O governo Michel Temer publicou, ontem, em diversos jornais, um enorme anúncio, no formato (que não se perca pelo nome) conhecido como “rouba-página”.
Pelo título, já vê o leitor que a exploração política é evidente.
Imaginem o governo Dilma ou Lula publicando um anúncio informativo que eram esclarecimentos para que a população “não fosse levada no bico”?
Malandragem publicitária de quinta categoria, com um clima de “guerra fria” que só pode ter saído da cabeça de gente que ainda vive no tempo do macartismo.
Mistura dívidas com empréstimos que o governo tem a receber, bota prejuízos de estatais – que como qualquer empresa alternam lucros e prejuízos – e até a dívida com a ONU! Os EUA devem US$ 1,2 bilhão ( R$ 4 bi, quase) às Nações Unidas e nem o Trump apela para este argumento!
E lista obras atrasadas que, como diz a Laura Carvalho, “obras inacabadas só existem quando há obras iniciadas, o que passa longe dos planos do governo Temer para o futuro”.
Enfim, publicidade que passa longe de ser institucional e que, se os jornais aplicaram o critério de “expressão de opinião”, deve ter custado cerca de meio milhão em cada um dos jornalões.
Aliás, seria “republicano” que a Folha publicasse quanto foi o “repasse” que lhe valeu o anúncio ontem, que é como chamou os anúncios veiculados no governo anterior nos “blogs sujos”, infinitamente menor.
Todos o deveriam fazer, por sinal, porque não vivem dizendo para o governo “cortar gastos inúteis”, como as pensões das viúvas e os benefícios dos portadores de deficiência?
Este blog, que não teve nem tem “repasse”, que vive da contribuição dos leitores, começa dando o exemplo: aqui, foi zero.
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