente processo de seleção exclusivo para pessoas negras.
Na petição, o professor Roberto Cardoso, representado pelo advogado Ricardo Bretanha Schmidt, afirma que se sentiu diretamente "ofendido" pelas postagens. "Como negro, o ora noticiante também foi extremamente ofendido e humilhado pela postagem da ora noticiada", argumenta o advogado.
Cadê o Conselho de Ética da Câmara?
Segundo o site Congresso em Foco, "a petição acusa Bia Kicis de ter praticado 'discriminação e preconceito de raça e cor', crime tipificado pela Lei 7.716/1988, no artigo 20". Sua postagem gerou revolta nas redes sociais e inúmeros pedidos de abertura de processo na Câmara Federal.
Ainda de acordo com o site, antes da petição o cientista político Guilherme Casarões, professor da Fundação Getúlio Vargas, "pediu ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que Bia Kicis fosse denunciada no Conselho de Ética". Diante das críticas, a cínica bolsonarista alegou que foi apenas uma brincadeira!
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