Instagram afeta crianças e sofre ações nos EUA

Charge: Angel Boligan

Por Altamiro Borges

Enquanto no Brasil as big techs – as gigantes da tecnologia – seguem sem qualquer regulação, até nos EUA elas são alvo de processos e sentenças punitivas. A agência de noticias Reuters informa que “dezenas de estados norte-americanos estão processando a Meta, dona do Instagram e do Facebook, sob a alegação de que eles contribuem para uma crise da saúde mental de jovens através da natureza viciante das suas redes sociais”.

Em uma das queixas, apresentada na semana passada no tribunal de Oakland (Califórnia), 33 estados ianques argumentaram que a big tech tem enganado repetidamente o público sobre os consideráveis perigos de suas plataformas e induzido conscientemente crianças e adolescentes ao vício e ao uso compulsivo das plataformas. “A pesquisa mostrou que o uso das plataformas da Meta pelos jovens está associado à depressão, ansiedade, insônia, interferência na educação e na vida diária e muitos outros resultados negativos”, afirma a ação.

"Seu motivo é o lucro"

Esse processo é o mais recente de uma série de ações judiciais contra a bilionária corporação. “A Meta tem se aproveitado de tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair, envolver e, em última análise, ludibriar jovens e adolescentes... Seu motivo é o lucro”, alerta a denúncia. Segundo a Reuters, “o processo busca uma variedade de soluções, incluindo penalidades civis substanciais. A Meta afirmou que tem procurado manter os jovens seguros online”. Mas ninguém acredita nesta ambiciosa multinacional, que só pensa nos seus lucros! 

Ainda segundo a reportagem, “o processo alega que a Meta se esforça para garantir que os jovens passem o máximo de tempo possível nas redes sociais, apesar de saber que os cérebros dos adolescentes são suscetíveis à necessidade de aprovação de seu conteúdo na forma de ‘curtidas' por outros usuários. A empresa negou publicamente que sua mídia social fosse prejudicial. Os procuradores-gerais de New Hampshire e Washington disseram que também entraram com ações judiciais. A previsão é de que outros sete estados norte-americanos abram processos semelhantes, elevando o número total para 42”.